A profecia das setenta semanas foi dada por Deus para ajudar na compreensão da profecia que Daniel havia visto no capítulo anterior: " Até duas mil trezentas tardes e manhãs" (Dn 8:14). De fato, as "setenta semanas" estavam incluídas nas "duas mil e trezentas tardes e manhãs", sendo que aquela marcava o início desta. Como já vimos que "duas mil e trezentas tardes e manhãs" eqüivalem a 2300 dias proféticos, e que cada dia profético corresponde a um ano literal, então, para acharmos o final deste período profético é só somarmos a diferença dos 490 anos que já estabelecemos das "setenta semanas" ( 2300 - 490 = 1810). Partindo da data onde paramos, ou seja, o ano 34 d.C. e avançando 1810 anos chegamos ao fim dos 2300 dias proféticos: o ano de 1844 d.C.. O gráfico abaixo nos ajudará na compreensão.
Sendo que descobrimos a data desta profecia, resta saber agora qual foi o acontecimento que se deu em 1844 d.C.. Na verdade, foram dois os eventos profetizados para 1844: um no céu e outro na terra. O primeiro deles podemos descobrir relacionando o texto básico da profecia com o cerimonial do santuário judaico: "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs, e o santuário será purificado" (Dn 8:14). Assim como no santuário judaico o sumo sacerdote entrava uma vez por ano no Lugar Santíssimo para fazer a purificação do santuário e este dia servia como um dia de acerto de contas do povo com Deus, assim também Cristo começou em 1844 o Juízo celestial que tem por objetivo analisar a vida de todos aqueles que dizem ser cristãos a fim de ver quem está realmente com o coração santificado e pronto para receber a Cristo em Seu Segundo Advento. Afinal, nem todos os professos cristãos praticam toda a vontade de Deus: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus" (Mt 7:21). Não são todos os habitantes do mundo que estão sendo analisados no Juízo celestial, mas somente os que dizem ser cristãos: "Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?" (1Pe 4:17).
Esse Juízo que começou em 1844 no santuário celestial também foi profetizado em outras partes das Escrituras por outros profetas: "Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; de repente, virá a seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o Anjo da Aliança, a quem vós desejais; eis que ele vem, diz o Senhor dos Exércitos" (Ml 3:1). Salomão confirmou isso: "Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas , quer sejam más" (Ec 12:14). Portanto, o primeiro evento profetizado para 1844 ocorreu no céu, quando Jesus passou para o Lugar Santíssimo no santuário celestial e iniciou o Juízo (Juízo Investigativo). O segundo evento profetizado para 1844, que ocorreu na terra, será analisado quando estudarmos o Apocalipse, pois nele o tema aparecerá ampliado.
Evidências bíblicas de um Juízo Pré-Advento:
1- O Dia da Expiação no santuário terrestre era um tipo - profecia em símbolos (Lv 16; 23:26-32).
2- A cena judicial que Daniel viu (Dn 7:9, 10) ocorreria antes da Volta de Cristo (Dn 7:13, 14).
3- Na parábola das bodas (Mt 22:1-14) o rei fez uma investigação dos convidados (v. 11).
4- O Juízo começa pela casa de Deus (1Pe 4:7).
5- Na ordem para medir o templo de Deus, o altar e os que nele adoram (Ap 11:1).
6- Na proclamação: "Vinda é a hora do juízo" (Ap 14:7).
7- Os salvos que estiverem vivos por ocasião da Volta de Cristo deverão anteriormente ter sido julgados como dignos de receber a vida eterna (1Co 15:51, 52).
Para saber mais sobre a profecia das "duas mil e trezentas tardes e manhãs", acesse o site Concerto Eterno.
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