quinta-feira, setembro 13, 2007

A visão do santuário - Parte 1

O profeta Daniel registrou no capítulo 8 a visão que Deus lhe mostrou no ano 551 a. C., quando já estava com 72 anos aproximadamente. Esta visão "se refere ao tempo determinado do fim" (Dn 8:19), e possui um significado importante para aqueles que viveriam exatamente antes da Volta de Cristo.

VISÃO: "Então, levantei os olhos e vi, e eis que, diante do rio, estava um carneiro, o qual tinha dois chifres, e os dois chifres eram altos, mas um, mais alto do que o outro; e o mais alto subiu por último" (Dn 8:3)
INTERPRETAÇÃO: "Aquele carneiro com dois chifres que viste, são os dois reis da Média e da Pérsia" (v. 20).
O sincronismo é perfeito. Esta visão de Daniel também se relaciona com o surgimento e a queda dos impérios. O carneiro visto pelo profeta representava o reino da Medo-Pérsia. A princípio, os medos possuíam a supremacia e seu rei era o governante oficial. Porém, como foi mostrado a Daniel, o chifre mais alto subiria por último, profetizando assim, a supremacia da Pérsia sobre a Média. De fato, Ciro rebelou-se contra seu avô Astíages, que era Medo, e acabou estabelecendo a supremacia Persa. Pouco tempo depois conquistou a Lídia, a Babilônia e o Egito elevando o reino ao status de Império. Como a Babilônia ficava ao ocidente em relação à Pérsia, a Lídia ao norte, e o Egito ao sul, podemos entender o fato que o "carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte, e para o sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir, nem havia quem pudesse livrar-se do sue poder; ele, porém, fazia segundo a sua vontade e, assim, se engrandecia" (v. 4). As três costelas na boca do urso (Dn 7:5), encontra aqui seu paralelo nos pontos cardeais para onde o carneiro dava suas marradas.

VISÃO: "Estando eu observando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; este bode tinha um chifre notável entre os olhos; dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres, o qual eu tinha visto diante do rio; e, enfurecido contra ele, o feriu e lhe quebrou os dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe resistir; e o bode o lançou por terra e o pisou aos pés, e não houve quem pudesse livrar o carneiro do poder dele" (Dn 8:5-7).
INTERPRETAÇÃO: "Mas o bode peludo é o rei da Grécia; o chifre grande entre os olhos é o primeiro rei" (v. 21)
Alexandre o Grande, representado pelo chifre grande, veio do ocidente (Macedônia, Grécia), para estabelecer o império Grego. A velocidade de suas conquistas mais uma vez é destacada, pois o bode veio do ocidente "sem tocar no chão", como se estivesse voando. É só lembramos que, em meia década (336 – 331 a. C.), o grande conquistador alcançou a maior ambição que o alimentava: derrotar o império Medo-Persa.

VISÃO: "O bode se engrandeceu sobremaneira; e, na sua força, quebrou-se-lhe o grande chifre, e em seu lugar saíram quatro chifres notáveis, para os quatro ventos do céu" (Dn 8:8).
INTERPRETAÇÃO: "O ter sido quebrado, levantando-se quatro em lugar dele, significa que quatro reinos se levantarão deste povo, mas não com força igual à que ele tinha" (Dn 8:22).
Alexandre, o Grande, morreu prematuramente em 323 a. C., não deixando ninguém para substituí-lo. Seu meio-irmão Filipe, e também seu filho Alexandre tentaram manter o império unido, porém, sem sucesso. Depois de muitas lutas internas e da morte dos dois governantes oficiais, Antígono levantou-se como pretendente ao trono. Tentou a todo custo soldar o império fragmentado. Entretanto, encontrou a oposição de quatro generais: Lisímaco, Ptolomeu, Seleuco, e Cassandro, os quais derrotaram Antígono em 301 a. C., na batalha de Ipsus, e repartiram o império em quatro partes, uma para cada um dos generais.

Continua...

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