segunda-feira, outubro 01, 2012

Seis juízes da Suprema Corte assistiram à Missa Vermelha

Seis dos nove juízes da Suprema Corte [EUA] assistiram a Missa Vermelha anual neste domingo, na Catedral de São Mateus o Apóstolo, em Washington. Os oradores do evento falaram sobre o uso da fé em tomada de decisões, mas evitaram questões controversas que a Corte enfrentará nos próximos meses.

Estiveram presentes na 60ª Missa Vermelha o juiz chefe John Roberts, e os juízes Stephen Breyer, Antonin Scalia, Clarence Thomas, Anthony Kennedy e Elena Kagan, esta última pela primeira vez.

Ter seis juízes presentes iguala um recorde estabelecido em 2009. Os únicos que não estiveram presentes este ano foram Sonia Sotomayor e Samuel Alito, ambos católicos, e Ruth Bader Ginsburg, judia. Kagan and Breyer, que foram à Missa também são judeus.

A Missa Vermelha anual é um evento dirigido pela Arquidiocese de Washington e a John Carroll Society e visa reunir pessoas para orar pelos membros do judiciário antes da Corte começar seus trabalhos cada ano [em outubro]. E é chamada de Missa Vermelha por causa da cor do traje usado pelo clero.

No passado, presidentes, vice-presidentes e vários membros do Congresso e do Judiciário assistiram ao evento [...]

A formação religiosa da atual Suprema Corte - seis católicos e três judeus - revela a primeira vez em que não há nenhum protestante na mais alta Corte desta nação [...]

A mistura de religião e política na Missa Vermelha despertou alguma desaprovação no passado. A juíza Ruth Bader Ginsburg não vai mais à Missa Vermelha porque cansou de receber lição de moral de autoridades católicas. Críticos deste serviço julgam que a presença dos principais líderes do Judiciário é inapropriada.

“Há um propósito em se fazer este evento. É deixar claro... apenas o que a hierarquia da Igreja pensa sobre algumas das várias questões que estão diante da Corte” disse o reverendo Barry Lynn, presidente da organização "Americanos Unidos pela Separação da Igreja e Estado".

“Isso é simplesmente errado. E é errado para os membros ir - não ilegal - mas é errado para a arquidiocese promover e encorajar tal evento.”

Nos EUA,a tradição começou em 1928, quando um grupo de advogados católicos reuniu-se na Catedral de St. Andrew.

Fonte: CNN

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