De acordo com a visão historicista de interpretação profética, Daniel 11 é um paralelo de Daniel 8 e 9. Daniel 11 começa à época em que a Medo-Pérsia dominava o mundo (v. 1, 2), passando depois pela Grécia (v. 3 – Alexandre O Grande; v. 4 – Os quatro generais de Alexandre), inclusive, dando destaque aos reinos Selêucida e Ptolomaico (v. 5-13): "Os termos ‘rei do norte’ e ‘rei do sul’ aparecem frequentemente em Daniel 11. Eles designam, inicialmente, as pessoas que controlavam a Síria [Selêucidas] e o Egito [Ptolomeus], países que ficavam ao norte e ao sul de Jerusalém, respectivamente". (C. Mervyn Maxwell, Uma Nova Era Segundo as Profecias de Daniel, p. 299).
"A história do período que se seguiu [Daniel 11:5-45] é em grande parte uma luta pela posse da Palestina. Os Ptolomeus possuíram o país na primeira parte do período, com os Selêucidas que se esforçaram para tomá-la, e depois que Antíoco o grande se apossou dela, os Ptolomeus efetuaram um desesperado esforço para recuperar o domínio. Mais tarde a Palestina caiu sob o domínio de Roma..." (Edwin R. Thiele, Daniel – Estudos Esboçados, p. 116).
A partir do verso 14 entram em cena os romanos: "Os dados à violência", ou "roubadores", que "se levantarão para cumprirem a visão" (referência à profecia das Setenta Semanas – 9:24-27). O verso 16 marca a conquista da Palestina (terra gloriosa) pelos romanos. E, então, a partir do verso 21 o rei do Norte passa a ser Roma Papal – "o homem vil", cujas Cruzadas foram profetizadas nos versos 25-30.
Em seguida, há uma mudança no foco (a partir v. 31): "O poder papal não se envolveria somente em guerras de espada, mas também em guerras do espírito. Não apenas se lançaria contra os corpos dos homens, mas também contra as suas almas. Não só combateria contra homens, mas também contra Deus, mediante o estabelecimento de um sistema falso de salvação em lugar do sistema de Cristo". (Edwin R. Thiele, Daniel – Estudos Esboçados, p. 131). Observe o paralelismo entre o "homem vil" (rei do norte) de Daniel 11 e o chifre pequeno de Daniel 8:
Antes de prosseguirmos, seria bom esclarecer porque não concordamos com o estudo (muito popular, por sinal, entre os evangélicos) que estabelece Antíoco Epifânio como protagonista dos versos 21-39. Dentre outros argumentos, podemos citar dois:
Primeiro: O "príncipe da aliança" (v.22) – A palavra hebraica para "príncipe" neste verso não é a palavra comum Sar (podendo-se aplicar a qualquer um que tivesse tal título), e sim Nagid, bem mais rara e semelhante àquela usada para o "príncipe que fará firme aliança com muitos" (9:24-27), o que, nestes casos, são uma referência a Jesus Cristo – O Messias.
Segundo: A "abominação desoladora" estabelecida pelo "homem vil" (v.31) – Jesus indicou em Mateus 24:15 que, em Seus dias, representava ainda alguma coisa futura, ou seja, tal profecia veio a se cumprir apenas posteriormente e em duas fases: quando os soldados romanos profanaram o templo de Jerusalém, por ocasião da sua destruição no ano 70 d.C., e quando, mais tarde, os ensinamentos espirituais da Igreja Romana e sua prática sacerdotal profanaram o ministério de Cristo no santuário celestial. (C. Mervyn Maxwell, Uma Nova Era Segundo as Profecias de Daniel, p. 295, 257).
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2 comentários:
“Logo, quando a profecia afirma que o rei do sul fará um ataque ao rei do norte, podemos entender que esse ataque poderá acontecer em Roma, ou em qualquer outra capital ou grande cidade dos países ocidentais (membros da OTAN), uma vez que os EUA e esses outros países do ocidente atualmente são marionetes e trabalham (inconscientemente ou não) para os interesses de Roma. Esse ataque poderá ser em terra, mar ou no ar. Quando isso acontecer, os países ocidentais atacarão com toda sua força o norte da África e o Oriente Médio.”
Na minha visão os acontecimentos serão diferentes. O rei do norte não é Roma e sim os EUA, porque “o rei do norte se levantará contra ele com carros, e com cavaleiros, e com muitos navios; e entrará nas suas terras e as inundará, e passará” e são os EUA que tem exércitos e não o Vaticano / Papa. Apocalipse 13 diz que a 2º besta “faz com que a terra e seus habitantes adorem a 1º besta, cura ferida mortal fora curada”, então a ação dos EUA no mundo religioso será patrocinar Roma religiosa, ou seja, o catolicismo.
O rei do Sul, uma parte do mundo mulçumano, luta contra os EUA, porém não menciona as armas deles no ataque que bem pode ser ideológica (islamismo x democracia) ou mesmo bélica com terrorismo, entre outros.
Os EUA entram na terra gloriosa, Israel, mas entrar na terra, inundar e passar com exércitos mesmo só ocorre em parte do reino do sul (ex: Iraque, Afeganistão), porque a Arábia Saudita (os que escaparão de suas mãos) já são parceiros deles de longa data por causa do petróleo (recurso cada dia mais escasso para os EUA e que foi o verdadeiro motivo por trás da guerra contra o Iraque e o Afeganistão) e alianças políticas.
“E estenderá a sua mão contra os países, e a terra do Egito não escapará. E apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de prata e de todas as coisas preciosas do Egito; e os líbios e os etíopes o seguirão”. Os EUA estenderão a mão, mas não afirma que entrarão lá com seus exércitos, isto é, financiarão as revoltas dos partidos/facções democráticas nesses lugares para tomar o poder. Quando ocuparem o poder, essas forças políticas respeitarão os interesses de quem patrocinou eles. Essa mudança de mentalidade / corrente política criará condições para que o papado seja aceito (quando indicado pelos EUA) como desejo do povo e não imposição (Ap. 13 “disseram que fizessem” “faz com que a terra e seus habitantes adorem a 1º besta”...).
O “apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de prata e de todas as coisas preciosas do Egito” e dos líbios e dos etíopes é que os EUA pegaram a fortuna acumulada dos representantes desses governos o que já aconteceu quando os EUA tomaram o dinheiro da família do ditador do Egito, da Líbia (é muita grana, só do Kadaffi eles pegaram mais de 80 bilhões de dólares que estavam aplicados no próprio EUA, a maior parte na Europa e até aqui no Brasil tinha um pouco), e na sequência isso acontecerá com o pessoal da Etiópia, a exemplo do que ele já tinha feito confiscando toda a grana do Saddan Hussein.
Esses eventos todos são concomitantes com a escassez de petróleo nos EUA, crise econômica dos EUA e Europa e crescimento acelerado da China. Os EUA com a desvalorização cambial (guerra cambial amplamente ventilada atualmente) e ameaça de calote que eles já mencionaram afeta diretamente a China que detêm as maiores reservas em dólares do planeta que estão com muita dificuldade repassar a batata quente, nada mais é que pequeno capítulo do que gerará os rumores do oriente e do norte.
Fiquem com Deus.
José Alberto, autor do livro, BATISMO de INVESTIDOR (Ed. Freitas Bastos)
Concordo em partes com a interpretação acima. Na nova divisão global da nova ordem mundial o norte é representado pelos EUA e UE e o sul pela Russia, China e paises emergentes. Então essa guerra se dará entre essas duas potencias bélicas. Inclusive já está acontecendo no oriente médio.
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