domingo, novembro 09, 2008

Cardeal católico pede que os fiéis leiam a Bíblia

O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, pediu que os católicos não apenas tenham a Bíblia em casa, mas que alimentem o costume de ler o texto sagrado [...]

"É importante ter a Bíblia, mas isso não basta, é preciso lê-la", afirmou o arcebispo. Nas proposições do Sínodo encaminhadas ao Papa, alenta-se que todo católico tenha fácil acesso à Bíblia. O evento eclesial também chama a um novo empenho de formação dos fiéis no campo bíblico.

Segundo o cardeal Scherer, é preciso ler a Bíblia de forma adequada. Para isso, o primeiro passo é tomar o texto a partir "da Igreja, da comunidade de fé", pois a Igreja "é a casa da Palavra de Deus, seu endereço certo", afirmou.

Isso evita as leituras "fundamentalistas", que instrumentalizam o texto sagrado para fins alheios a ele. Dom Odilo recordou que o próprio Papa falou da importância de se tomar a Bíblia no contexto da fé da Igreja, respeitando-se o rigor do método histórico-crítico, por um lado, e, por outro, não descuidando da Tradição viva de toda a Igreja [...]

NOTA: Sempre a mesma ladainha: Bíblia + Tradição da Igreja...

Saiba mais: "Autoridade da Igreja ou das Escrituras?" (Leia aqui).
"A Igreja Romana nunca mudou" (Leia aqui).

5 comentários:

Anônimo disse...

Infelizmente esta postura(usar o texto a partir da igreja), não tem sido exclusividade da igreja católica, pois é uma prática presente em todos os grupos religiosos, inclusive a nossa Igreja Adventista, que tem adotado práticas como rebatismo e tem fechado a porta do céu(negado o batismo)por simples questões de costumes, como adornos. Práticas que não encontram fundamento Bíblico e se assemelham às eresias católicas. É interessante visualisarmos os erros teológicos dos outros, mas creio que seria ais construtivo, primeiro tirarmos a nossa trave.

Pr. Sérgio Santeli ssanteli@br.inter.net disse...

Os casos de rebatismo apoiados pela Igreja têm base bíblica:

Numa visita a Éfeso, Paulo encontrou vários discípulos que haviam sido batizados no batismo de João [Batista]. Eles haviam experimentado o arrependimento e expressado fé no Messias vindouro(At 19:1-5).

"Quando receberam o batismo pelas mãos de João, mantinham ainda uma série de erros. Mas ao receberem mais clara luz, alegremente aceitaram a Jesus como seu redentor; e com este passo mais avançado ocorreu uma modificação, em suas obrigações. Ao receberem mais pura fé, ocorreu uma mudança correspondente em sua vida e caráter. Como sinal desta mudança, e como reconhecimento de sua fé em Cristo, foram eles rebatizados em nome de Jesus".

Sobre questões de adorno, a Bíblia não classifica como "simples costumes":

"Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém,, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus" (1Pe 3:3, 4).

"Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém, com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas)" (1Tm 2:9, 10).

"Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele" (1Jo 2:15).

Anônimo disse...

Como nota-se, a sua interpretação é a partir da Igreja. Teriam muitos pontos a serem considerados, mas vou analizar apenas um. Os textos citados foram direcionados à Igreja, em nenhum momento, no novo testamento, foram colocados como condição para o batismo, e, no prório texto, é dado o exemplo de Sara, e Sara usava adornos.

Pr. Sérgio Santeli ssanteli@br.inter.net disse...

Você argumenta conforme sua predisposição de não aceitar a doutrina bíblica. Que outra interpretação alguém pode dar para os textos tão claros acima?

Em todo caso, aconselho a leitura do livro "O uso de jóias na Bíblia", da CPB (http://www.cpb.com.br/mostra.asp?clie=5&en=&gtx=&cr=&cat=&c=&hr=&rtd=78hje&j=&idped=134&p=4613046&idpart=&hj=34545354353&cliecr=&lf=doo234&l=&e=12312&ger=354&set=1&org=rtf4&j=4512&grp1=1&idprod=175&grp=1), porque você demonstra não conhecer os usos e costumes dos tempos bíblicos, e por isso se confunde na aplicação atual dos princípios bíblicos.

Obs: Só um detalhe - a questão de jóias, bem como qualquer outra doutrina não é a causa da salvação de ninguém (só a graça mediante a fé pode salvar). No entanto, espera-se que o verdadeiro discípulo que recebeu a graça de Cristo obedeça seus ensinamentos, inclusive o abandono dos adornos exteriores.

Anônimo disse...

Se a habitação do Espírito santo é importante para nós, cultivaremos o ornamento de um espírito manso, em lugar de ornamentos de ouro e prata (jóias) brincos, pulseiras, colares e outras criações humanas cujo o propósito é atrair atenção para o eu e não para Cristo.

Ademais, o que em tempos de menos luz se sancionou ou pelo menos se permitiu, com freqüência não se sancionou no período evangélico, devido à sua maior luz. Exemplo disso são as poligamias e o divórcio fácil.