A Turquia e seus aliados ocidentais estão transferindo combatentes líbios que foram treinados e armados para depor Muammar Gaddafi para a Síria. Cerca de 600 líbios "voluntários" entraram na Síria. O Daily Telegraph informou que as reuniões secretas foram realizadas na [última] sexta-feira em Istambul entre as autoridades turcas e os representantes da oposição síria e os combatentes líbios. A infiltração em larga escala de armas provenientes da Turquia e da Jordânia foi acontecendo durante meses para criar condições de uma guerra civil na Síria, mas este é o primeiro passo para introduzir "voluntários".
A medida é necessária devido à falha em induzir deserções nas Forças Armadas sírias, exceto um punhado. A Turquia e as potências ocidentais estão desesperadas para criar o mito de uma "força de resistência síria", sem a qual sua flagrante agressão será plenamente revelada.
Moscou reagiu hoje [29] indicando que poderia fornecer armas ao regime sírio para se defender. O ministro de Relações Estrangeiras Lavrov apenas interrompeu brevemente, chamando qualquer embargo de armas à Síria de "injusta". Moscou confirmou que um conjunto de batalha russa está navegando em direção à base naval síria de Tartus, no Mediterrâneo Oriental, perto da fronteira turca com a Síria. Lavrov criticou a interferência estrangeira na Síria, mas sem citar a Turquia, a Jordânia...
As coisas parecem estar caminhando para um ponto flamejante, de fato. O sinal certo é que o vice-presidente dos EUA, Joseph Biden está a caminhando de Ancara neste fim de semana. É um sinal importante de que os EUA estão dando o sinal verde a Turquia para agir sobre a Síria sem medo[...]
A Turquia está, na verdade, deixando para trás seu medo do desconhecido e está se lançando à luz pública sobre a situação da Síria. O ministro de Relações Estrangeiras turco Ahmet Davitoglu indicou hoje pela primeira vez que a Turquia está toda preparada para a invasão da Síria, uma vez que receba o sinal verde de seus aliados ocidentais. Ele disse isto antes de se dirigir para a reunião conjunta de ministros das Relações Exteriores da União Européia e representantes da Liga Árabe (leia-se Arábia Saudita e Qatar).
O dia 29 de novembro, quando Davutoglu falou, irá destacar-se como uma data notável na crônica da República Turca, que Kemal Ataturk fundou. O limite de Ataturk costumava ser de que a Turquia nunca deveria se envolver em assuntos do Oriente Médio muçulmano, mas deveria concentrar-se em sua própria "modernização". Evidentemente, o governo islâmico atualmente no poder acha que a Turquia é hoje "moderna" o suficiente, e agora pode voltar atrás e recuperar o seu legado otomano.
Um exército turco se dirigindo para um país árabe - é um ponto histórico. Acontece um século após os turcos serem expulsos por uma "revolta árabe". A história está gotejando ironia. A revolta árabe contra os turcos foi instigada pela Grã-Bretanha. E a Grã-Bretanha, apesar de um poder muito mais fraco hoje, ainda está exercendo um papel produtivo - exceto, encorajar os turcos a retornar ao mundo árabe. Cem anos atrás, a Grã-Bretanha com sucesso jogou os árabes contra os turcos. Hoje, os turcos estão dando as mãos a alguns árabes que têm uma queixa contra alguns outros árabes.
Fonte: Infowars
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