Segundo a agência ACI, o papa discursou na sessão de abertura da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano propondo a prática da Eucaristia (leia-se missa dominical) como estratégia para construir o verdadeiro amor na sociedade. "Só da Eucaristia brotará a civilização do amor, que transformará a América Latina e o Caribe para que, além de ser o Continente da Esperança, seja também o Continente do Amor!", afirmou o bispo de Roma. Em seguida, fez o apelo: "Temos que motivar os cristãos para que participem dela ativamente e, se for possível, melhor com a família. A assistência dos pais com seus filhos à celebração eucarística dominical é uma pedagogia eficaz para comunicar a fé e um estreito vínculo que mantém a unidade entre eles. O domingo significou, ao longo da vida da Igreja, o momento privilegiado do encontro das comunidades com o Senhor ressuscitado... Por isso a celebração dominical da Eucaristia tem que ser o centro da vida cristã". (O blog Diário da Profecia também postou a notícia.)
Além disso, já na sexta-feira, em um discurso na Catedral da Sé, em São Paulo, dirigido ao episcopado brasileiro, o papa foi bem claro ao dar o seu recado: “A única Igreja de Cristo subsiste na Igreja Católica governada pelo sucessor de Pedro” (O Estado de S. Paulo, 12 de maio de 2007).
Dessa forma, as duas notícias citadas acima demonstram a que ponto pode chegar a teologia católica ao colocar a autoridade da Igreja acima da própria autoridade das Escrituras Sagradas. O descanso dominical (e não o descanso sabático, como prescrevem as Escrituras) foi uma invenção de Roma, uma flagrante mudança do quarto mandamento da Lei de Deus sem autorização bíblica. A maior confirmação desse fato nos é dada pelo Dr. Samuele Bacchiocchi, teólogo adventista e italiano de nascimento. O Dr. Bacchiocchi resolveu fazer o doutorado na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (a mais famosa universidade católica do mundo). E desenvolveu sua tese doutoral em cima do tema “Do sábado para o domingo”, utilizando para sua pesquisa inclusive documentos da própria biblioteca do Vaticano. Algo impensável até então. (Ele foi o primeiro teólogo protestante a cursar o doutorado naquela Universidade.) Resultado: em 1977, sua tese foi aprovada e publicada pela universidade com o Imprimatur oficial da Igreja Católica. Recebeu ainda um diploma com a assinatura do próprio papa Paulo VI (então bispo de Roma). Atualmente, Bacchiocchi reside nos EUA, trabalha como escritor e realiza palestras e seminários sobre “O Dia do Senhor”. Quatro dessas palestras (incluindo um pouco da história do autor) podem ser lidas em português no site do Prof. Azenilto Brito. (Vale a pena conferir.)
É lamentável ver que a Igreja Romana se auto-intitula a única igreja de Cristo na Terra, mas diminui a autoridade das Escrituras Sagradas deixando de lado muitos ensinamentos do próprio Senhor Jesus. Pelo jeito, a viagem de Bento XVI ao Brasil não contribuirá muito para deter a evasão de fiéis católicos.
“Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” (Lucas 6:46).
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