A gravidade do ataque para os EUA foi ressaltada por um incomum comunicado do próprio presidente americano, Barack Obama, confirmando que o embaixador era um dos quatro mortos. Stevens é o primeiro embaixador dos EUA morto em missão desde 1979, quando o representante no Afeganistão morreu após sequestro.
Obama condenou a "violência sem sentido" e ordenou o aumento da segurança nas representações americanas no exterior. Foi aprovado ainda o envio de 50 fuzileiros navais para proteger as instalações dos EUA na Líbia. Segundo a rede de TV CNN, dois destróieres (navios de guerra) dos EUA também foram deslocados para a região.
Horas antes do ataque em Benghazi, o mesmo filme provocara um protesto na embaixada americana no Cairo (Egito). Manifestantes rasgaram a bandeira americana, substituída pela do islã, mas não houve violência. Ontem à noite [12], porém, houve novos protestos diante da embaixada, e forças egípcias usaram gás lacrimogêneo para dispersá-los.
Na Líbia, onde o governo provisório é fraco e sobram armas da revolução que derrubou o ditador Muammar Gaddafi em 2011, o consulado foi incendiado após ser alvo de tiros e granadas. Além de Stevens, 52, foram mortos três americanos. O governo dos EUA confirmou a identidade de um deles, o diplomata Sean Smith. Segundo o vice-ministro do Interior líbio, Wanis al Sharef, os dois outros eram fuzileiros navais americanos, que foram mortos a tiros.
As circunstâncias do ataque ainda não estão claras. Radicais armados teriam se infiltrado na manifestação e atacado o consulado com morteiros e granadas, dando início ao incêndio. Stevens teria morrido asfixiado por inalação de fumaça, segundo um médico ouvido pela agência Associated Press. Mas uma autoridade líbia deu outra versão à Reuters: o comboio do embaixador teria sido atingido por morteiros numa emboscada, quando ele tentava escapar.
Al Sharef disse que havia rumores de que islamitas radicais planejavam usar o aniversário dos ataques de 11 de setembro de 2001 para vingar a morte de um dos líderes da rede terrorista Al Qaeda, o líbio Abu Yahya al Libi. Houve uma breve troca de tiros, mas Al Sharef disse que a maioria dos guardas líbios bateu em retirada -os agressores tinham mais armas.
Os EUA desconfiam que o ataque não tenha sido espontâneo. Segundo o New York Times e a CNN, a suspeita é que algum grupo salafista (islamitas ultraconservadores) surgido na guerra civil tenha planejado o atentado de antemão. O protesto contra o filme seria apenas pretexto.
A Irmandade Muçulmana convocou para amanhã [14] em todo o Egito manifestações contra "as ofensas ao islã". O presidente Mohamed Mursi, que pertence ao grupo, está sob pressão popular para que cancele sua visita aos EUA no fim do mês.
Fonte: Folha de São Paulo
Al Sharef disse que havia rumores de que islamitas radicais planejavam usar o aniversário dos ataques de 11 de setembro de 2001 para vingar a morte de um dos líderes da rede terrorista Al Qaeda, o líbio Abu Yahya al Libi. Houve uma breve troca de tiros, mas Al Sharef disse que a maioria dos guardas líbios bateu em retirada -os agressores tinham mais armas.
Os EUA desconfiam que o ataque não tenha sido espontâneo. Segundo o New York Times e a CNN, a suspeita é que algum grupo salafista (islamitas ultraconservadores) surgido na guerra civil tenha planejado o atentado de antemão. O protesto contra o filme seria apenas pretexto.
A Irmandade Muçulmana convocou para amanhã [14] em todo o Egito manifestações contra "as ofensas ao islã". O presidente Mohamed Mursi, que pertence ao grupo, está sob pressão popular para que cancele sua visita aos EUA no fim do mês.
Fonte: Folha de São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário