terça-feira, março 25, 2008

Projeto torna Nossa Senhora padroeira apenas dos católicos

O Projeto de Lei 2623/07, do ex-deputado Professor Victorio Galli, retira de Nossa Senhora Aparecida o título de padroeira do Brasil. "O País, por ser um Estado laico, não deve ter este ou aquele padroeiro", afirma Galli.

Apesar da mudança, segundo o projeto, o feriado religioso será mantido. A proposta altera a Lei 6.802/80, que institui o feriado nacional de 12 de outubro em homenagem a Nossa Senhora Aparecida. O projeto substitui a expressão "padroeira do Brasil" por "padroeira dos brasileiros católicos apostólicos romanos" e a expressão "culto público e oficial" por "homenagem oficial".

Victorio Galli ressalta que o Estado está impedido de instituir qualquer tipo de culto, conforme o artigo 19 da Constituição de 1988. Segundo Galli, a alteração proposta "deve ser considerada democraticamente útil para a promoção da igualdade entre os cidadãos brasileiros, sem privilégios à maioria de orientação cristã". Segundo ele, a proposta foi sugerida por cidadãos que não professam a fé católica.

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

Nota Paulo Fernando: O site católico e "quase declaradamente" anti-evangélico www.veritatis.com.br traz em sua página principal uma chamada para o Projeto que tramita no congresso nacional que torna a conhecida N. Sra. Aparecida padroeira apenas dos católicos romanos. Conclama a todos os católicos romanos a votarem contra o projeto. E a partir daí há uma série de comentários dos fiéis e nada como um bom empurrãozinho dado pelo site para virem os comentários contra os evangélicos. De minha parte, acho que não é necessária uma lei para definir quem é ou não "padroeiro(a)" do Brasil. Esse não é um problema de lei mas de fé e de coração. A Palavra de Deus nos dá todas as respostas: "Feliz a nação cujo Deus é o Senhor."

Mas, por outro lado, nada mais correto que o título seja "padroeira dos católicos romanos", afinal, esse título é o real. Não se está suprimindo nada, nem tirando direitos de ninguém. Não acho que os católicos deveriam ficar preocupados ou agitados, afinal, nem todos os brasileiros querem a tal senhora como padroeira. E ponto final. Nada de mais, é a democracia.

7 comentários:

Unknown disse...

Caros colegas sou estudante de filosofia e li nesta pagina um artigo que me estimulou a respondê-lo. Com relação ao Projeto de Lei 2623/07 de autoria do Deputado Suplente Victorio Galli, que vocês já têm conhecimento, a mim, pouco importa que Victorio Galli, seja membro da igreja Assembléia de Deus, porém, se fizerem um referendo com certeza já sabemos o resultado: segundo o instituto de pesquisa Data Folha, os evangélicos somam 22% da população brasileira - os católicos ocupam 64%. Outras religiões e ateus ocupam 14%. Mas eu como Católico praticante, não estou nem um pouco preocupado com isso, pois acredito que em nada mudaria a minha fé e a de nossos irmãos católicos, sejam romanos ou não. Por exemplo, a igreja Católica clandestina em china, não tem nenhum culto público, e isso não faz com que os fieis diminua, pelo contrario. Obviamente o nosso país não é católico de direito, mas é de fato, uma vez que somando o percentual de evangélicos e de outras religiões e ateus ocupam 36%. Apesar disso, sabemos a importância da Fé e sabemos que vivemos num país onde a mistura de cultura, raça e credos constituiu a nossa nação. Mas o que eu indago, são outros aspectos. Vejamos o outro lado da moeda. O deputado afirma com base na Constituição que o Estado está impedido de instituir qualquer tipo de culto. Porém, já está também em análise o Projeto de Lei que altera o feriado de Corpus Crhisti para o "Dia Nacional da Marcha para Jesus", evento organizado pela Igreja Cristã Apostólica Renascer em Cristo e que tem adesão de outras igrejas protestantes. Isso é uma contradição grotesca e mostra quão sem instrução são estas pessoas, ou quem sabe são mais “astutas” que nos. Pois a mim me parece, que não é a democracia, o direito de igualdade etc., que está em jogo. A meu ver, trocar um feriado nacional por outro também de cunho religioso, é trocar seis por meia dúzia. Não acha? Qual será realmente o interesse? Poderiam me dizer? Será que o interesse é realmente “salvar almas”? Acredito que nos cristão, seja qual for à denominação, temos coisas mais importantes para nos preocuparmos. E queira Deus, que o nosso país não chegue a ficar como a Irlanda do norte, católicos de um lado e do outro “protestantes”. Pois o que começa como um simples jogo de interesse pode se tornar uma grande catástrofe. Diante disso qostaria de finalizar, dizendo que em nado mudaria a nossa fé toda essa mudança, porém mudar uma lei que beneficia um grupo e instituir outra que beneficie outro grupo é um pouco estranho. Não acha? Notaste algo de democrático nestas leis? Ou será que isso é o que chamam de evangelizar, ou ser profético. “Quem quer construir, não se interessa em dividir”.

Pr. Sérgio Santeli ssanteli@br.inter.net disse...

Olá Kleiton:

Apesar do Brasil ser um país laico, ainda não o é 100%, havendo espaço ainda para aperfeiçoamentos. É o caso dos chamados "feriados religiosos", que, em sua maioria esmagadora refletem a cultura católica do país. Defendemos o fim da relação entre os feriados e os motivos religiosos que os inspiram, e essa regra vale para todos, inclusive para os evangélicos (concordo com o seu argumento).
A política e a religião devem andar separadamente para o bem geral da sociedade. Por isso também apóio o projeto em questão (2623/07) e acho que até poderia ser ampliado (acabando com a motivação religiosa deste feriado). Um país totalmente laico não pode favorecer qualquer religião ainda que seja majoritária.

Um grande abraço

Espiritualidade Carmelitana disse...

Querido Sérgio Santeli, quero deixar aqui meu comentario a respeito do artigo "Projeto torna Nossa Senhora padroeira apenas dos católicos" e principalmente pela nota dada por Paulo Fernando.
Sou ainda estudante, vou a missa todos os domingos e trabalho na pastoral da criança que (só para ilustrar A Pastoral da Criança é uma organização comunitária, de atuação nacional, que tem seu trabalho baseado na solidariedade humana e na partilha do saber. O objetivo é o desenvolvimento integral das crianças, da concepção aos seis anos de idade, em seu contexto familiar e comunitário, a partir de ações de caráter preventivo e que fortaleçam o tecido social e a integração entre a família e a comunidade. A Pastoral da Criança é um organismo de ação social da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, de atuação ecumênica, ou seja, aberta a pessoas de todas as religiões. Também não faz distinção de raça, cor, sexo, opção política ou nacionalidade. A principal característica da Pastoral da Criança é a sua imensa rede de solidariedade, formada por 250 mil voluntários, que atuam em nível comunitário, e que dão sustentação à instituição. O voluntário da Pastoral da Criança realiza mais do que um trabalho junto às famílias que acompanha: ele tem uma missão de Fé e Vida, de fraternidade cristã, de amor e de co-responsabilidade social).
Realmente sou catolico e pratico minha religião.
Acho muito engraçado quando vejo, POR ALGUNS, uma enorme preucupação com o que os catolicos fazem ou deixam de fazer, infelizmente há muitas religioes que mais se preocupam em criticar o que fazemos a realmente fazerem o que Cristo ensinou.
Fico contente em ver que fazemos a diferença e incomodamos, pois assim somos proféticos. Como diz Santo Agostinho, prefiro os que me criticam porque me corrigem aos que me adulam e me enganam.
Pois queiram ou não todas as pessoas tem tudo a ver com nossa Senhora, ao pé da Cruz Jesus diz: filho eis ai a tua mãe , e mão eis ai o teu filho.
Há uma musica do Pe. Zezinho que diz muito bem a função de NOssa Mae nossa Senhora: "Não é Deusa , não é mais que Deus, mas depois de Jesus Nosso Senhor, neste mundo ninguem foi mair..." Assim vemos Verdadeiramente qual é seu verdadeiro papel!
Claro que Nossa Mãe pode não ser aceita por todos como mãe e padroeira, mas de fato é,claro se somos filhos de Deus e seguidores de Jesus. Assim se acreditamos que Jesus e filho de Deus, e maria foi a mae de Jesus logo nossa senhora é nossa Avó ou mãe!
Mesmo que seja aprovado esse projeto isso não vai interferir na minha fé.
Se a democracia siguinifaca o bem da maioria, agora estou de acordo com o comentario do kleito, estudante de filosofia que mostrou que os catolicos são 64% da população brasileira. Ser Cristão é ser profético, é anunciar o que realmente Jesus Ensinou.
Não quero entrar em divergencias religiosas, mas acho que devemos ter claro qual é relmante a nossa fé.
Sem mais deixo um grande abraço a todos os leitores.

Pr. Sérgio Santeli ssanteli@br.inter.net disse...

Olá espiritualidade carmelitana:

Tudo aquilo de "bom" que você afirma fazer não tem ligação com o assunto em questão. O tema levantado tem a ver com a "motivação religiosa dos feriados" que interfere no status do Brasil de país laico. Não é nosso interesse, ao defender um país laico, acabar com a religiosidade de ninguém (seja católico ou não). Você mesmo afirmou que "se este projeto for aprovado não vai interferir em nada na minha fé", então, por que a preocupação?

Continue fazendo suas "boas obras", e faça-as pelo motivo certo: para demonstrar que foi salvo em Cristo Jesus, e não para alcançar a salvação, porque a salvação não vem "de obras, para que ninguém se glorie" (Ef 2:9). Mas depois que alguém recebe a salvação certamente fará boas obras.

Quanto ao país laico, é melhor para todos nós que assim seja.

Unknown disse...

Caro Sergio
Quando referi-me sobre as "boas obras", não minha mas da parcela da população que se preocupa com o povo de DEUS, não quiz de maneira nehuma perder uma ligação com o assunto, pois como disse no comentario referia-me principalmente a nota do Paulo Fernado que acho que não ajudará em nada para uma discução sobre um pais laico.
Pois isso deve não gerar uma divisão, pois ates de tudo unir o povo de Deus, pois o Brasil é de sua maioria Cristão e como prega a minha igreja devemos ser ecumenicos!
Espero que assim ao invez de divergencias construamos um país melhor.

Um abraço a todos.

(peço uma correção, no artigo anterior, pois meu nome é klenio)

Unknown disse...

Caríssimos,

Talvez tivéssemos que a Língua Portuguesa e até Mesmo invalidar a Independência de portugal para tornar legítima a rejeição manifestada poe parlamentar quanto à religião Jesuítica também trazida por mãos portuguesas.
Nossa Senhora não precisa de título. Ela já está salva. Ela apenas quer que Jesus transforme nossa "agua em vinho" antes que acabemos com nossoas fontes, se é que me entendem.
Sugiro que as outras religiôes, se quizerem, nomeiem seus próprios padroeiros e deixem-nos, os católicos, com a NOSSA MÂEZINHA.
A lei laica também nos assegura o direito de continuar sob o manto protetor da Virgen Aparecida, não?

Antônio Santos

Anônimo disse...

É impressionante a falta do que fazer, Não sou ateu, mas tbm não frequento nenhuma religião, acredite, o crescimento de religiões, acaba por divulga a intolerância ( Ignorância ), das Pessoas, por mais estranho que possa ser nos acabamos por interesse desses ou daquele fazendo relatos contra ou a favor e uma hora alguns idiota, vai comecar com aquelas intolerancias igual as da irlanda ou quem sabe poderemos nos tornar um próximo oriente médio, no qual falar de qualquer religião leva a morte sumária, lembremos que Jesus ou todos os nossos grande homen da humanidade pregarão a paz