Com um simples gesto, o Papa Bento XVI reviveu neste domingo um ritual litúrgico abolido há mais de quatro décadas. Durante a concorrida missa de domingo, o Pontífice passou parte da celebração de costas para a congregação, reintroduzindo uma prática abandonada com o Concílio Vaticano II (1962-1965), que, entre outras reformas, substituiu o latim pelas línguas locais, propôs o diálogo entre religiões e iniciou a modernização da Igreja Católica.
Bento XVI usou o antigo altar da Capela Sistina, localizado logo abaixo da belíssima representação de Michelangelo para "O Julgamento Final". Seu predecessor, João Paulo II, sempre preferiu o novo altar, construído sobre uma plataforma móvel, que permitia a sua aproximação dos fiéis. O Vaticano informou que a decisão do Pontífice foi tomada por respeito "à beleza e à harmonia da jóia arquitetônica que é a Capela Sistina".
Ligado à ala mais conservadora da Igreja, Bento XVI está, aos poucos, resgatando boa parte dos antigos rituais banidos no Concílio Vaticano II. Em julho, ele assinou um decreto permitindo - e incentivando - o uso do latim nas missas de todo o mundo. Ele declarou também que gostaria que o canto gregoriano voltasse a fazer parte das celebrações dominicais.
Na missa deste domingo, comemorativa do batismo de Jesus Cristo, o Papa batizou 13 bebês. Ele falou sobre a importância do batismo para marcar a admissão do novo fiel na comunidade cristã.
Fonte: O Globo Online (Leia também: Último Segundo)
NOTA: O papa já se sente à vontade para ressuscitar internamente práticas da Idade Média. Falta bem pouco para o mundo todo dobrar os joelhos diante do trono papal ressuscitando também práticas da Idade Média - o descanso dominical compulsório e a perseguição aos dissidentes.
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