quarta-feira, abril 16, 2008
Discurso contra islã radical une Bush e Bento XVI
16 de abril de 2008
Apesar de discordarem em aspectos importantes da política internacional - o papa é crítico duro da invasão do Iraque, por exemplo -, Bento 16 e George W. Bush pensam igual no que foi um dos pontos centrais dos dois mandatos do presidente americano e deve ser o do papado atual: o combate ao radicalismo islâmico.
Embora não tenha erguido a bandeira de forma explícita, Bento 16 vem marcando os três anos de seu pontificado por ações planejadas - e de resultados polêmicos - para mostrar o que pensa a respeito do que o ocupante da Casa Branca chama de islamo-fascismo. Foi assim, por exemplo, ao batizar com alarde um conhecido jornalista italiano muçulmano convertido na última Páscoa. Foi assim, também, em um sermão em 2006, na Alemanha, em que citou a frase de um imperador bizantino do século 15 que criticava Maomé por expandir "pela espada" a sua religião. A fala causou protestos no mundo muçulmano e custou a vida de uma freira. Apesar de ter dito não ser "cruzado", Bento 16 entrou na mira do terrorista Osama Bin Laden, que em março o acusou em vídeo de liderar campanha antiislã.
Para George Weigel, o discurso de 2006 pode ser para Bento 16 o equivalente à viagem à Polônia comunista, em 1979, de seu antecessor, João Paulo 2º: a definição da missão de seu papado. "Se vai ser bem-sucedido o corajoso esforço do papa de colocar na agenda a luta pela reforma do islã, só vamos saber em 50 ou 100 anos", disse ele à Folha. "Mas essa conversa tinha de começar em algum momento, e esse papa decidiu que esse momento é agora", afirmou Weigel, um dos mais renomados teólogos católicos americanos. É uma estratégia, sim, concorda Noah Feldman, professor de Direito da Universidade Harvard. "A prática verbal do papa até agora tem sido ocasionalmente, digamos, profundamente negativa sobre aspectos do islã", disse ele em debate no Council on Foreign Relations, em Washington. "Isso lhe trouxe muita oposição dentro do mundo muçulmano, mas tem sido muito bom para ele politicamente na Europa", ansiosa em relação à ascensão dessa religião.
Até sobre o Iraque, as visões não são tão diferentes, defende Weigel. "A Santa Sé e a Casa Branca estão na mesma página quanto ao país hoje, diferente do que houve em 2003", disse o teólogo. "Ambos defendem um país estável e com liberdade religiosa." Outro ponto em comum é a condenação do aborto e da pesquisa com células-tronco.
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Um comentário:
Islã radical? O islã é um perigoso desconhecido travestido de religião para nós. Nessa crença absurda não há separação entre religião e política porque só existe o poder religioso. Quando há algum outro, é puro fantoche. Seus milhares de atentados são tramados em mesquitas e não em ermos por grupos de marginais que se dizem religiosos. Aliás, como a imprensa tenta iludir a opinião pública. O Líder do Estado Islâmico é um religioso erudito em islã e filosofia.
http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/o-perigo-do-isl-no-brasil
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