sexta-feira, janeiro 06, 2012

Grécia enfrenta risco de calote descontrolado

O primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, advertiu na [última] quarta-feira à noite em reunião com os sindicatos das empresas e dos trabalhadores que a Grécia enfrenta a possibilidade de quebra nos próximos três meses se não chegar a um acordo financeiro com os financiadores. Pela transcrição de seu discurso para os representantes dos agentes sociais do país, divulgado pela agência "AMNA", o chefe de Governo precisou que sem esse acordo e as subsequentes ajudas financeiras "a Grécia enfrenta o risco imediato de um calote descontrolado em março". 

Diante desse cenário, Papademos destacou a importância de os sindicatos dos trabalhadores e os das empresas chegarem a um acordo para reduzir os custos salariais no setor privado. "Temos de renunciar um pouco para não perder muito", justificou o ex-chefe do Banco Central da Grécia, quem assumiu as rédeas do Governo de união nacional em novembro em meio a pior crise econômica e financeira da história do país.


"Se nas próximas semanas não dermos os passos necessários, se não convencermos de que estamos dispostos a dar passos decisivos para sair da crise, nossa avaliação será negativa", ressaltou. Os representantes do grupo de ajuda à Grécia, composto pelo Banco Central Europeu (BCE), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Comissão Europeia, devem chegar a Atenas em 15 de janeiro. 


Os sindicatos já rejeitaram qualquer possibilidade de reduzir mais uma vez os salários do setor privado. O presidente da Confederação Geral do Trabalho, Yannis Panagopoulos, exigiu nesta quinta-feira em declarações a uma rádio que não interfira no acordo salarial assinado com o sindicato patronal há meses e questionou: "para que serve estarmos na zona de euro se temos salários de fome". 


A patronal também não quer a redução do salário mínimo, mas aceita que é preciso chegar a um acordo para reduzir o custo salarial médio para as empresas. Por isso, o presidente da Associação de Empresas e Indústrias, Dimitris Daskalopoulos, convidou os agentes sociais para uma reunião em 9 de janeiro, para chegar a um acordo sobre a redução do custo de trabalho sem redução do salário mínimo [...] 

Fonte: IG

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