sexta-feira, outubro 19, 2007

Juros, poder e a Nova Ordem Mundial - Parte 5

Desesperados, os governantes decidiram pedir o conselho de Fabian. Consideravam-lhe muito sábio e parecia saber como resolver assuntos de dinheiro. Fabian os escutou explicarem todos os seus problemas, e finalmente respondeu, "Muitas pessoas não podem resolver seus próprios problemas - eles precisam de alguém que o faça por eles. Com certeza, vocês vão concordar que a maioria das pessoas tem o direito de ser feliz e de ter o básico para viver. Um de nossos grandes ditados populares é: 'Todos os homens são iguais' - Não é verdade? Bem, a única maneira de eqüilibrar as coisas é tomar o excesso de riqueza dos ricos e dá-lo aos pobres. Organizem um sistema de impostos. Quanto mais um homem tem, mais deve pagar. Arrecadem os impostos de cada pessoa segundo sua capacidade e dêem a cada um segundo sua necessidade. As escolas e os hospitais devem ser gratuitos para aqueles que não puderem pagá-los."

Ele lhes deu uma longa palestra sobre grandes ideais e concluiu dizendo: "Ah, a propósito, não se esqueçam de que me devem dinheiro. Estiveram me pedindo emprestado por muito tempo. O mínimo que posso fazer para ajudar, é que vocês só me paguem os juros. Nós deixaremos o capital como dívida, apenas me paguem os juros".

Saíram, e sem pensar muito sobre as filosofias de Fabian, introduziram o imposto gradativo sobre a renda: quanto mais você ganha, mais alta é a sua dívida fiscal. Ninguém gostou disso, mas ou pagavam os impostos ou iam para a cadeia. Os novos impostos forçaram os comerciantes novamente a subirem os seus preços. Os assalariados exigiram salários mais altos o que causou que muitas empresas falissem, ou que substituíssem homens por maquinaria. Isso resultou em mais desemprego e forçou o governo a introduzir mais esquemas de previdência e mais seguros de desemprego.

Foram introduzidas tarifas e outros mecanismos de proteção para resguardar algumas indústrias, de maneira que mantivessem suas ofertas de emprego. Algumas pessoas se perguntaram se o propósito da produção era produzir mercadorias ou simplesmente proporcionar empregos. No entanto, as coisas ficavam cada vez piores. Tentaram o controle de salário, o controle dos preços, e toda classe de controles. O governo tentou conseguir mais dinheiro com impostos sobre as vendas, os salários, etc. Alguém observou que no caminho desde a colheita do trigo até a mesa nos lares, havia cerca de 50 impostos sobre o pão.

Muitos "peritos" se apresentaram e alguns deles foram escolhidos para governar, mas depois de cada reunião anual voltavam sem ter alcançado quase nada, exceto pela notícia de que os impostos deviam ser "reestruturados", mas sempre a quantidade total de impostos aumentava. Fabian começou a exigir seus pagamentos de juros, e uma porção cada vez maior do dinheiro dos impostos era necessária para pagá-lo.
Então veio a política partidária - as pessoas discutiam sobre que grupo de governadores poderia solucionar da melhor maneira seus problemas. Discutiram sobre as personalidades, idealismo, os slogans... Sobre tudo exceto o problema real. Os Conselhos estavam com problemas.

Em uma cidade os juros da dívida excederam a quantidade de impostos que foram arrecadados em um ano. Em todo o país os juros que não foram pagos continuaram aumentando - juros foi cobrado sobre os juros não-pagos. Gradualmente, muita da riqueza real do país foi comprada ou controlada por Fabian e seus amigos e com isso veio um maior controle sobre as pessoas. No entanto, o controle ainda não estava completo. Eles sabiam que a situação não estaria segura até que cada pessoa fosse controlada.

A maioria das pessoas que se opunha ao sistema era silenciada por pressão financeira, ou sofria o ridículo público. Para atingir isto, Fabian e seus amigos compraram a maioria dos jornais, televisão e estações de rádio. E escolheram cuidadosamente as pessoas que iam operá-las. Muitas destas pessoas tinham um desejo sincero de melhorar o mundo, mas nunca se deram conta de como eram usadas. Suas soluções sempre lidavam com os efeitos do problema, nunca com a causa.

Havia vários jornais diferentes - um para a ala direita, um para a ala esquerda, um para os trabalhadores, um para os patrões, e assim por diante. Não importava muito em qual você acreditasse desde que você não pensasse no problema real. O plano de Fabian estava quase no final - o pais inteiro devia-lhe dinheiro. Através da educação e da Mídia, ele tinha o controle da mente das pessoas. Podiam pensar e crer apenas no que ele queria que pensassem.

Uma vez que um homem tem muito mais dinheiro do que ele pode gastar para seus prazeres, que desafio resta para excitá-lo? Para aqueles que têm uma mentalidade dominante, a resposta é o poder - poder puro e completo sobre outros seres humanos.

Colocaram idealistas nos meios de comunicação e no governo, mas os controladores reais que Fabian procurava eram os que tinham mentalidade de classe dominante.
A maioria dos ourives seguiram este caminho. Conheciam a sensação de grande abundância, mas já não os satisfazia. Precisavam de desafios e emoções e o poder sobre as massas converteu-se em um grande jogo.

Acreditaram que eram superiores a todos os demais. "É o nosso direito e nosso dever governar. As massas não sabem o que é bom para elas. Precisam ser dirigidos e organizados. Governar é o nosso direito de nascimento". Por todo o país Fabian e seus amigos possuíam muitas companhias de empréstimos. Na verdade, eram de propriedade privada e de diferentes donos. Na teoria competiam umas com as outras, mas, na verdade, trabalhavam juntas. Depois de convencer alguns dos governadores, instalaram uma instituição que chamaram de Reserva Central de Dinheiro. Nem sequer usaram seu próprio dinheiro para fazer isto - criaram crédito contra uma parte dos depósitos das pessoas.

Esta instituição tinha a aparência de regular a fonte do dinheiro e ser uma instituição pertencente ao governo, mas estranhamente não se permitiu a nenhum governador ou servidor público ingressar à Junta Diretiva. O governo deixou de pedir emprestado diretamente de Fabian, mas começou a usar um sistema de Bônus contra a Reserva Central de Dinheiro. A garantia oferecida era a renda estimada dos impostos do ano seguinte. Isto ajustava-se com o plano de Fabian - afastar as suspeitas de sua pessoa e desviar a atenção para uma aparente instituição do governo. Por baixo do pano, ele ainda tinha o controle.

Indiretamente, Fabian tinha tal controle sobre o governo que este era obrigado a seguir suas instruções. Fabian costumava gabar-se: "Deixem-me controlar o dinheiro de uma nação e não me importo com quem faz suas leis". Não interessava muito que partido era eleito para governar. Fabian tinha o controle do dinheiro, o sangue vital da nação. O governo obtinha o dinheiro, mas os juros foram se acrescentando sempre em cada empréstimo. Cada vez mais se gastava dinheiro em esquemas de previdência e em seguros de desemprego, e não muito tempo depois, o governo se viu com dificuldades até para pagar os juros, sem falar do capital.

No entanto, havia mais pessoas que se perguntaram: "O dinheiro é um sistema feito pelo homem. Com certeza pode-se ajustar o sistema para pô-lo a serviço das pessoas, e não que as pessoas estejam a serviço do dinheiro". Mas cada vez havia menos pessoas que se faziam essa pergunta e suas vozes se perderam na louca procura do dinheiro inexistente para pagar os juros.

Continua...

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