Outro exemplo de que a Igreja Romana assume a mudança do 4º mandamento da Lei de Deus está no diálogo a seguir envolvendo perguntas feitas a um líder católico:
" – Ensinam os protestantes algum outro absurdo no que diz respeito à Escritura?
– Sim; eles procuram persuadir os seus seguidores, de que a Escritura contém revelada toda a vontade de Deus e que não se deve crer ou praticar nada além do que se acha expressamente escrito no Livro Sagrado... Eles devem, se a Escritura é sua única regra... guardar, não o domingo, mas o sábado, de acordo com o mandamento ‘lembra-te do dia de sábado para o santificar...’; porque este mandamento não foi mudado ou ab-rogado na Escritura..." (A Doctrinal Catechism, citado por Edwin Thiele, Apostila de Daniel, p. 70).
Ainda outro diálogo:
" – Que autoridade bíblica existe para mudar o descanso do sétimo dia para o primeiro dia da semana? Quem deu ao papa a autoridade para mudar um mandamento de Deus?
– Se a Bíblia é o único guia para os cristãos, então o adventista do sétimo dia está certo em observar o sábado como o judeu. Entretanto, como os católicos aprendem o que crer e o que fazer da divina e infalível autoridade estabelecida por Jesus Cristo, a Igreja Católica fez do domingo o dia de descanso nos tempos apostólicos para comemorar a ressurreição do nosso Senhor neste dia, e para distinguir claramente o judeu do cristão" (A Doctrinal Catechism, citado por Edwin Thiele, Apostila de Daniel, p. 71).
Além do quarto mandamento sobre o descanso no sábado, a Igreja Romana também alterou (omitiu) o segundo mandamento que proíbe a adoração de imagens. Todos esses aspectos históricos encaixam-se perfeitamente com a profecia de Daniel, o que só vem confirmar a aplicação do simbolismo do chifre pequeno à Igreja Romana, aquela que continua sendo dirigida pelo bispo de Roma.
Outro item a ser considerado dentro da profecia de Daniel é o juízo: "Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de dias se assentou... assentou-se o tribunal, e se abriram os livros" (Dn 7: 9, 10). Vamos abordar este tem em outro estudo. De momento, o que importa entender é que o juízo mencionado na profecia ocorre depois do período de domínio do chifre pequeno: "Mas, depois, se assentará o tribunal para lhe tirar o domínio, para o destruir e o consumir até o fim" (7:26).
Finalmente, podemos perceber que a pedra que destruiu a estátua no sonho do rei Nabucodonosor (simbolizando o reino de Deus), também encontra um paralelo no capítulo 7 de Daniel. Assim como em Daniel 2 a profecia assinalou que "o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo" (Dn 2:44), assim também no capítulo 7 temos uma referência ao reino de Deus a ser implantado aqui na Terra por ocasião da Volta de Cristo: "Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu reino jamais será destruído... O reino e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão" (Dn 7:14, 27).
A visão do capítulo 7 de Daniel, portanto, é uma repetição do sonho do rei Nabucodonosor relatado no capítulo 2, com o acréscimo de importantes detalhes, ampliando maravilhosamente a mensagem de Deus à humanidade. É o princípio da "repetição e ampliação" encontrado de maneira clara nas profecias de Daniel e do Apocalipse. Após este estudo, a confiança no nosso Deus se fortalece. Estamos certos de que não somos escravos do acaso, mas servos da Vontade Soberana de Deus: "Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente" (Is 40:8).
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