quarta-feira, janeiro 24, 2007

Blues Laws

A cada dia que passa se intensificam mais os esforços da Igreja Romana para chamar a atenção da opinião pública para o sinal que define sua autoridade no meio da cristandade: a guarda do domingo.

OS FATOS:

1. Há muito tempo a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) tem esperado por este momento, o qual, tudo indica, chegou para ficar. Explicando melhor: a reconquista do poder político e do poder religioso perdidos ao fim da Idade Média, o que se concretizaria com a adoção pelas nações de uma lei que torne obrigatório para todas as pessoas a guarda do domingo (muitos cristãos acreditam ser o “dia do Senhor”), sinal de autoridade de Roma.

2. A última notícia demonstrando isso vem do jornal italiano La Republlica, reproduzida pela Folha Online: “O Vaticano prepara a Clericus Cup, seu campeonato de futebol, que deve começar na segunda metade de fevereiro com 16 equipes de colégios e seminários pontifícios de Roma.” A principal informação aparece em seguida: “Será proibido jogar no domingo, dia do Senhor [sic]. Durante as partidas, os jogadores que deixarem escapar uma palavra feia ou uma blasfêmia serão imediatamente expulsos. De resto, as regras serão as mesmas que em qualquer torneio de futebol normal." O torneio, que já recebeu a benção do Papa, pode até nunca acontecer, mas o recado foi dado: no domingo, “dia do Senhor”, não deveriam acontecer jogos de futebol!

3. Essa notícia não teria muita relevância caso surgisse em outros tempos. Porém, deve ser levada a sério, já que os protestantes norte-americanos têm se unido também pela mesma causa. The Ten Commandments Commission (A Comissão dos Dez mandamentos) é um movimento de igrejas protestantes em favor da defesa da Lei de Deus, o que não seria nada mal, se não fosse pela defesa do descanso dominical em lugar do sábado bíblico. Este movimento estabeleceu um dia no ano como o Dia dos Dez Mandamentos (Ten Commandments Day) – o primeiro domingo de maio, quando todas as igrejas participantes fazem uma celebração especial para promover a guarda da Lei de Deus na sociedade. (O grande problema é com a promoção da guarda do domingo!)

4. Não é de agora. Já em 2004, a revista Time publicou matéria assinada por Nancy Gibbs, onde, sutilmente, relembra os bons tempos das “Blues Laws” (“Leis Azuis” foram Leis Dominicais que apareceram em regiões isoladas dos EUA em tempos passados). Surpreendente é que, para sustentar a importância do descanso dominical, a articulista até citou as palavras de João Paulo II na Carta Apostólica Dies Domini: “Quando o domingo perde o seu sentido fundamental e torna-se meramente parte de um ‘fim-de-semana’ as pessoas se mantêm presas dentro de um horizonte tão limitado que não mais podem ver ‘os céus’.” (Incrível como um país protestante como os EUA se renderam aos encantos de Roma!)

5. A agência de notícias católica ACI, faz a seguinte indagação: “Há quem critique fortemente a Igreja católica por ter trocado o preceito bíblico do descanso sabático, substituindo assim o ensino divino com preceitos humanos, tomando a liberdade de converter o domingo como o Dia dos dias, o Dia principal. Isto é verdade?” Se depender da resposta que é dada a esta pergunta eu diria que sim, é verdade! Já que foram citadas várias passagens da Bíblia na resposta, todas elas que falam do sábado como Dia do Senhor. Nenhuma referência bíblica ao domingo como dia de guarda foi feita. (De fato, porque não existe.) Qual será o próximo lance - você deve estar se perguntando - para promover a guarda do domingo? Resposta: Quem viver, verá!

“Já é tempo, Senhor, para intervires, pois a Tua lei está sendo violada.” Salmo 119:126

sexta-feira, janeiro 19, 2007

O mal deve ser legal?

Assim como o povo de Israel foi grandemente seduzido pela luxúria exatamente antes de entrar na Terra Prometida, assim também os cristãos remanescentes (Israel espiritual), justamente agora antes da volta de Cristo (de receber a recompensa), estão sendo bombardeados com as várias formas de comportamento imoral provenientes do paganismo.

OS FATOS:

1. O povo de Israel havia chegado ao limite para entrar na Terra Prometida: “Tendo partido os filhos de Israel, acamparam-se nas campinas de Moabe, além do Jordão, na altura de Jericó.” Números 22:1. Balaque, rei dos Moabitas, angustiado com a presença dos israelitas por perto, resolveu buscar ajuda do profeta Balaão para enfrentar o povo de Deus: “Vem, pois, agora, rogo-te, amaldiçoa-me este povo, pois é mais poderoso do que eu.” Números 22:6.

2. Após sucessivas tentativas e fracassos para amaldiçoar os israelitas, Balaão, constrangido, concluiu: “Como posso amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou?” Números 23:8. Grande verdade disse Balaão. Só há uma maldição que pode afetar o povo de Deus – a maldição do pecado: “Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Maldito o homem que não atentar para as palavras desta aliança.” Jeremias 11:3. Quando o cristão viola os princípios da aliança com Deus acaba perdendo a benção e a proteção divinas.

3. Satanás trabalhou, então, para que o rei dos moabitas armasse uma cilada a fim de levar os israelitas ao pecado (quebra da aliança): “Habitando Israel em Sitim, começou o povo a prostituir-se com as filhas dos moabitas.” Números 25:1. A luxúria e a imoralidade sempre abrem brechas na vida espiritual dos fiéis, por onde entram a culpa, o sofrimento e a maldição.

4. Algo que chama a atenção nessa história é que certamente o povo não cedeu de uma vez só. Pelo contrário, foram vencidos pela familiaridade com o pecado. Em associação com os pagãos e seus costumes, as defesas da consciência foram sendo derrubadas, uma a uma. Sendo assim, estariam os cristãos remanescentes sujeitos ao mesmo perigo hoje, no exato momento antes da volta de Cristo?

5. Com certeza. Inúmeras formas de imoralidade e permissividade estão se desenvolvendo ao nosso redor, e lutando para levar o mundo a um estágio pré-cristão. (Confira aqui e aqui.) Por exemplo: a ONG Davida tem batalhado pela legalização da prostituição no Brasil, com apoio inclusive de parlamentares, como o Deputado Fernando Gabeira, PV – RJ (antigamente era do PT), que é autor do Projeto de Lei (PL) 98/2003, que visa legalizar a prostituição no Brasil. Apesar de esse PL estar parado no Congresso, causa espanto saber que o Ministério do Trabalho já incluiu na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), desde outubro de 2002, a expressão “profissionais do sexo”.

6. A ONG Davida criou uma grife de roupas – para prostitutas e simpatizantes que apóiem a legalização do “trabalho sexual” – chamada Daspu (referência à luxuosa loja Daslu de São Paulo). De acordo com o jornal francês Le Monde, a marca está fazendo sucesso até mesmo no exterior, podendo desembarcar a qualquer momento em Paris. (Conteúdo exclusivo do UOL).

7. Por outro lado, Janice Raymond, Diretora co-executiva da Coalizão Contra o Tráfico de Mulheres (CATW), afirma que há pelos menos dez razões para não apoiar a legalização da prostituição. Ainda há mais uma conseqüência social da permissividade que foi expressa nas palavras de Jesus: “Por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos.” Mateus 24:12.

8. Além dessas razões, o cristão conhece a maior de todas as razões: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição... quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o Seu Espírito Santo.” I Tessalonicenses 4:3 e 8. (Apoiar a legalização da prostituição é, pois, tornar-se cúmplice do pecado.)