O ecumenismo precisa de uma "purificação das estruturas" das Igrejas e um maior conhecimento recíproco entre os cristãos, afirma Dom Fragkiskos Papamanolis, ofm-cap, bispo de Syros, Milos e Santorini. O prelado – que comenta com ironia que é católico e não greco-católico – é também administrador apostólico de Creta e presidente da Conferência Episcopal da Grécia.
Falando com Zenit sobre as iniciativas normais de colaboração com os ortodoxos em sua terra, Dom Papamanolis traça um breve balanço das experiências da recente III Assembléia Ecumênica de Sibiu (Romênia) e lança um chamado para que todos os cristãos celebrem a Páscoa no mesmo dia...
O senhor gostaria de dizer algo que o preocupe especialmente?
...Um segundo chamado que quero fazer chegar a todos é que deixem de lado todas as diferenças e que busquemos uma data para celebrar a Páscoa no mesmo dia. Apresentei por escrito esta moção, pedindo que se faça pressão, com insistência, para encontrar uma data comum, seja qual for, para que todos os cristãos festejem juntos esta celebração litúrgica. É decisivo. Porque se nós não o fizermos, virá Ciro para fazê-lo em nosso lugar. Sabem quem é Ciro? Era o rei da Pérsia que, com o edito de 358 a.C. permitiu aos judeus voltar e reconstruir o Templo de Jerusalém porque sozinhos não conseguiam chegar a um acordo.
Se nós, cristãos, não conseguimos acordar uma data comum para celebrar a Páscoa no mesmo dia, virão os diversos governos ateus dizer-nos: "Ou vocês chegam a um acordo, ou já não levaremos em conta sua Páscoa". E, portanto, na Semana Santa se seguirá trabalhando normalmente, e o Domingo de Páscoa será um domingo como os demais. Como já aconteceu na França.
Isso nos cria muitos problemas, para nós como Igreja e também para a sociedade. Pensem simplesmente no problema dos bancos, que durante a Semana Santa se fecham na Grécia e não em outras partes, ou nas famílias mistas, com um pai católico e outro ortodoxo. A próxima Páscoa a celebraremos nada menos que com 5 semanas de diferença. Aqueles que seguem a Igreja Católica e se remetem ao calendário gregoriano, celebrarão a Páscoa em 23 de março de 2008, enquanto que a Igreja Ortodoxa, que segue o calendário juliano, a festejará em 27 de abril.
Nós, desde 1968, distanciando-nos não sem dor de Roma, graças a uma permissão especial do próprio Paulo VI, celebramos a Páscoa com os ortodoxos no mesmo dia, mas inclusive esta solução não está isenta de problemas. Espero que todos possam dizer na Páscoa: "Cristo ressuscitou!". Sem uma Ressurreição por etapas.
Fonte: Zenit
NOTA: A celebração da Páscoa em conjunto é apenas um passo a mais no ecumenismo antes da adoração conjunta na eucaristia (leia-se descanso dominical), e a união em torno da Lei Dominical. O objetivo declarado do Vaticano é a união plena e visível com a Igreja Ortodoxa (adivinhe quem quer ser a cabeça?). O ecumenismo é uma astuta estratégia do Vaticano para reconquistar sua supremacia mundial perdida ao fim da Idade Média.
Um comentário:
a união da pascoa só é possivel com a mudança do calendario....teria que ser implantado o calendario universal(no dicionario Aurelio e na internet mostra que ele já foi aprovado só faltando entrar em vigor) procure calendario universal ....quando isso acontecer o sábado irá cair na sexta feira e o domingo terá o nome de sábado.... ou seja vai ser desmprego geral para os adventistas pois .... para unificar a data da pascoa terá que mudar o calendario.... e o sábado caindo na sexta feira.... imagine o caos não é a toa que no grande conflito pag 608 afirma que ao aproximar a tempestade uma classe numerosa abandona a igreja....
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