Nós dançamos em harmonia com Deus quando guardamos o shabbath. A razão pela qual somos chamados a ter um dia de descanso é simples. Os seres humanos temos a tendência de esquecer que não criamos o mundo e, portanto, que o mundo não depende de nós. 

Barbara Brown Taylor conta uma história sobre um amigo, David, que cresceu em Atlanta e o que ele lhe ensinou sobre a fidelidade a Deus:
Quando eu era aluna do primeiro colegial, meu namorado Herb jogou no time de basquete do colégio. No entanto, ele não era o melhor jogador. O jogador estrela era um garoto chamado David, que marcou tantos pontos durante sua carreira de quatro anos que o treinador aposentou sua camisa quando ele se formou. Isto teria sido notável em quaisquer circunstâncias, mas foi duplamente notável pelo fato de David não jogar nas noites de sexta-feira. 
Nas noites de sexta-feira, David observava o shabbath com o resto de sua família, que generosamente se retiravam quando os amigos de David não judeus chegavam em casa, suados e derrotados, após os jogos de sexta à noite. Após cada jogo da noite de sexta-feira, os amigos de Davi chegavam à sua casa para descrever o jogo em detalhes. 
"Jogada por jogada" os amigos não judeus eram autorizados a falar e criar mundos na sala de estar de David. Alguém na sala perguntou a David se ele ficava incomodado de ficar sentado em casa, enquanto sua equipe "estava sendo derrotada no ginásio do ensino médio."
"Ninguém me obriga a fazer isso", respondeu ele. "Eu sou judeu, e judeus observam o shabbath." 
Seis dias por semana, disse ele, amava jogar basquete mais do que qualquer coisa e alegremente dava tudo de si para o jogo. No sétimo dia, ele amava ser judeu mais do que gostava de jogar basquete e, alegremente, dava tudo de si para o shabbath.
Claro, ele sentiu um tranco, mas este era o ponto. O shabbath era sua chance de lembrar o que era realmente real. Uma vez que três estrelas eram visíveis no céu à noite de sexta-feira, sua identidade como judeu era mais real para ele do que sua identidade como a estrela do nosso time de basquete."
É essencial para os cristãos criar espaços regulares e intencionais de tempo em que não trabalhem, nem e-mail, fax, limpeza, ou cuidados na lavanderia. Um tempo em que nós permitimos que nossos corações se acalmem e as vozes silenciem. O shabbath é um tempo quando lembramos que Deus fez o mundo e descansou, que Ele nos chama para descansar com ele, ouvir a sua voz, e estar ciente de sua presença.

E é um momento para recordar, de acordo com o ensino do Antigo Testamento hebraico sobre o shabbath e o Jubileu, que haverá um dia em que todos os povos do mundo descansarão, não apenas aqueles que podem arcar financeiramente para tirar um dia de folga. 

A observância do shabbath nos lembra que somos peregrinos em uma terra estrangeira, esperando o mundo se tornar o que o mundo era para ser. Nós recordamos vividamente que, embora Deus tenha criado o mundo, o mundo não está da maneira que Deus o fez.

Quando guardamos o shabbath, proclamamos para o resto do mundo que Deus está no negócio de fazer novas coisas. Deus precisa de uma maneira para nos lembrar que não estamos mais no Egito, empilhando tijolos para o Império. Se as ocupações e a idolatria infestam nossa vida coletiva, o shabbath é um meio pelo qual podemos nos tornar mais como a pessoa que Deus nos criou para ser.

Nos últimos anos, tenho trabalhado rigorosamente para manter um shabbath inteiro na minha agenda semanal. Nem sempre tem sido fácil. Mortes, nascimentos, tragédias, milagres e deveres mundanos da vida mostram pouca consideração para com o meu desejo pessoal de descansar. 

Lentamente, ao longo do tempo, quando essas coisas acontecem no shabbath, eu sou tentado a pegar e resolver tudo. Às vezes, quando as circunstâncias exigem, eu tenho que me envolver. Na maioria das vezes, no entanto, guardando o shabbath me convenço que o mundo pode correr bem sem mim. Eu vejo um papel claro para mim na história divina. Eu sou importante nesta narrativa, mas eu não sou o ponto principal, ou o personagem principal. O shabbath me ensina isso.

Inteiro. Descansado. Ouvindo. Atento. Purificado.

Isto é que é o shabbath. Ele cria o espaço em nossas vidas para lembrarmos quem somos. Para lembrar que somos jogadores em uma história diferente.

Os americanos trabalham duro. Talvez muito duro.

Este é um convite aos judeus, hindus, muçulmanos, ateus, agnósticos, budistas e cristãos.

Um dia por semana. Descanse. Pelo amor de Deus.

Dr. Josh Graves 
(Pastor da Otter Creek Church)

Fonte: Fox News

NOTA: A intenção do texto está bem clara: que todos, não importando a profissão religiosa, guardem o domingo! Na cultura norte-americana, a palavra shabbath já significa domingo. Para que ninguém ficasse em dúvida, o título do texto deixou bem claro! ("Vamos fazer o domingo um dia de descanso, pelo amor de Deus"). Quem deve estar pulando de alegria com isso é a Santa Sé, que mudou, sem autorização das Escrituras, o dia de guarda do sétimo dia para o primeiro dia da semana, e tornou o domingo seu sinal de poder. Todas as pessoas do mundo serão convocadas a dobrar seus joelhos diante deste ídolo (domingo) conforme revelado em Apocalipse 13:15-17. O mistério da iniquidade está quase atingindo seu clímax. A mensagem das Escrituras, porém, é clara: "Adorai aquele que fez o céu a terra, o mar e as fontes das águas" (Ap 14:7) - verdade essa que faz alusão ao quarto mandamento, o único que traz o nome do Criador! (Ex 20:8-11). De que lado você vai ficar?