Em uma iniciativa sem precedentes, diplomatas do Irã, do Iraque, da Arábia Saudita e de vários países muçulmanos do Mediterrâneo e do Oriente Médio irão se encontrar na próxima segunda-feira em Roma para fazer um curso para conhecer e aprender sobre as instituições da Igreja católica e a política internacional da Santa Sé.
O curso, que durará três semanas, duas em Roma e uma em Turim, promovido pela Fundação da Pontifícia Universidade Gregoriana e pelo Instituto Internacional Jacques Maritain, será aberto pelo secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Tarcisio Bertone, e pelo cardeal Renato Martino, presidente do Pontifício Conselho de Justiça e Paz.
O objetivo, explicaram os promotores da iniciativa, é fazer com que o mundo muçulmano conheça a realidade da Santa Sé e "contribuir para a formação de mediadores nas relações entre os Estados, os povos e as culturas a fim de favorecer o conhecimento entre os povos e as religiões no complicado contexto atual".
Os diplomatas muçulmanos terão aulas, encontrarão os responsáveis pelos ministérios da Santa Sé e visitarão os locais mais importantes da política vaticana.
A iniciativa teve uma acolhida "extraordinária", explicou hoje, em uma coletiva de imprensa em Roma, o padre Franco Imoda, presidente da Fundação La Gregoriana e reitor da universidade, e o professor Papini, diretor do Instituto Maritain. Entre os países convidados, só Omã e Tunísia recusaram mandar representantes.
Devido a motivos de organização, a Autoridade Nacional Palestina, o Qatar e o Iêmen também não participarão do curso. Estarão presentes os diplomatas da Argélia, Albânia, Arábia Saudita, Barein, Egito, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Kuwait, Irã, Iraque, Líbano, Marrocos, Montenegro, Síria, Turquia, Liga Árabe e Liga das Universidades islâmicas.
Fonte: ANSA
NOTA: O diálogo entre as religiões tem o seu lugar, mas as reais intenções do Vaticano podem ser avaliadas pela contrapartida: Será que o papa Bento XVI aceitaria um convite para enviar seus cardeais para fazer um curso sobre Islamismo em Meca? E se fosse um curso sobre Budismo no Tibete? Que tal um curso sobre Adventismo na Conferência Geral, em Washington?
“...mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta” (Apocalipse 13:3).
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