quarta-feira, julho 11, 2012

Celular funcionará como cartão bancário

O governo prepara um projeto de lei que criará regras para o uso de "moedas eletrônicas", o que abriria caminho para as operadoras de telefonia prestarem serviços financeiros aos bancos via celular. A Folha apurou que o projeto, que deve chegar ao Congresso em agosto, permitirá que as teles ofereçam pagamentos de contas, pequenos empréstimos e o recebimento de benefícios como aposentadoria - tendo por trás uma instituição financeira.

A Caixa Econômica Federal já estuda efetuar o pagamento do Bolsa Família via celular.
Além disso, as teles pressionam para que o projeto inclua a permissão de transações de pequeno valor sem vinculação a bancos.

Nesse caso, um torpedo, por exemplo, funcionaria como uma "moeda eletrônica".
A ideia de que as operadoras transfiram valor sem passar pelos bancos não agrada às instituições financeiras, mas o cenário em que celulares funcionam como "agências virtuais" significa economia e novos negócios.

A oferta de serviços pelo internet banking já fez cair os custos das transações bancárias. Com o celular, estima-se que haverá queda de mais 25% desses custos. Sem contar que não será preciso abrir agência em locais sem potencial de receita - e nos quais as teles já estão. Quem tiver um celular nesses locais não precisará ir a outra cidade para fazer saques. Seria usar o aparelho nas lojas que tiverem máquinas de débito ou crédito. As operadoras receberiam pela prestação desses serviços.

Mas tudo isso só acontecerá plenamente para quem usar um smartphone 3G - estima-se que 27 milhões de brasileiros possuam hoje esses aparelhos. Para que as telefônicas possam transferir valores diretamente, será preciso alterar o próprio conceito de moeda. Hoje, só há o real.

O que os técnicos avaliam é uma forma de permitir que um torpedo, por exemplo, venha a ser usado como "dinheiro" - e que possa valer como crédito trocado entre os diversos clientes das operadoras para acertar "pequenas dívidas".

Um exemplo: dois amigos se encontram para almoçar. Um paga a conta porque o outro está sem dinheiro. Este devolve por torpedo o valor ao amigo, que pode usar o crédito para quitar sua conta de telefone.

Inicialmente, o governo pensou em baixar as normas por meio de regulamento.
Mas o grupo de trabalho formado por representantes do Ministério da Fazenda, do Banco Central e do Ministério das Comunicações concluiu que seria preciso legislação específica [...]

NOTA: A tendência da "moeda eletrônica" em lugar do "papel moeda" projeta uma imagem de "modernidade", porém, aproxima demais a sociedade do quadro profético final (Ap 13:17), uma vez que é muito mais fácil controlar os hábitos de consumo da população através da moeda eletrônica.

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