sexta-feira, setembro 26, 2008

Conexão Vaticano-EUA - Parte 1


Enquanto a mídia no Brasil era toda “Isabela”, no hemisfério norte, no mês de abril deste ano acontecia algo de interesse profético global...

Aquela recepção, sem dúvida, pode ser considerada como mais um sinal dos tempos. No dia 15 daquele mês, “o presidente americano, George W. Bush, mostrou uma deferência inédita ao papa ao recebê-lo pessoalmente na base militar Andrews, no Estado de Maryland, onde o avião de Bento 16 pousou. Ao longo de todo seu mandato, Bush não foi receber nenhum outro dignatário internacional em suas chegadas aos Estados Unidos”. (BBC Brasil).

Na verdade, a demonstração de gentilezas por parte do presidente norte-americano começou quatro dias antes do bispo de Roma chegar aos EUA. Ao conceder uma entrevista exclusiva a emissora de tv católica norte-americana, Eternal Word Television Network (EWTN), George Bush disse que, “quando olha nos olhos de Bento XVI, vê Deus”. (Zenit).

Para o pesquisador atento das profecias bíblicas, no entanto, o que ocorreu durante essa visita de seis dias do papa aos EUA (15-20 de abril), foi apenas a consumação daquilo que se anunciava desde o início do mandato de George Bush. Afinal, já “em janeiro de 2001, o primeiro compromisso público de Bush como presidente na capital do país, foi um jantar com o então arcebispo de Washington, Theodore McCarrick”. (Washington Post).

Durante seu mandato, Bush desenvolveu uma parceria bem íntima com a Santa Sé, o que, irônico como possa parecer, o torna tão diferente de John F. Kennedy, o primeiro presidente católico dos EUA. Cerca de dois meses antes de ser eleito o 35º presidente norte-americano, Kennedy fez um discurso na cidade de Houston, Texas, com o objetivo de acalmar a nação protestante que demonstrava insegurança pelo fato dele ser um candidato católico: “Acredito em uma América onde a separação entre a Igreja e o Estado é absoluta; onde nenhum prelado católico diria ao presidente como agir, e nenhum ministro protestante diria a seus fiéis em quem votar; onde nenhuma igreja ou escola religiosa receberia fundos públicos ou preferência política... Acredito em uma América que, oficialmente, não é católica, protestante ou judaica, onde nenhum servidor público solicita ou aceita instruções sobre políticas públicas do Papa, do Conselho Nacional das Igrejas, ou de qualquer fonte eclesiástica; uma América onde nenhuma entidade religiosa tenta impor, direta ou indiretamente, sua vontade sobre a população geral ou sobre as ações públicas de seus dirigentes.”

Com a recente visita de Bento XVI aos EUA a diferença entre esses dois presidentes ficou evidente demais para passar desapercebida da imprensa local: “George W. Bush poderia bem ser o primeiro presidente católico do país. Esta não é uma idéia tão estranha quanto parece. Sim, houve John F. Kennedy. Mas onde Kennedy procurou divorciar sua religião de seu mandato, Bush deu boas vindas à doutrina e aos ensinamentos católico romanos para a Casa Branca, e baseou muitas importantes decisões de política interna neles”, publicou o Washington Post.

Ao receber Bento XVI na Casa Branca, Bush também enfatizou em seu discurso: "O Papa vai encontrar nesses dias uma nação que abraça a fé no âmbito público, pois seus fundadores sempre fizeram referência à fé. Cremos na liberdade e na existência de uma lei inscrita no ânimo de cada homem". (Rádio Vaticano). Após os discursos, Bush e sua família tiveram um encontro privado com o papa no Salão Oval da Casa Branca, encontro este, descrito depois pelo próprio Bush como “inacreditável”, “um momento especial”. (YouTube).

Devido toda essa visível intimidade, a revista italiana Panorama, em sua edição nº 18 deste ano (30/04), revelou: “Depois de Tony Blair, poderia ser a vez de George W. Bush. Segundo as vozes em Washington, o presidente, cristão Metodista, estaria a ponto de converter-se ao catolicismo como o anglicano Blair. A oração que o Papa e a família de Bush fizeram juntos no Salão Oval da Casa Branca poderia ser, na verdade, o sinal da conversão que está acontecendo, a qual o presidente dos Estados Unidos estaria esperando comunicar ao final de seu mandato”.

Continua...

Nenhum comentário: