As poucas ou muitas horas de sono interferem diretamente no envelhecimento - ou não - do cérebro. Em média, o número de horas indicado é de sete horas diárias, sem intervalos e no período noturno, para manter a mente saudável mesmo em uma idade mais avançada. Isso é o que afirma um estudo do Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública da Universidade College London, no Reino Unido.
O benefício de se dormir durante sete horas foi mais notado entre as mulheres. Elas pontuaram melhor em testes de vocabulário, memória, fluência e raciocínio. Entre os homens, saíram-se bem quem dormia de seis a oito horas.
A pesquisa, que cobriu um período de cinco anos e envolveu 5.431 pessoas com idade entre 35 e 55 anos, também mostra que dormir mais ou menos do que essa média de sete horas ocasionaria problemas a longo prazo - ou o mesmo que um envelhecimento precoce do cérebro de quatro a sete anos.
A notícia ruim para os dorminhocos é que mais horas de sono causam perdas aceleradas para o cérebro. Em testes aplicados com voluntários, os que dormiam muito foram mal em testes de memória.
"Pensamos que isso pode ser causado pelo sono fragmentado, o que significa que, embora essas pessoas fiquem muito tempo na cama, elas não estão necessariamente tendo um sono de qualidade", diz Ferrie.
Por outro lado, quem também dormiu menos de seis horas por noite, durante cinco anos, apresentou o mesmo resultado ruim. Ou seja, segundo o estudo, o limite mais apropriado para o corpo humano é o de sete horas bem dormidas.
Segundo a coordenadora do estudo, mais investigações são necessárias para se entender exatamente como as mudanças nos padrões de sono agem nas funções cognitivas dos adultos e se outras condições, como a depressão, também tem um papel nesse processo.
Fonte: Folha São Paulo
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