sábado, abril 19, 2008
O porquê o papa fala aos evangélicos também
18 de abril de 2008
Eu admiro o Papa Bento XVI, assim como eu admirei seus recentes antecessores. Como um evangélico protestante, eu não acredito em "autoridade papal". Mas eu o vejo como tendo um papel pastoral importante na comunidade Cristã mais ampla. De várias maneiras e sobre muitos assuntos, ele fala para mim. Então eu oro pelo sucesso desta importante visita aos Estados Unidos.
Eu sei que eu não estou sozinho como um admirador evangélico do papa. Nós evangélicos temos uma longa história de anti-catolicismo. Muitos de nós se lembram dos dias quando nós afirmávamos que o papa Católico era "o anticristo". Mas nossas atitudes tem sido gradualmente mudadas desde o Vaticano II - embora nós ainda não somos sempre claros sobre como expressar estas novas atitudes em termos teológicos.
Alguns de nós estão trabalhando nisso. No Seminário Fuller nós estabelecemos um diálogo Católico-evangélico em 1987, em cooperação com a Arquidiocese católica de Los Angeles, e isso ainda continua. Nós adoramos juntos e discutimos nossas desavenças teológicas em tons amigáveis. E discussões similares entre protestantes e católicos estão tomando lugar em vários outros contextos. Esta visita pode ser uma importante tentativa em nossas mãos [...]
Isto é o que o teólogo Timothy George tem rotulado de "o ecumenismo de trincheiras" - o encontro de vários católicos e protestantes "comuns" que tem descoberto interesses morais comuns e compartilhado alvos espirituais. Eu oro para que o Papa Bento XVI venha encorajar este excitante tipo de diálogo e cooperação.
O chamado do papa para um "reavivamento moral" que criará um mundo melhor para nossa juventude é especialmente esperançoso. Nós necessitamos palavras de reconciliação e esperança justamente agora, não somente para os estimados 70 milhões de católicos nos EUA, mas também para os presbiterianos, batistas, episcopais, nazarenos, pentecostais, e outras comunidades de fé [...]
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NOTA: "Os protestantes têm-se intrometido com o papado, patrocinando-o; têm usado de transigência e feito concessões que os próprios romanistas se surpreendem de ver e não compreendem. Os homens cerram os olhos ao verdadeiro caráter do romanismo, e aos perigos que se devem recear com a sua supremacia. O povo necessita ser despertado a fim de resistir aos avanços deste perigosíssimo inimigo da liberdade civil e religiosa". O Grande Conflito, p. 566.
"Faz parte de sua política assumir o caráter que melhor cumpra o seu propósito; mas sob a aparência variável do camaleão, oculta o invariável veneno da serpente... O catolicismo na verdade em muito se assemelha ao protestantismo que hoje existe; pois o protestantismo moderno muito se distancia daquele dos dias da Reforma". Ibidem, p. 571.
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