Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos, e o comitê climático da Organização das Nações Unidas (ONU) ganharam o Prêmio Nobel da Paz pelos esforços para incentivar uma ação mundial contra o aquecimento da Terra antes de o problema "sair do controle da humanidade". A premiação parece ser uma crítica ao presidente norte-americano, George W. Bush, que duvidou dos dados científicos sobre o aquecimento global e rejeitou os limites às emissões dos gases responsabilizados pelo fenômeno. Mas a Casa Branca afirmou estar feliz com a escolha dos vencedores, cujo trabalho elogiou.
Al Gore, derrotado por uma pequena margem de votos na eleição presidencial de 2000, e o Comitê Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC) foram os escolhidos para dividir o prêmio equivalente a 1,5 milhão de dólares. De um total quase recorde de 181 candidatos, o comitê do Nobel optou pelos dois devido aos esforços para chamar atenção para o impacto das atividades humanas sobre o clima.
"É necessário agir agora, antes que as mudanças climáticas saiam do controle da humanidade", afirmou a entidade, advertindo que as mudanças climáticas --capazes de provocar secas, enchentes e a elevação do nível dos oceanos-- poderiam ameaçar as condições de vida no mundo todo, gerar migrações em massa e tornar as guerras mais prováveis. "Desejamos colocar o clima mundial na agenda de forma relacionada com a paz", disse o presidente do comitê, Ole Danbolt Mjoes.
Desde que deixou o cargo de vice-presidente em 2001, Gore realizou várias palestras sobre a ameaça do aquecimento global e, no ano passado, lançou seu próprio documentário, "Uma Verdade Inconveniente", a fim de alertar sobre os perigos do fenômeno e defender a adoção de medidas para enfrentá-lo. O documentário foi vencedor de um Oscar.
"Ele (Gore) é provavelmente a pessoa que mais fez para criar uma maior compreensão mundial sobre as medidas que precisam ser tomadas", acrescentou o comitê do Nobel. "O IPCC criou um amplo consenso sobre a conexão entre as atividades humanas e o aquecimento global."
O prêmio deve aumentar as pressões para que a comunidade internacional elabore um novo tratado de combate ao problema na conferência da ONU sobre o clima marcada para acontecer em Bali, em dezembro. Gore e o IPCC devem receber o prêmio em Oslo no dia 10 de dezembro, momento em que a conferência já terá começado. Líderes do mundo todo, entre os quais o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, congratularam os vencedores. Mas pessoas críticas a Gore consideraram que o comitê do Nobel errou.
"Al Gore não compreende os fatos científicos envolvidos nas mudanças climáticas ou apresenta esses fatos de forma distorcida", afirmou Joseph Bast, cujo Hertland Institute, com sede em Chicago, publicou anúncios em jornais desafiando Gore a debater o assunto. O presidente da República Tcheca, Vaclav Klaus, ficou surpreso com a premiação porque a relação entre o trabalho de Gore e a paz mundial é "obscura e vaga", segundo o porta-voz dele. Este é o segundo Nobel da Paz concedido a um importante membro do Partido Democrata dos EUA durante a Presidência de Bush, que rejeitou o Protocolo de Kyoto, um tratado no qual se fixam limites de emissão de gases do efeito estufa para países industrializados. O prêmio de 2002 ficou com o ex-presidente Jimmy Carter. Segundo Mjoes, o Nobel deste ano, o primeiro a ser concedido a um ativista do clima, não pretende ser uma crítica a Bush.
Gore, de 59 anos, disse ter ficado profundamente honrado e prometeu doar sua fatia do prêmio em dinheiro. "Esse prêmio é ainda mais significativo porque eu tenho a honra de compartilhá-lo com o Comitê Intergovernamental de Mudança Climática --o órgão mundial dedicado a melhorar nosso entendimento sobre a crise climática", afirmou. O presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, disse estar emocionado e sentir-se privilegiado por dividir o prêmio com Gore.
"Esse reconhecimento coloca uma nova responsabilidade sobre nossos ombros. Temos de nos esforçar mais e temos muitos quilômetros ainda a percorrer", disse Pachauri, em Nova Délhi. O IPCC reúne 2.500 pesquisadores de mais de 130 países e, neste ano, divulgou relatórios responsabilizando a humanidade pelas mudanças climáticas, que vão desde as ondas de calor às enchentes.
Fonte: Yahoo
NOTA: O mundo todo está sendo condicionado a aceitar uma espécie de união global para salvar o planeta. Em breve, a "solução final" surgirá: a imposição do descanso dominical; e conforme revela o Apocalipse, essa solução partirá dos EUA. A sociedade já está sendo preparada para aceitar isso desde que o relatório do IPCC foi divulgado no começo deste ano, e muitas vozes se levantaram, a começar pela mais famosa ONG ambientalista, o Greenpeace, defendendo a idéia de que o planeta está com "febre" e precisa de cuidados especiais (e todo mundo sabe que quem está com febre deve descansar). Agora todos podem entender o porquê da mais famosa ONG ambientalista ter esse nome Greenpeace - PAZ VERDE: como observou um dos nossos leitores, "a paz e o ECOmenismo se beijaram"... Se não bastasse isso, outra matéria da BBC Brasil demonstrou a segunda perna sobre a qual o ECOmenismo está apoiado: a segurança global. Assim, é impossível não recordar a profecia bíblica: "Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição" 1Ts 5:3.
Nenhum comentário:
Postar um comentário