quinta-feira, maio 21, 2009

A mente revolucionária - Parte 2

NOTA Minuto Profético: Ao terminar de ler o texto anterior não pude deixar de pensar na surpreendente similaridade das características da mente revolucionária com a mente rebelde (no sentido espiritual). Aliás, revolução, nesse sentido, pode ser um sinônimo de rebelião. E quando se fala em rebelião espiritual, nossa mente se volta para a origem de todas as rebeliões, e também para o grande rebelde. Não me contive, e fui buscar possíveis referências que indicassem alguma similaridade entre as três características da mente revolucionária em relação à mente rebelde. Fiquei surpreso com as descobertas:

1. Tempo – reinterpretar o passado e gloriar-se pelo futuro:

"Os empenhos de Satanás, de representar mal [reinterpretar?] o caráter de Deus, de levar os homens a acalentar um falso conceito do Criador, e assim considerá-Lo com temor e ódio, em vez de amor ... foram perseverantemente seguidos em todas as épocas". O Grande Conflito, p. 12.

"Ele [satanás] prometeu-lhes [aos anjos no céu] um novo governo, melhor do que aquele que até então haviam conhecido, no qual tudo seria liberdade... Ao perceber ele que suas propostas alcançavam sucesso, gabou-se de que chegaria a ter a seu lado todos os anjos”. A Verdade Sobre os Anjos, p. 39.

"Satanás... gabou-se orgulhosamente de que o mundo criado por Deus era seu domínio. Havendo conquistado Adão, o soberano do mundo, ganhara toda a raça humana como seus súditos. Possuiria o jardim do Éden e o transformaria em seu quartel-general. Ali estabeleceria seu trono para ser o soberano do mundo". A Verdade Sobre os Anjos, p. 58.

Até mesmo depois do milênio a mente rebelde continuará sonhando com a vitória: "Apesar de ter sido Satanás constrangido a reconhecer a justiça de Deus e a curvar-se à supremacia de Cristo, seu caráter permanece sem mudança. O espírito de rebelião, qual poderosa torrente, explode de novo. Cheio de frenesi, decide-se a não capitular no grande conflito. Chegado é o tempo para uma última e desesperada luta contra o Rei do Céu. Arremessa-se para o meio de seus súditos e esforça-se por inspirá-los com sua fúria, incitando-os a uma batalha imediata". O Grande Conflito, p. 671.

2. Inversão da moral - Os fins justificam os meios:

"Satanás foi astuto em apresentar o seu ponto de vista da questão. Tão logo percebia [no céu] que determinada posição era vista em seu verdadeiro caráter, trocava-a por outra. Tal não ocorreu com Deus. Ele podia operar com apenas uma classe de armas - a verdade e a justiça. Satanás podia usar o que Deus não usaria: o engano e a fraude". A Verdade Sobre os Anjos, p. 39.

"Satanás disse-lhes [anjos rebeldes] que tanto ele quanto os outros haviam ido longe demais para agora voltar, e que ... agora teriam de assegurar a liberdade deles e obter pela força a posição e autoridade que não se lhes havia sido concedida voluntariamente". A Verdade Sobre os Anjos, p. 43.

3. Inversão do sujeito – objeto:

"Concordemente, Satanás e sua hoste lançaram a culpa de sua rebelião inteiramente sobre Cristo, declarando que se eles não houvessem sido acusados, não se teriam rebelado". O Grande Conflito, p. 499.

"O objetivo do grande rebelde foi sempre justificar-se, e provar ser o governo divino responsável pela rebelião". O Grande Conflito, p. 670.

"Embora incapaz de expulsar a Deus de Seu trono, Satanás O tem acusado com atributos satânicos e reivindicado como seus os atributos de Deus". Cristo Triunfante, p. 10.


Portanto, o fato do mundo inteiro estar sendo envolvido por essa mentalidade revolucionária, quer seja na cultura, na educação ou na política, parece indicar que o fim se aproxima...

É bom lembrar que essa profecia (corrupção da sociedade) não deve se cumprir por causa da nossa omissão...

"E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quandono princípio cremos" (Rm 13:11).

2 comentários:

Elyson Scafati disse...

Sérgio, no meu entender, as revoluções apenas possuem uma finalidade:

Tirar um tirano para colocar outro em seu lugar.

Muitas vezes são necessárias, porém geralmente levam a condições piores que as anteriores, exceto se for patrocinada pelas elites, onde se dá um pão aos desfaforecidos e as elites ficam com a rede de padarias.

Onde impera a ignorância, a miséria e a religião em excesso (América Latina, África e mundo islâmico nos três casos e EUA no primeiro e terceiro caso) ainda as pessoas acreditam em salvadores.

Jogar a culpa nos outros é fácil, mas olhar o que fazemos .... isso não interessa.

Mas tudo isso é culpa nossa, não de deus ou do diabo, como apregoa a Sra. White isentando os homens de suas burradas.

O pensamento de Elen White não deve ser levado a sério, afinal é patente que se tratava de uma pessoa com sérios problemas que se assemelham à esquizofrenia.

As sociedades sempre foram corruptas, no que concerne aos detentores do poder, fossem reis ou sacerdotes.

E, ao que parece, vez ou outra, os dominados se levantavam e punham, fim aos seus dominadores.

Isso não é específico de nossos dias. Foi prática antes de qualquer profecia, ou antes mesmo do conceito de deus e de diabo e seu respectivo conflito.

Toda esta situação é uma mera condição de cobiça e mal caratismo inerente ao ser humano.

Pr. Sérgio Santeli ssanteli@br.inter.net disse...

Elyson:


Seu comentário sobre os escritos de Ellen White demonstram que você nem ao menos os leu.

Não existe em seus escritos nada parecido com essa tese que você levantou: "culpa de Deus ou do diabo isentando os homens de suas burradas".

Se você já tivesse lido pelo menos "O Desejado de Todas as Nações" e "O Grande Conflito" não seria um mero refletor do pensamento alheio a ponto de classificá-la como esquizofrênica. A verdade está à anos-luz do que você diz...