OS FATOS:
1. Congregando 100 milhões de fiéis, a Aliança Batista Mundial iniciou, no mês de Dezembro de 2006, a segunda fase do diálogo ecumênico com o Vaticano, sob o tema "A Palavra de Deus na vida da Igreja: Escritura, tradição e koinonia". Essa nova fase pretende encerrar seus trabalhos em 2010.
2. De acordo com a agência de notícias católica Ecclesia, “a Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé e Ecumenismo (CEDFE, católica) e o Conselho Português de Igrejas Cristãs (COPIC) continuam a discutir o reconhecimento mútuo dos baptismos [sic] nas Igrejas Católica, Presbiteriana, Metodista, Lusitana e Anglicana em Portugal”. Ainda segundo a matéria, “esta decisão ultrapassa em muito o plano ‘burocrático’ de se evitar um novo Baptismo [sic], quando alguém decide mudar de Igreja”.
3. Já a agência Zenit noticiou, em 31 de janeiro de 2007, que o Vaticano recebeu a visita de líderes das Igrejas Ortodoxas Orientais, os quais vieram participar da reunião anual da “Comissão mista internacional para o diálogo teológico entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas orientais”. As Antigas Igrejas do Oriente (chamadas também de ortodoxas) se separaram tanto de Roma como das Igrejas Ortodoxas de Bizâncio, no Concílio de Calcedônia (ano 451).
4. No entanto, a notícia de maior impacto das últimas semanas relaciona-se com a Igreja Anglicana. De acordo com o jornal inglês The Times, edição de 19 de fevereiro de 2007, “propostas radicais para reunir Anglicanos com a Igreja Católica Romana sob a liderança do Papa serão publicadas este ano”. A matéria ainda informa que “em um documento de 42 páginas preparado por uma comissão internacional de ambas as igrejas, anglicanos e católicos romanos estão desejosos para explorar como eles poderiam reunir-se sob o Papa”. Mas a ICAR nega o fato.
5. Segundo a Enciclopédia Barsa – Macropédia, vol. 1, pág. 395, “a origem da Igreja Anglicana se encontra, no entanto, na recusa de Roma em declarar nulo o casamento de Henrique VIII com Catarina de Aragão, celebrado em 1509 e do qual não haviam nascido descendentes varões. Pretendendo garantir a estabilidade da dinastia, em 1527 o rei tentou sem êxito conseguir do papa Clemente VII a anulação do casamento. Seis anos mais tarde, Thomas Cranmer, nomeado pelo rei arcebispo de Canterbury, declarou inválida a união entre Henrique e Catarina e celebrou o casamento do monarca com Ana Bolena. Seguiu-se a excomunhão do rei, que reagiu à Santa Sé, obtendo do Parlamento a aprovação do Estatuto de Supremacia (1534). O documento proclamava o monarca chefe da igreja na Inglaterra, declarava a coroa fonte suprema de jurisdição e privava o papa das rendas procedentes dos bens eclesiásticos”.
A Igreja Anglicana, na verdade, separou-se de Roma mais por vontade política do que por divergências teológicas. Talvez, por isso, de todas as igrejas “separadas” de Roma é a que apresenta a liturgia de culto mais parecida com o catolicismo. Nem por isso, a notícia dada pelo The Times deixa de ter um significado especial, revelando o desenrolar profético: “e toda terra se maravilhou, seguindo a besta”. Apocalipse 13:3.
“Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará”. Hebreus 10:37
3 comentários:
A união já está ocorrendo nos EUA: os episcopalianos estão se transferindo para a Igreja Católica.
Daniel Souza Lima.
veja este artigo sobre as intenções do Papa.
http://diplo.uol.com.br/2007-02,a1508
Sobre este post, deparei-me hoje com um comentário de um articulista católico sobre o pronunciamento de um cardeal sobre o ecumenismo, vale a pena ser lido, pq é a opinião de um católico avalizando o entendimento do papel profético do ecumenismo e de roma neste processo:
http://www.fortenafe.com/site/2007/03/06/pregador-do-papa-adverte-o-anticristo-e-um-ecumenista/
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