sábado, março 01, 2008

Mensagem de Bento XVI aos EUA

Bento XVI alentou os Estados Unidos a viverem o papel decisivo que desempenham no cenário internacional, promovendo e respeitando a lei natural e os direitos humanos de cada pessoa. Quem entendeu muito bem a mensagem à qual em primeiro lugar estavam dirigidas estas palavras foi a Sra. Mary Ann Glendon, nova embaixadora desse país ante a Santa Sé, até agora professora de Direito na Universidade de Harvard, e presidente da Academia Pontifícia para as Ciências Sociais.

Em 1994, João Paulo II nomeou Glendon para presidir a delegação da Santa Sé ante a IV Conferência sobre as Mulheres da ONU em Pequim. O discurso que o pontífice entregou à nova embaixadora (de quase 70 anos de idade, casada e com três filhos) propõe "a tarefa de reconciliar unidade e diversidade para perfilar um objetivo comum e fazer provisão da energia moral necessária para alcançá-lo".

De fato, reconheceu, a família humana "cada vez é mais consciente da necessidade de interdependência e solidariedade para enfrentar os desafios mundiais e construir um futuro de paz para as futuras gerações".

Segundo o Papa alemão, "a experiência do século passado, com seu valioso patrimônio de guerra e de violência, que culminou no extermínio planejado de povos inteiros, deixou claro que o futuro da humanidade não pode depender do simples compromisso político".

"Deve ser o fruto de um acordo geral mais profundo, baseado no reconhecimento de verdades universais, fundadas em uma reflexão sobre os postulados de nossa humanidade comum."

Neste sentido, explicou que "a Declaração Universal dos Direitos Humanos, cujo 60º aniversário celebramos este ano, foi o resultado de um reconhecimento mundial de que uma ordem global justa só pode ser baseada no reconhecimento e na defesa da dignidade inviolável dos direitos de cada homem e mulher".

"Este reconhecimento deve motivar cada decisão que afete o futuro da humanidade e todos os seus membros", afirmou.

Fonte: Zenit

NOTA: Como os tempos mudaram... Poucas décadas atrás, os EUA ainda conservavam o verdadeiro espírito protestante, não aceitando a intromissão do Vaticano (nem mesmo conselhos) em assuntos relativos a paz mundial. O presidente americano Harry S. Truman recebeu um convite do Vaticano para juntos buscarem uma aliança de paz para o mundo no contexto da Segunda Guerra Mundial. Naquela ocasião, Trumam respondeu à altura do convite. "Pouco sabem os protestantes do que estão fazendo ao se proporem aceitar o auxílio de Roma na obra da exaltação do domingo. Enquanto se aplicam à realização de seu propósito, Roma está visando a restabelecer o seu poder, para recuperar a supremacia perdida... A Palavra de Deus deu aviso do perigo iminente; se este for desatendido, o mundo protestante saberá quais são realmente os propósitos de Roma, apenas quando for demasiado tarde para escapar da cilada. Ela está silenciosamente crescendo em poder. Suas doutrinas estão a exercer influênca nas assembléias legislativas, nas igrejas e no coração dos homens". O Grande Conflito, p. 581.

Nenhum comentário: