Católicos, evangélicos, muçulmanos, judeus e, principalmente, seguidores de religiões de origem afro se reuniram na Praia de Copacabana ontem durante a 2ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa. Cerca de 80 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, tomaram quase um quilômetro da orla.
Participaram do evento o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos; o secretário de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso; além de representantes dos estados e da Nigéria. Marcada para as 10h, a manifestação atrasou quatro horas para esperar o grupo de judeus, que estava na sinagoga.
Para representar a unidade entre as religiões, o sucesso evangélico ‘Faz um Milagre em Mim’, de Regis Danese, foi cantado em iorubá pelo sacerdote do candomblé Babá Òguntundelewa.
“Votamos o estatuto da Igualdade Racial para dignificar, sobretudo, as religiões afrodescendentes. Mas o governo federal apoia todos os segmentos religiosos”, defende o ministro Edson Santos.
Segundo a coordenadora da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, Rosiane Rodrigues, o ato tem o objetivo de alertar para os malefícios da discriminação religiosa. “Não há nada pior do que o fundamentalismo. Todas as religiões estão aqui, menos os neopentecostais”, critica ela.
Representando a Arquidiocese do Rio, o padre Fábio Luiz considerou o ato importante para concretizar o discurso de paz e tolerância pregado pelas religiões. “Temos que viver isso e combater a mentalidade intolerante”, declara.
Fonte: O Dia
Fotos: O Globo
NOTA: É um vício que sempre costuma se repetir - em nome da tolerância age-se de forma intolerante. A liberdade religiosa é algo louvável, porém, não quando invocada para fins ecumênicos, até porque diversos segmentos não apóiam o ecumenismo...
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