O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, atacou nesta segunda-feira, 17, a posição dos Estados Unidos, que defendem a relativização da importância das fronteiras na América Latina para o combate ao terrorismo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). "Não se pode fazer do terrorismo uma guerra santa que justifique liquidar com todos os princípios do direito internacional", disse o ministro, em Washington, respondendo a pergunta do Estado.
Em visita ao Brasil, na semana passada, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, afirmou que os países da região devem combater o terrorismo "dentro das suas fronteiras ou além de suas fronteiras", referindo-se à atuação das Farc em vários Estados da região...
Fonte: O Estado de São Paulo, 18 de março de 2008.
NOTA: Essa matéria exige uma análise complexa, já que há muitos interesses envolvidos. De um lado, os EUA se aproveitam da situação para expandir sua atual filosofia de "combate ao terrorismo" (espalhar o "medo" é uma grande arma de manipulação). Por outro lado, vários governos sul-americanos (incluindo o do Brasil), estão "flertando" com o movimento revolucionário encabeçado por Hugo Chavez (detalhe: todos os que acusaram o governo colombiano participam do Foro de São Paulo), e resistem em reconhecer oficialmente as FARC como movimento terrorista. O que na prática é um contra-senso: atacar o atual coletivismo dos EUA (que têm misturado política e religião) com outro tipo de coletivismo (revolução comunista-socialista) é, no mínimo, ignorância, prá não dizer má-fé.
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