1. Em um congresso realizado no dia 1º de março de 2007, na Faculdade Pontifícia Teológica São Boaventura, cidade de Roma, a Igreja Católica respondeu à seguinte pergunta: "Pode um católico ser membro da maçonaria?" O congresso foi presidido pelo bispo Gianfranco Girotti, o qual declarou à agência Zenit que a ICAR “sempre criticou as concepções e a filosofia da maçonaria, considerando-as incompatíveis com a fé católica”. Segundo a Zenit, “o último documento oficial de referência é a ‘Declaração sobre a Maçonaria’, assinado pelo então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Joseph Ratzinger, em 26 de novembro de 1983”. O documento afirma que “os princípios da maçonaria sempre foram considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja; em conseqüência, a afiliação à mesma continua proibida pela Igreja”. E também que “os fiéis que pertençam a associações maçônicas se encontram em estado de pecado grave e não podem acudir à santa comunhão”.
2. O assunto é mais um daqueles em que há um abismo entre a posição oficial da Santa Sé e a prática de seus fiéis. Basta lembrar que, em 1984, David Yallop, pesquisador católico, publicou o livro Em Nome de Deus no qual apontava as provas de que o papa João Paulo I foi, na verdade, assassinado por ter descoberto, entre outras coisas, que dentro do alto escalão do Vaticano havia vários membros da maçonaria infiltrados. Segundo a obra de Yallop, o plano de João Paulo I era afastar os maçons do alto escalão do Vaticano. Todavia, depois da morte do papa, em 1978, “com a eleição de Wojtyla, tudo voltou aos valores de Paulo VI, acrescido de juros. Como no caso da infiltração dos maçons no Vaticano. O Vaticano, através do atual Papa [JPII], não apenas absorveu em seus quadros uma ampla variedade de maçons, de uma ampla variedade de lojas, mas também adquiriu a sua própria versão interna. Seu nome é Opus Dei... a Obra de Deus”.
3. Uma das principais razões para o cristão não se filiar às sociedades secretas é justamente para não contrariar o exemplo de Cristo: “Declarou-lhe Jesus: Eu tenho falado francamente ao mundo; ensinei continuamente tanto nas sinagogas como no templo, onde todos os judeus se reúnem, e nada disse em oculto.” João 18:20.
4. Outra forte razão é que o cristão é aconselhado a não entrar em sociedade (estabelecendo interesses íntimos), em nenhum caso, com aqueles que defendem conceitos e costumes pagãos: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão da luz com as trevas?” II Coríntios 6:14. E o motivo por detrás do conselho é claro: “para que te não sejam por cilada.” Êxodo 34:12.
5. Além desses fatos, a Igreja Adventista ainda sabe que a preparação do mundo para receber Satanás em forma de Cristo está sendo feita pelas sociedades secretas: “Um poder de baixo está operando a fim de promover as últimas grandes cenas do drama: Satanás vindo como Cristo e operando com todo o engano da injustiça nos que se ligam em sociedades secretas.” Testemunhos Para a Igreja, vol. 8, pág. 28.
6. Por isso vem a exortação: “Aqueles que se acham sob a ensangüentada bandeira do Príncipe Emanuel, não se podem unir aos Maçons ou a outra qualquer organização secreta. O selo do Deus vivo não será colocado em ninguém que mantenha tal ligação depois que a luz da verdade fulgiu em seu caminho.” Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 140.
“Pois eis que vem o dia e arde como fornalha; todos os soberbos e todos os que cometem perversidade serão como o restolho; o dia que vem os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz, nem ramo.” Malaquias 4:1
NOTA: Recomendo o livro Maçonaria – Do outro lado da luz, editora Luz e Vida, no qual o autor William Schnoebelen mostra por que, após sua conversão ao cristianismo, abandonou a maçonaria (32º Grau).
2 comentários:
Primeiramente, sempre houve uma aura de fantasia em torno de sociedades secretas, em especial da Maçonaria.
Essa história de maçons serem responsáveis pelo assassinato de papas, de influência em governos, etc, hoje, é pura fantasia. Diria eu, "teoria da conspiração".
O mesmo posso dizer da “Opus Dei” ser considerada como Maçonaria. Não tem nada a ver. É uma afirmação completamente equivocada. É o mesmo que dizer que adventistas crêem em Odin como seu deus supremo. Pura falta de conhecimento.
A Maçonaria, conforme pode ser verificado na história, sempre esteve por trás de movimentos libertários burgueses (Independência dos EUA, do Brasil, das colônias americanas, Revolução Francesa, movimentos republicanos, abolição da escravatura, unificação italiana e alemã, Revolução Gloriosa na Inglaterra, entre outros).
A maçonaria não é uma seita proselitista como o Cristianismo, uma vez que seus membros somente são aceitos se indicados por um outro membro.
Suas raízes advêm da época dos templários, cavaleiros que defendiam peregrinos, os quais iam para a Terra Santa, do ataque de bandidos e muçulmanos.
Estes cavaleiros tornaram a sua ordem extremamente rica com as pilhagens que fizeram no oriente.
Também adquiriram grande conhecimento das religiões e ciência do oriente, devido ao contato com judeus e árabes, além dos elementos grego e bizantino.
A riqueza templária despertou a ganância do Rei Felipe o Belo que, a fim de financiar suas guerras conseguiu do papa da época uma acusação de heresia contra os templários.
Entre as acusações estavam a bruxaria e adoração ao diabo. Dessa forma, foram caçados e mortos em toda a França.
Porém, parte deles se retirou para a Escócia, onde obtiveram guarida do rei de lá. Daí falar-se em "rito escocês antigo e aceito".
O rito maçônico envolve o conhecimento da filosofia antiga mesclada com o judaísmo, islamismo e cristianismo. Um de seus principais requisitos é o do candidato crer em Deus. Daí dizer que adoram o diabo é uma afirmação sem sentido.
O livro do William Schoenbelen se trata de um maçon, que não sei de onde viu o diabo na Maçonaria (talvez por influência dos ensinamentos evangélicos).
Tece uma série de considerações sobre a simbologia maçônica e traça um paralelo desta com o demo.
Observe que tal paralelo, pode-se encontrar até mesmo dentro do cristianismo, se analisado sob os olhos de uma outra cultura.
Por exemplo, ter Jesus como o filho de YHWH é uma blasfêmia para judeus, uma vez que Deus é único e, dividi-lo em três (Deus, Jesus e Espírito Santo) é politeísmo, que é condenado pela religião hebraica.
Ter um sujeito preso em uma cruz e sofrendo é péssimo para o budismo, não é nada feliz nem bom para ser visto.
As sessões de descarrego dos pentecostais, mais se parece um culto de candomblé do que qualquer coisa.
Este livro comete muitos equívocos, uma vez que a Maçonaria em si é puramente simbólica. Em nada atenta contra nenhuma fé.
A igreja, principalmente a católica tem razões de sobra para detestar a Maçonaria.
Esta sempre foi uma pedra em seu caminho, no que se refere ao corte dos privilégios do clero e dos movimentos libertários que custou muito caro à igreja.
É engraçada a postura cristã: mesmo não sabendo do que se trata uma coisa, já afirma que é do diabo, só porque não segue sua forma de pensar, e, pior sai por aí propagando suas conjecturas.
É importante lembrar que Moisés, Davi, Jesus, João, entre outros personagens bíblicos são considerados exemplos de sabedoria e de fé no rito maçônico.
O culto maçônico não ensina nada que desabone a crença das pessoas. Muitos religiosos deveriam seguir seus preceitos, pois ensinam a fazer o bem, ajudar o próximo e a ser uma pessoa melhor, o que, para muitos cristãos é algo que, sequer, se passou pela sua cabeça.
Hoje, a Maçonaria é uma sociedade discreta, pois seu templo é aberto a visitação (sessões brancas).
Há também os De Moley e as Filhas de Jó ordens que ensinam valores morais aos meninos e meninas adolescentes, bem como a associação das cunhadas que arrecadam dinheiro a fim de prestar a caridade em hospitais, creches, asilos, e entidades administradas pela Maçonaria, suprindo a lacuna deixada pelo governo.
Os maçons se tratam como irmãos e como tal devem se ajudar uns aos outros dentro do que for justo e correto. O critério “ser maçon” é o último a ser usado para uma escolha. Se os candidatos apresentarem igual capacidade em todos os requisitos, ser maçon será o último critério a ser analisado. Creio que entre cristãos também haja critério semelhante de desempate.
Concluindo, ressalto que antes de tecer-se críticas a uma entidade, deve-se reconhecer primeiro seu trabalho social e seus valores. Sugiro que procurem uma loja maçônica e a visitem e procurem se interar de suas obras.
Se houver salvação nos moldes evangélicos, acredito que muitos maçons passarão na frente de muitos cristãos na hora de apanhar o “expresso paraíso”.
Ainda:
Há muitos cristãos que deveriam refletir antes de condenar aqueles que pensam diferentemente deles e seguir os preceitos da Maçonaria.
Certamente, o Cristianismo e o mundo se tornariam bem melhores.
Prezado Elyson:
Lamento desapontar a sua "fé" racional, mas o livro de William Schoebelen "Maçonaria - Do outro lado da luz" não é o único a denunciar o ocultismo (paganismo) da maçonaria. Aliás, o autor quando ainda satanista recebeu duas tarefas de seu mentor espiritual: entrar para a maçonaria e tornar-se sacerdote católico. Segundo ele, a maçonaria (no alto escalão, e não nas cidades do interior) tem em seus líderes não só feiticeiros como também satanistas. (Leia o livro "Lúcifer Destronado", Editora Danprewan, do mesmo autor).
Quando você diz que "este livro comete muitos equívocos", você acha que alguém vai acreditar mais em você ou no autor que fala por experiência própria (maçonaria e satanismo)?
Seus comentários são de alguém que não tem discernimento espiritual algum (claro,nem poderia já que isso é fruto da fé). Quando o autor faz uma crítica da maçonaria (e eu também) não quer dizer que todos os maçons são adoradores do diabo. Tanto que ele tem uma página na Web onde presta socorro espiritual para pessoas que sofreram abusos em caso de rituais satânicos e ocultistas http://www.withoneaccord.org/ (aproveito a oportunidade para sugerir a você que escreva para o autor direto na sua página dizendo que ele o livro dele está "cheio de equívocos", que ele "encherga o diabo em tudo" etc, quem sabe você consegue convertê-lo para sua "fé" racional).
Do jeito que você argumenta, qualquer um que fizer "boas obras" deve ser colocado no "céu". Cuidado, amigo. Logo mais, quando a crise final estourar o próprio diabo vai aparecer em forma de Cristo, falando palavras de amor e fazendo muitas boas "obras". Se você não mudar de atitude vai ser o primeiro a se ajoelhar.
Quanto as suas preocupações em esquecer o "fim do mundo" e ocupar-se em trabalhar para o bem da humanidade, devo lembrá-lo que a Igreja Adventista do 7º Dia já faz isso há muito tempo (pelo jeito você não conhece nada mesmo, ou finje que não sabe). E faz bem feito. A ADRA (agência adventista de desenvolvimento e recursos assistênciais) possui uma das 200 cadeiras permanentes na ONU no Conselho que atua em casos de flagelo mundial. Cada Igreja local também serve como posto da ADRA para a comunidade.
O projeto "MAIS VIDA" de doação de sangue, patrocinado pela IASD foi reconhecido pela ONU recentemente como melhor projeto humanitário do Brasil e exemplo para o resto do mundo.
Nós estamos empenhados em vários projetos sociais. Agora nos jogos PAN -Rio, a igreja vai realizar o IMPACTO RIO - projetos sociais...
Elyson, se você fala sem conhecimento de causa posso perdoá-lo, mas se fala só para exaltar a sabedoria da sua "fé" racional, não perca mais seu tempo. Esqueça sua filosofia e dê uma chance para a fé em Cristo. Será triste no final você perceber que não valeu a pena ficar brigando com a fé cristã, quando , na verdade, Deus está usando meros instrumentos humanos, imperfeitos sim, mas não destituídos de fé, para alcançar seu pobre coração que também clama por esperança.
A questão do fim do mundo não é malvadeza de Deus, mas sim uma questão de justiça. A Lei de Deus e Seu governo foram questionados no céu, e Lúcifer teve chance de se arrepender, mas não aceitou. Ao envolver este planeta na guerra universal do bem contra o mal ele (o diabo) só provou que seu governo não presta. Só trouxe miséria e destruição - fruto da rebelião contra Deus. A volta de Cristo será o ponto final nesta controvérsia, e acontecerá para vindicar o caráter de Deus. É uma questão de justiça. A nossa parte é escolher de que lado ficaremos.
Você já fez sua escolha?
Postar um comentário