"Ninrode, neto de Cão, um dos filhos de Noé, foi quem os levou a desprezar a Deus, desta maneira. Ao mesmo tempo valente e corajoso, ele os persuadiu de que deviam unicamente ao seu valor, e não a Deus, toda a sua boa fortuna. E como ele aspirava ao governo e queria levá-los a escolhê-lo para seu chefe e deixar a Deus, ofereceu-se para protegê-los contra Ele (se Ele ameaçasse a terra com outro dilúvio), construindo uma torre para esse fim, tão alta que não somente as águas não poderiam chegar-lhe ao cimo, mas que ainda ele vingaria a morte dos seus antepassados. O povo insensato, deixou-se dominar por essa estulta persuasão, de que lhe seria vergonhoso ceder a Deus e começou a trabalhar nessa obra, com ardor incrível". Flávio Josefo, História dos Hebreus, p. 53, CPAD, 1990.
"Os moradores da planície de Sinear não criam no concerto de Deus de que não mais traria um dilúvio sobre a Terra. Muitos deles negavam a existência de Deus, e atribuíam o dilúvio à operação de causas naturais... Um objetivo que tinham na ereção da torre era garantir sua segurança em caso de outro dilúvio... E, como pudessem subir à região das nuvens, esperavam certificar-se da causa do dilúvio. Todo o empreendimento destinava-se a exaltar ainda mais o orgulho dos que o projetaram, e desviar de Deus a mente das futuras gerações e levá-las à idolatria". Ellen White, Patriarcas e Profetas, p. 119.
Como o obra final fora frustada pela intervenção divina - com a confusão das línguas - o objetivo de um governo mundial e uma religião universal sem Deus foi adiado por cerca de 4.000 anos...
Necessário era agora desenvolver um sistema religioso onde o segredo fosse um elemento protetor. As religiões de mistério foram, então, se espalhando pelos povos da Terra. Nelas havia três colunas principais: a tradição, a iniciação, e o segredo. Só os que fossem iniciados é que tornavam-se conhecedores dos mistérios. E uma vez conhecedor, não podia transmitir os segredos a ninguém mais fora do círculo dos iniciados.
Os rituais das religiões de mistério geralmente ocorriam à noite, na escuridão. Segundo alguns autores, esta prática estava incorporada na própria definição da religião: "mistério é a iniciação e celebração da sapiência mediante a obscuridade". A crença dessas religiões é que "a luz sai das trevas".
Alguns pontos de doutrina comuns a essas religiões são:
1) O iniciado pode expandir sua consciência para tornar-se divino.
2) O morrer e o nascer de novo são o tema central. Inclusive depois da morte física. Portanto, há a crença na imortalidade natural e até na reencarnação.
3) Astrologia, principalmente adoração do sol como representando Lúcifer. Atenção especial à doutrina luciferiana.
4) Presença forte de simbologia (formas e números) como forma de transmissão dos mistérios e como sinal de identidade dos praticantes.
Ernest L. Martin, autor de The Race Change in Ancient Italy, afirma que as religiões de mistérios (mitraísmo) prosperaram tanto no Império Romano porque, na verdade, houve uma mudança racial significativa na população de Roma, devido aos milhares de prisioneiros trazidos da Síria e Fenícia antigas, os quais eram praticantes das religiões de mistério.
A influência foi tão grande no Império, que mesmo alguns imperadores decidiram praticar e divulgar essas religiões. É o caso de Heliogábalo (218-222 d.C.), o qual "era um sacerdote promessa do deus sol em sua terra natal - Síria. Como Edward Gibbon o descreve, ele foi consagrado ao honorável ministério do sumo sacerdote do deus sol, e esta santa vocação contribui para elevar o jovem sírio ao Império de Roma", (Decline and Fall, capítulo 6).
Desta forma, quando o Imperador Constantino oficializou o descanso dominical no Império, tanto para cristãos como para pagãos, encontrou um campo fértil, pois a própria cristandade aceitou a mudança do sábado do sétimo dia com facilidade sob pretexto de que Cristo havia ressuscitado no primeiro dia da semana. A verdade, porém, é que a crença da adoração do sol no domingo praticada pelas religiões de mistério havia adentrado ao cristianismo, apenas com a diferença de ter uma "roupagem cristã".
Assim também outras crenças das religiões de mistério acabaram sendo sincretizadas com conceitos cristãos, de forma que o catolicismo romano atual nada mais é do que o sincretismo do cristianismo com as religiões de mistério. Tanto que o apocalipse apresenta a religião universal existente antes da volta de Cristo como uma mulher (em profecia, "mulher" significa "igreja") em cuja testa está a inscrição: "Mistério" (Ap 17:3-5). Essa mulher está sentada numa besta (símbolo do poder religioso de Roma), porque, na verdade, é esse poder que sustentará a futura igreja (religião) universal.
É verdade que a Reforma Protestante iniciou uma restauração da verdade, mas seus seguidores históricos ainda não terminaram de "reparar as brechas" (Is 58:12).
O fato de que aquele antigo objetivo dos construtores da Torre de Babel (um governo mundial e uma igreja universal) se manteve vivo nas religiões de mistério, tendo depois se infiltrado no catolicismo romano (e também nas sociedades secretas) e chegado até nossos dias, pode ser comprovado só de examinar a União Européia.
O Louise Weiss Building, prédio central do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França, foi inaugurado em 14 de Dezembro de 1999. Sua arquitetura faz alusão justamente à Torre de Babel.
Além disso, existe a história por trás da criação da bandeira européia, também influenciada pelo catolicismo. Arsene Heitz, que a projetou em 1955, disse recentemente [2004] à revista Lourdes que sua inspiração tinha sido a referência no livro do Apocalipse, de "uma mulher vestida com o sol ... e uma coroa de doze estrelas sobre sua cabeça" (que a Igreja Católica acredita erroneamente ser Maria). De qualquer forma, resta a verdade de que a bandeira da União Européia foi inspirada na imagem de Maria, inclusive porque foi adotada pela União Européia no dia 08 de dezembro de 1955, que no calendário católico é dia da Imaculada Conceição de Maria...
Analisando igualmente o poster da União Européia é possível também encontrar símbolos das religiões de mistério: referência à Torre de Babel, 11 estrelas (onze é o número da negação de Deus, número da Era de Áquario), a estrela central superior em forma de pentagrama, e o slogam "muitas línguas, uma voz" - clara referência a um governo mundial e uma religião universal.
O grande ritual de iniciação luciferiano para a implantação da Babilônia moderna (ou Nova Ordem Mundial), acontecerá quando o dia do sol (domingo) for imposto por lei para os habitantes deste mundo. Será o grande teste para a humanidade.
A mensagem de Deus para esse tempo é:
"Adorai aquele que fez o céu, a terra e o mar e as fontes das águas" (Ap 14:7).
As palavras deste texto fazem alusão a um único verso do AT: Êxodo 20:11.
Por que será?
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