A cada dia que passa se intensificam mais os esforços da Igreja Romana para chamar a atenção da opinião pública para o sinal que define sua autoridade no meio da cristandade: a guarda do domingo.
OS FATOS:
1. Há muito tempo a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) tem esperado por este momento, o qual, tudo indica, chegou para ficar. Explicando melhor: a reconquista do poder político e do poder religioso perdidos ao fim da Idade Média, o que se concretizaria com a adoção pelas nações de uma lei que torne obrigatório para todas as pessoas a guarda do domingo (muitos cristãos acreditam ser o “dia do Senhor”), sinal de autoridade de Roma.
2. A última notícia demonstrando isso vem do jornal italiano La Republlica, reproduzida pela Folha Online: “O Vaticano prepara a Clericus Cup, seu campeonato de futebol, que deve começar na segunda metade de fevereiro com 16 equipes de colégios e seminários pontifícios de Roma.” A principal informação aparece em seguida: “Será proibido jogar no domingo, dia do Senhor [sic]. Durante as partidas, os jogadores que deixarem escapar uma palavra feia ou uma blasfêmia serão imediatamente expulsos. De resto, as regras serão as mesmas que em qualquer torneio de futebol normal." O torneio, que já recebeu a benção do Papa, pode até nunca acontecer, mas o recado foi dado: no domingo, “dia do Senhor”, não deveriam acontecer jogos de futebol!
3. Essa notícia não teria muita relevância caso surgisse em outros tempos. Porém, deve ser levada a sério, já que os protestantes norte-americanos têm se unido também pela mesma causa. The Ten Commandments Commission (A Comissão dos Dez mandamentos) é um movimento de igrejas protestantes em favor da defesa da Lei de Deus, o que não seria nada mal, se não fosse pela defesa do descanso dominical em lugar do sábado bíblico. Este movimento estabeleceu um dia no ano como o Dia dos Dez Mandamentos (Ten Commandments Day) – o primeiro domingo de maio, quando todas as igrejas participantes fazem uma celebração especial para promover a guarda da Lei de Deus na sociedade. (O grande problema é com a promoção da guarda do domingo!)
4. Não é de agora. Já em 2004, a revista Time publicou matéria assinada por Nancy Gibbs, onde, sutilmente, relembra os bons tempos das “Blues Laws” (“Leis Azuis” foram Leis Dominicais que apareceram em regiões isoladas dos EUA em tempos passados). Surpreendente é que, para sustentar a importância do descanso dominical, a articulista até citou as palavras de João Paulo II na Carta Apostólica Dies Domini: “Quando o domingo perde o seu sentido fundamental e torna-se meramente parte de um ‘fim-de-semana’ as pessoas se mantêm presas dentro de um horizonte tão limitado que não mais podem ver ‘os céus’.” (Incrível como um país protestante como os EUA se renderam aos encantos de Roma!)
5. A agência de notícias católica ACI, faz a seguinte indagação: “Há quem critique fortemente a Igreja católica por ter trocado o preceito bíblico do descanso sabático, substituindo assim o ensino divino com preceitos humanos, tomando a liberdade de converter o domingo como o Dia dos dias, o Dia principal. Isto é verdade?” Se depender da resposta que é dada a esta pergunta eu diria que sim, é verdade! Já que foram citadas várias passagens da Bíblia na resposta, todas elas que falam do sábado como Dia do Senhor. Nenhuma referência bíblica ao domingo como dia de guarda foi feita. (De fato, porque não existe.) Qual será o próximo lance - você deve estar se perguntando - para promover a guarda do domingo? Resposta: Quem viver, verá!
“Já é tempo, Senhor, para intervires, pois a Tua lei está sendo violada.” Salmo 119:126
5 comentários:
Pastor Santeli;
parabéns por nos relembrar da iminente volta de Cristo. Maranata!
Fernando Machado
NÃO entendo uma coisa.
SE a bíblia fala que o sábado é o dia do senhor, então porque o domingo é chamado de dia do senhor pelos cristãos? o que significa apocalipse 1:10? sábado ou domingo?
AH, eu já ouvi dizer que algumas biblias traduzem "dia do senhor" neste verso como domingo. Tem alguma coisa que ver com a palavra grega "kuriae" "kuriake" "kuriacos"?
PS. Não sei como se escreve essa palavra grega.
SE puder, me explique.
Prezado irmão (ã) anonimo (a):
Obrigado pela sua companhia. Sobre sua dúvida em relação ao "dia do senhor", poderia dizer: na Bíblia o único dia do Senhor é o sábado. O do mingo passou a ser o "dia do senhor" por influência da tradição da Igreja Cristã influenciada pelo paganismo da época. Você pode ler os seguintes endereços para entender melhor:
http://www.azenilto.com/dezdominical.html
http://www.centrowhite.org.br/textos.pdf/01/66.pdf
Que Deus te ilumine
Obrigado pela orientação, pastor.
Quero dizer que estou pesquisando onde o sr recomendou.
Mas ainda insisto: o que João chama de "dia do senhor"?
O sr acha que ele está citando o sábado nesse texto?
Se o domingo se efetivou depois do primeiro século, então na época que ele escreveu que dia estava em questão? Deveria ser o sábado?
Existe alguma fonte clara que dirime as dúvidas sobre esse dia ou é apenas conjectura?
Se ele escreve o apocalipse para as igrejas da ásia, então ele fala do que essas igrejas seguiam por orientação dos apóstolos que evangelizaram por lá, incuindo Paulo, além de Silas, Barnabé, Timóteo, etc.
Gostaria de fortalecer minha opinião de que seja o sábado.
Grato
Sem dúvida, João ao referir-se ao "dia do Senhor", estava se referindo ao sábado e não ao domingo. Isto porque sempre que os escritores sagrados falavam do domingo eles usavam a expressão "primeiro dia da semana" (a palavra domingo não existe na Bíblia). O "dia do Senhor" sempre era uma referência ao sábado (Marcos 2:28; Isaías 58:13; Êxodo 20:10). Foi depois da morte de todos os apóstolos, nas décadas seguintes que os cristãos passaram a ligar o "dia do Senhor" com o domingo. Que Jesus mesmo nunca autorizou tal mudança pode-se verificar através de Sua profecia sobre a futura destruição de Jerusalém: "Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado". Mat. 24:20. Se Jesus já tivesse em mente uma mudança do sábado para o domingo por causa de Sua ressurreição, não teria propósito nenhum fazer esta recomendação, já que esta profecia (destruição de Jerusalém) ocorreria 40 anos mais tarde (70 d.c.).
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