Um conjunto de testes laboratoriais realizados em animais associa os chips RFID (identificação por rádio frequência) ao desenvolvimento de cancro. A notícia, avançada pela Associated Press (AP), indica que este tipo de dispositivos, utilizados nos Estados Unidos da América por empresas que os implementam nos funcionários como forma de detectarem a sua localização, está relacionado com o aparecimento de tumores cancerígenos.
Vários testes não publicados, datados de meados da década de 90 e aplicados em animais, revelaram uma relação entre os tumores detectados e a presença dos chips, refere a AP. A utilização dos chips RFID foi autorizada para detectar animais perdidos, não havendo, por parte dos veterinários, qualquer relato de incidência de problemas de saúde relacionados com o aparelho.
"Nos últimos 15 anos milhões de cães e gatos receberam um implante de microchip, não se registando qualquer reacção de saúde adversa a este produto que salva vidas", referiu a "VeriChip", um dos principais fornecedores de chips RFID, citada pelo jornal Sol. A empresa norte-americana reafirma a segurança dos chips e afirma que não tinham conhecimento dos estudos sobre o aparecimento de cancro em animais de laboratório.
De acordo com a revista "Exame Informática", até agora, há cerca de dois mil chips implantados em seres humanos em todo o mundo. Os oncologistas chamam a atenção para a necessidade de serem realizados estudos em larga escala que permitam chegar a uma conclusão acerca do assunto e esclareçam se existe ou não algum risco para a saúde.
De acordo com a agência noticiosa, a utilização dos chips RFID foi aprovada pela Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) em 2005, sem qualquer referência aos estudos que dão conta de uma relação entre a utilização dos chips e o desenvolvimento de cancro.
Fonte: Site Farmacia (Portugal)
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