sexta-feira, maio 13, 2011

Cristãos e sindicatos europeus se unem para defender o descanso dominical

"Em 20 de junho será lançado em Bruxelas a Aliança Européia para o domingo. Pela primeira vez, sindicatos e igrejas da Europa estão na mesma linha". É o que garante a Comissão dos Bispos da União Europeia (COMECE), que adverte que as razões da aliança são tanto religiosas como sócio-políticas.

A proteção do domingo, cujo desaparecimento, na prática, como um dia festivo "poria em cheque um benefício social milenar" conduz à denúncia de uma nova escravidão: Enquanto muitos podem usar este dia para desfrutar de sua família e amigos, cada vez são mais aqueles que têm que trabalhar em grandes centros comerciais e de entretenimento.

Além da Igreja Católica, várias instituições evangélicas aderiram à iniciativa. E da Espanha aderiu a Irmandade Obreira de Ação Católica (em espanhol, HOAC).

Fonte: InfoCatólica

NOTA: Desde o ano passado o movimento pela guarda do domingo tem se intensificado na União Européia, pretendendo mesmo até buscar assinaturas para levar ao Parlamento Europeu. Como pode ser visto, a Santa Sé nunca desistiu de suas pretensões de governar todas as nações e todas as consciências individuais, alcançando novamente a supremacia mundial. Sua grande marca é o domingo, e é por aí que todos deverão se curvar. Vale lembrar que isso representa um erro duplo: o verdadeiro dia de guarda na bíblia é o sábado (sétimo dia), e nenhum dia de guarda deveria ser imposto por lei civil, uma vez que isso fere o princípio de separação entre Igreja e Estado.

3 comentários:

Tche disse...

Olá, amigo.
Não sei exatamente qual a diferença entre "dia de guarda" e "dia de descanso". Mas entendo que você se refere à mesma coisa.
Existem várias argumentações contrárias em relação à guarda do sábado, mas não é sobre isso que gostaria de falar-lhe. E sim, em relação ao seu comentário de que "nenhum dia de guarda deveria ser imposto por lei civil".
Em verdade, você está enganado nessa conclusão. Te explico o porquê penso assim. A quantidade de horas trabalhadas por semana, os dias considerados como descanso semanal e os feriados nacionais são, e devem continuar sendo, regidos por leis civis. Isso não se relaciona com a guarda "religiosa" de determinados dias que as igrejas determinam ou querem determinar. A obrigação de respeitar descansos semanais não tem qualquer relação com religiosidade ou crença, e sim, com intervenção do Estado para o bem dos cidadãos. Não fosse dessa maneira, voltaríamos à situações de abusos grotescos por parte de "patrões" como ocorriam antes da Revolução Industrial (e em alguns lugares, até hoje). Essa é a grande diferença entre o Estado definir quando se trabalha e quando não se trabalha. E, acredito, não está deixando de ser laico em definir isso.
Quanto às argumentações contrárias ao sábado, que citei rapidamente, não acredito que devam ser motivos de discórdia entre mim e meus irmãos adventistas. Afinal, nosso irmão Paulo, nos disse em Colossenses 2:16 - "Portanto, não permitam que ninguém os julgue pelo que vocês comem ou bebem, ou com relação a alguma festividade religiosa ou à celebração das luas novas ou dos dias de sábado."
Fique com Deus.

Pr. Sérgio Santeli ssanteli@br.inter.net disse...

Tche:

O homem foi criado sim para ter um descanso semanal. A questão é que a lei civil não deveria especificar ou limitar a prática a determinado dia, porque ao fazê-lo já está associando-se a este ou àquele credo, independente da intenção...
Se o poder civil quiser ser isento, não pode determinar qual dia deve ser o dia de descanso...

Do ponto de vista espiritual, a Bíblia só autoriza o descanso no sábado. Quanto ao texto citado de cl 2:16 veja o post sobre isso:

http://minutoprofetico.blogspot.com/2010/08/julgando-o-sabado-em-colossenses-216.html

Luiz Barreto Jr disse...

Na verdade o ciclo semanal de 7 dias, sendo um de descanço existe muito antes da CLT. Vem de tempos remotos históricamente documentados. Para o governo fica o desafio de regulamentar um dia de descanço sem ferir conceitos religiosos; assim como tem o desafio de proteger contra homofobia sem fazer o mesmo.