A Terra pode estar abrigando várias formas de vida alienígenas, completamente dissociadas dos seres vivos já conhecidos, segundo um cientista da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos.
Em uma apresentação durante a conferência anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), em Chicago, o físico Paul Davies disse ainda que essas "vidas paralelas" podem estar escondidas em locais inóspitos, como desertos, lagos de sal, fontes hidrotermais e áreas com altas temperaturas e radiação solar.
Davies afirmou ainda que várias desses "seres estranhos" podem estar vivendo entre nós, em formas que ainda não são conhecidas.
Eles fez um apelo para que a comunidade científica lance uma "missão à Terra" para vasculhar ambientes tidos como hostis em busca de sinais de bioatividade.
"Não precisamos viajar a outros planetas para encontrar formas de vida estranhas. Elas podem estar bem aqui debaixo de nossos narizes", disse.
"É perfeitamente razoável a ideia de uma biosfera paralela aqui na Terra", defendeu. "Mas nunca ninguém se importou em procurar por ela. Eu pergunto: 'Por quê?'. Não é caro - seria um custo bem menor do que se gasta procurando por extraterrestres."
Davies foi um dos palestrantes de um simpósio que explorou a possibilidade de que a vida se desenvolveu na Terra mais de uma vez.
Segundo os cientistas, os descendentes desta "segunda gênese" podem ter sobrevivido até hoje, em uma "biosfera paralela" que está além da percepção humana porque seus habitantes têm uma bioquímica muito diferente da nossa.
"Todos os nossos microscópios estão desenvolvidos para estudar a vida que nós conhecemos - então não é uma surpresa que não tenhamos encontrados micróbios com uma bioquímica diferente", afirmou Davies.
"Ainda não sabemos muito bem a aparência dessas formas de vida estranhas. É algo tão amplo como a própria imaginação, e é por isso que é tão difícil procurar por elas", disse.
Segundo o cientista, a base desses organismos poderia ser o DNA e o RNA, mas com um código genético distinto ou com diferentes aminoácidos. Ou ainda, essas criaturas poderiam apresentar diferenças mais acentuadas.
"Talvez um dos elementos usados pela vida - carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e fósforo - pode ter sido substituído por outros", explicou Davies. "Um dos exemplos é o arsênico, que é venenoso para o homem mas têm propriedades que dariam condições ideais ao desenvolvimento de micróbios."
Outro pesquisador, Steven Benner, da Universidade da Flórida, disse que antes de procurar por esses seres, é preciso provar que é possível criar novas moléculas capazes de sobreviver e evoluir.
Sua equipe desenvolveu um sistema químico sintético que precisa ser alimentado externamente, mas que é capaz de evoluir e se adaptar em uma geração seguinte.
"Nosso próximo passo será aplicar um processo de seleção natural", afirmou Benner.
Fonte: BBC Brasil
NOTA: A tentativa de revestir esse tema (vida extraterrestre) com uma roupagem "científica" só faz aumentar o poder do engano. Que há vida extraterrestre não há dúvida. Que possa haver contato com a Terra é uma impossibilidade. Saiba mais aqui.
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Um comentário:
Bem, não creio que extra-terrestres estejam vivendo entre nós, nem mesmo sob a forma de organismos simples como extremófilos.
O que realmente pode ocorrer é a presença de material orgânico, como proteínas, aminoácidos, açúcares, ácidos graxos, ésteres, aminas, álcoois e bases pirimídicas e purínicas serem encontradas em cometas e meteoros carbonatados.
São perfeitamente possíveis de serem sintetizados fora da Terra quando da formação destes corpos nos primórdios do sistema solar.
Estas substâncias podem ter sobrevivido a impactos e em conjunto com as substâncias formadas aqui na Terra terem dado origem à vida.
Aqui pelo menos, a base da vida é o carbono (C- não metal) e, nem poderia ser diferente, uma vez que sua molécula apresenta peculiaridades fantásticas quanto às ligações químicas (C-C), muito diferentes do silício (Si) que seria um quase similar, porém ávido por oxigênio (prefere em vez da Si-Si a Si-O) e mesmo do resto da turminha 4-A da tabela periódica (Si e Ge são semi-metais e Sn e Pb metais representativos).
É a diferença entre termos uma folha de planta e uma lamina de vidro, embora haja organismos simples vivendo onde menos seria provável encontrar qualquer coisa considerada como vida e comendo o que menos imaginaríamos (há criaturinhas que se alimentam de minerais).
O silício poderia se dar bem em um mundo sem oxigênio e com condições diversas de pressão e temperatura.
Mas essa vida teria uma evolução muito lenta, não se diversificando a ponto de ter algo além de criaturas parecidas com corais ou esponjas, mas com crescimento muito lento (o silício tem comportamento diferente do carbono em termos de ligações químicas).
O sol deste mundo, partindo-se da premissa que fosse uma estrela semelhante a nossa, cujo prazo de vida é de cerca de 8 a 12 bilhões de anos, morreria antes desta vida florescer como a vemos aqui na Terra.
Mas, determinados mundos, sob certas condições, poderiam se valer de elementos químicos diferentes a fim de sustentar a vida. Mesmo poderia apresentar material genético muito diferente do DNA e do RNA, composto ou não das mesmas coisas.
Certamente se este material genético apresentasse um maior número de pares de bases, poderia diversificar-se e evoluir mais rapidamente que o usual, gerando uma gama maior de espécies que na Terra, em tempo bem mais curto, pois facilitaria o número de mutações (o nosso material genético tem 4: A-T e G-C e uma quinta para o RNA Uracila substituta da Timina).
Quanto ao trabalho de Benner, pode ser entendido como uma forma de explicar o que teria ocorrido nos primórdios da vida em nosso planeta. Sabe se alimentar e se replicar, daí poder ser reconhecido como vida.
Algo que nem mesmo chegasse perto do que conhecemos hoje como RNA ou DNA aprendeu a alimentar-se do meio externo e a se replicar dando origem ao que conhecemos como vida.
A partir daqui entram em ação os mecanismos de seleção natural, sendo que os mutantes que apresentarem melhor adaptação para determinado meio suplantarão os demais.
Como todos querem viver, determinados seres se especializarão a determinados meios, diversificando as espécies e formando-se as teias alimentares, onde predadores e presas estarão em uma constante corrida armamentista para garantirem a sobrevivência de suas espécies. Isso ocorre aqui mesmo na Terra.
Em mundos que deram ou dão condições à vida, isso é perfeitamente plausível de ter acontecido ou estar acontecendo.
Com a mudança de ambientes e de condições climáticas, a regra para as espécies é a extinção sendo a evolução a exceção. Hoje, cerca de 3 a 5% das espécies que abrigaram nosso planeta sobrevivem (são os sobreviventes de 3,8 bilhões de anos de história da vida).
O que virá daqui para frente, depende do que acontecerá com o planeta; (calor e chuva implicam em mais alimento, maior tamanho e sistemas de exaustão de calor e umidade e explosão de vida; calor e desertificação, menos comida, menor tamanho e sistemas de economia de água redução de formas de vida; frio e gelo maior tamanho para acumular gordura e sistemas de isolamento melhor e redução das formas de vida).
O que escrevi aqui se tratam de conjecturas pautadas em pesquisas científicas dentro de campos da física, química, bioquímica, biologia, astrofísica, microbiologia, paleontologia, geologia e astrobiologia.
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