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terça-feira, outubro 23, 2007

O grande debate final da História humana - Parte 2

Crescentes Campanhas Pela Valorização do Falso Sábado

Confirmando-se que o "selo de Deus" é o sábado, basta ver qual seria o sinal concorrente — e não há dúvida de ser aquela instituição que a Igreja Católica se orgulha de apresentar como sinal de sua autoridade. Documentos vários da Igreja Católica dão conta de que foi ela que realizou tal alteração, como se pode exemplificar por algumas declarações oficiais dessa igreja, como:

"Foi a Igreja Católica que, pela autoridade de Jesus Cristo, transferiu este repouso para o domingo em lembrança da ressurreição de nosso Senhor. Assim, a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que prestam, malgrado seu, à autoridade da Igreja [Católica]". Louis Gaston de Ségur, Plain Talk About the Protestantism of To-day (Boston; Patrick Donahoe, 1868), p. 225.

Outro documento católico confirma isto nos seguintes termos:

"P. Como provamos que a Igreja tem poder de ordenar as Festas e Dias Santos?

"R. Pelo ato mesmo de mudar o sábado para o domingo, que é admitido pelos protestantes, e, portanto, contradizem-se por observarem tão estritamente o domingo, enquanto violam a maioria das outras festas ordenadas pela mesma igreja.

"P. Como se prova isto?

"R. Porque por observar o domingo reconhecem o poder da Igreja para ordenar festas e exigí-las sob pena de transgressão, e por não observar as demais, igualmente por ela ordenadas, negam de fato o mesmo poder". Manual of Christian Doctrine, ou Catholic Belief and Practice, pp. 67, 68.

O fato é que mais e mais se promove o domingo, tanto nos meios católicos quanto protestantes. O Papa Bento XVI ultimamente não só tem falado repetidamente sobre o valor do domingo para a comunidade católica, e mesmo mundial, como vem estabelecendo uma ligação entre respeito pelo domingo e respeito pela natureza. Isto representa uma nova e significativa ênfase que haverá de ter tremendas implicações futuras.

A agência noticiosa católica Zenit noticiou que numa missa em Viena, Áustria, dia 9 de setembro de 2007, o Papa destacou a importância do domingo num contexto ecológico. "Dê à alma o seu domingo, dê ao domingo sua alma", disse ele, citando uma frase usada por um bispo alemão no século XX. [BBC Brasil]

Bento XVI disse mais que o domingo tem que ser um dia de gratidão e alegria pela criação e que, na época atual, quando "as intervenções do homem põem o mundo em perigo", é necessário mais do que nunca dar dimensão a esse dia especial. O Papa tinha afirmado pouco antes, no santuário de Mariazell, 150 km a sudeste de Viena, que, se o homem não distinguir a verdade, a ciência pode destruir o mundo. Ele destacou em sua homilia na catedral de São Estêvão, superlotada, a necessidade de viver o domingo em toda sua plenitude espiritual, a negligência do que, inclusive, coloca em perigo o futuro de seu meio ambiente. Sem entrar em detalhes, destacou ainda a ameaça que paira sobre o meio ambiente e a Criação em geral, afirmando ser preciso dar mais atenção à dimensão ecológica do domingo, dia em que a Igreja dá graças pela Criação (ver também UOL e Zenit).

Na verdade, temos aí uma inversão de sentidos, pois sempre o sábado foi considerado o "memorial da criação", e o domingo o "memorial da Ressurreição". Tratar do domingo à base de ser o dia de dar "graças pela Criação" é uma falsa representação do ensino bíblico, pois no primeiro dia Deus iniciou a obra criativa, sendo, portanto, um dia de "trabalho" divino, não de "descanso", como se deu com o sábado do sétimo dia (Gn 2:2, 3). Daí percebe-se outra sutileza na corrupção da mensagem bíblica.

Nos Estados Unidos, por outro lado, ocorrem como nunca visto campanhas para maior respeito pelo domingo e pelos Dez Mandamentos. Foi criada uma "Comissão dos 10 Mandamentos" que vem promovendo um "Dia dos 10 Mandamentos" (que seria o 1º domingo de maio) dirigida por grandes e influentes evangélicos, como James Dobson, Benny Hynn, Charles Colson, Pat Robertson, Don Wildmon e muitos outros (ver The Lord's Day Alliance e Ten Commandments Day).

Entendem os promotores dessas significativas campanhas que a decadência moral e espiritual da grande nação norte-americana (e pelo mundo) deve-se à falha em atentar a esses princípios divinos, o que pareceria boa coisa, mas deixa implicítos grandes perigos à liberdade religiosa. Tais iniciativas podem levar sistemas religio-políticos a influenciar o governo a ditar normas segundo as expectativas e interpretações dessas lideranças. Quando se mistura política com religião, sempre as minorias se machucam. . .

Em entrevista em 18 de maio de 2005 ao programa "Fresh Air", da National Public Radio, rede de emissoras radiofônicas não-comerciais que cobre praticamente todo o território dos EUA, o Dr. James D. Kennedy, influente ministro e evangelista de grande atuação no rádio e TV (falecido em setembro de 2007), disse abertamente que o princípio de separação de Estado e Igreja nos EUA é um erro que contrariaria os ideais dos fundadores cristãos da nação e que devia ser simplesmente descartado. Esta é uma noção certamente bastante preocupante. (A referida entrevista pode ser ouvida [em inglês] aqui).

Como já acentuado, a questão sábado/domingo se destacará entre os acontecimentos finais da história. Será a definição de quem receberá o "selo de Deus" ou o "sinal da besta". A questão de obrigatoriedade de parar as atividades dominicais não é idéia infundada. Basta recordar que houve até um "ensaio" disso numa séria crise do passado — a do petróleo na década de 70. Que dia da semana foi especialmente afetado pela mesma? Muitos se lembrarão das leis de fechamento de postos de gasolina no Brasil e outros países aos domingos, na época.

A Inédita Conexão Ecológica

Em artigo de página inteira, uma cronista do semanário Time (edição de 2/8/04) sugeria que não seria má idéia trazer de volta as antigas "leis dominicais" de rigoroso fechamento de estabelecimentos comerciais aos domingos, nos EUA. A matéria tinha como título "E no Sétimo Dia Nós Descansamos?", e como subtítulo, "Pode ser que aquelas velhas leis azuis [dominicais] não eram tão doidas, afinal de contas".

Vozes já se têm levantando para que se parem todas as atividades comerciais, industriais, recreativas um dia por semana, para poupar o consumo de energia e diminuir a emissão de gases poluentes, o que parece fazer muito sentido ante a crise ecológica sobre que os cientistas nos advertem. As últimas falas do papa relacionando respeito pelo domingo com respeito pela natureza não se encaixariam perfeitamente nesse tipo de visão?! É o que alguns já estão chamando de ECOmenismo. . .

Mais uma vez o domingo seria, sem dúvida, o dia escolhido numa campanha global para "salvar o planeta", e se surgirem situações de emergência, já que ninguém tem idéia de que efeitos sobre a natureza haverá com toda essa carga de poluentes que se lançam ao espaço por todo o mundo, quão obrigatório não poderá chegar a ser essa medida? Se num barco há cinco passageiros, cada qual de uma corrente religiosa ou filosófica, todos discutindo animadamente suas idéias, defendendo individualmente o seu ponto de vista, e, de repente alguém descobre um rombo no fundo da embarcação, que começa a fazer água, todos vão imediatamente esquecer suas diferenças e tratar de encontrar meios de tapar o buraco. Em face de emergências, a tendência é todos se unirem para a busca de soluções imediatas a fim de superar um problema comum a todos.

Unir-nos É Preciso, Mas. . .

A união da humanidade tem sido buscada através de muitas campanhas, mas nenhuma parece mais eficaz para tal propósito do que o "ecumenismo" — a união religiosa global. E ainda há o "fator sobrenatural" que poderia compor esse cenário final. A mensagem de "Maria", ao "aparecer" diante de cristãos e muçulmanos uns anos atrás no Egito, foi: "Uni-vos", "Uni-vos", "Uni-vos"! Diante da enorme desunião política, étnica, social e religiosa que se vê entre os habitantes deste planeta não faria todo sentido buscar mesmo tal união? Claro, unir-nos é preciso, mas a questão básica é : unir-nos sob que liderança?! Este é o ponto crucial da questão.

Só quem está muito bem preparado discernirá a verdade do erro nestes tempos finais da história humana e ficamos felizes porque as discussões sábado/domingo em vários fóruns de que participamos batem todos os recordes dentre todos os diferentes tópicos. Isso mostra o grande interesse que há em entender a questão sábado/domingo/dianenhumismo/diaqualquerismo/tododiaísmo, validade das leis divinas, de uma vez por todas.

Esse interesse em definir claramente a questão do "polêmico" 4º preceito do Decálogo é muito salutar, pois realmente mais e mais no futuro teremos o debate desses temas. E tais debates se revelarão fundamentais para definir quem vai ficar do lado de Deus na crise final, e quem vai aceitar a imposição dos que querem fazer prevalecer sobre o mundo a sua vontade. Estão servindo de instrumentalidade àquele ser que há milênios promove sua agenda de desviar o povo de Deus da genuína adoração, no passado, mediante a mais abjeta idolatria, no presente, em formas mais sutis, mas não menos enganosas. Isso envolve o desprezo por um mandamento da lei divina, o do sábado, e a valorização de seu arremedo — o falso sábado imposto sobre a sociedade, mesmo cristã, por forças religiosas que há muito se desviaram da lei divina.

Como os três hebreus fiéis do passado, que tiveram que decidir entre permanecer firmes ao lado de Deus ou adorar o ídolo babilônico (Dn 3), os que se mantiverem fiéis a Deus nos tempos finalíssimos da história são descritos como os que "guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus" (Ap 14:12). Esta é uma evidência adicional de que o conflito final terá for enfoque algum aspecto da lei divina.

Num evidente reavivamento à genuína adoração a Deus, mais e mais congregações e pastores por todo o mundo têm aderido à verdade do sábado, tornando-se "reparadores da brecha, e restauradores de veredas" (ver Is 58:12), o que é dito no contexto de um apelo divino por uma fiel observância do sábado (v. 13, 14).

E então, o que pensam dessa visão escatológica, que mais e mais se revela lógica e clara, confirmando-se a olhos vistos a cada ano que passa?


Prof. Azenilto G. Brito
Ministério Sola Scriptura
Bessemer, AL., EUA
(Contato: atalaiadesiao@yahoo.com.br)

(Colaboração: Marcello Flores)

terça-feira, abril 28, 2009

Arcebispo de Barcelona: salvem o domingo

O arcebispo de Barcelona, cardeal Lluís Martínez Sistach, elogiou a iniciativa em curso no Parlamento Europeu para proteger o domingo como um dia de descanso semanal na legislação dos Estados membros e comunitária da União Europeia.

Em sua carta pastoral deste domingo, titulada "Salve o domingo", adverte sobre a incidência negativa que teria sobre a família a perda do domingo como um dia festivo e a ampliação dos horários comerciais.

"O benefício econômico e o progresso técnico, frio e nem sempre um progresso autêntico da pessoa humana e do bem comum, não nos deve fazer perder o riquíssimo valor do domingo, o qual tem uma longa tradição em nossa cultura e cujas múltiplas manifestações foram criando cultura e dando sentido e alegria à vida das pessoas e das famílias", assinala.

O cardeal qualifica a iniciativa que está em curso no Parlamento Europeu como "uma moção muito importante que considero que é preciso apoiar".

Com relação à Espanha, recorda que a constituição "garante a proteção social, econômica e jurídica da família".

O cardeal destaca a importância do matrimônio e da família na sociedade: "a promoção de uma autêntica relação, encontro e comunhão dos membros da família traz uma aprendizagem fundamental e insubstituível da vida social", assinala.

Também recorda que "os membros da família precisam do tempo suficiente para conviver e crescer no amor e na ajuda mútua".

Sobre os efeitos da perda do domingo como dia festivo, assinala que "dificultaria que toda a família pudesse se reunir em alguns momentos do dia, especialmente nos dias festivos".

Também que "teria de diminuir a dedicação de muitas pessoas à sua família, especialmente durante as festas" e que dificultaria a coincidência de horários entre os membros de uma família.

Assinala que "o domingo é, para todos os cidadãos, um importante dia de descanso, de alegria e de solidariedade" e acrescenta que "para os cristãos, o domingo é também o dia do Senhor, o qual está em perfeita harmonia com o dia do homem".

A questão do "desaparecimento do domingo" ocupou há alguns meses a atenção dos bispos da França, que publicaram o documento "O domingo, em risco na vida atual" diante de um projeto de lei francês sobre o trabalho no domingo.

Naquela ocasião, os bispos explicaram as razões sociais e antropológicas da importância do dia de descanso semanal na cultura ocidental e para o bem-estar das famílias.

Fonte: Zenit

NOTA: Descanso, família e solidariedade combinam com o dia do Senhor, que sempre foi e continuará sendo o sábado do sétimo dia!

Saiba mais: "A Europa, as crises e o domingo". "A ressurreição de Cristo e a guarda do domingo". "Bispo de Portugal confirma objetivo final da ICAR". "Rádio secular reconhece a mudança do sábado". "Salvem nossos domingos".

quarta-feira, setembro 23, 2009

Solução simples para o aquecimento global

O movimento 10:10 apoiado pelo Guardian é uma maneira maravilhosa de capacitar as pessoas comuns a participar do grande movimento de mitigar o aquecimento global. Nós não podemos esperar até que os governos estejam iluminados o suficiente para legislar e superar as emissões de carbono. As questões são urgentes. Temos que agir agora, sem qualquer atraso. O poder da opinião pública e da ação popular terá um forte impacto sobre a conferência sobre o clima a decorrer em Copenhagem.

Uma coisa que podemos facilmente fazer para alcançar este objetivo: podemos declarar o domingo um dia livre de combustível fóssil ou um dia de baixo carbono ou, pelo menos um dia de economia de energia. Podemos começar esta semana, este mês ou em 2010. Podemos começar individualmente e coletivamente. A longa viagem para reduzir as emissões de dióxido de carbono pode começar aqui e agora. Há não muito tempo o domingo era usado para ser um dia de descanso, um dia de renovação espiritual, um dia para as famílias se reunirem, mas mudamos o domingo de um dia de descanso para um dia de compras, vôos e direção de carros. No entanto, no contexto das emissões excessivas de dióxido de carbono na atmosfera, que estão trazendo transformações catastróficas, podemos e devemos restaurar o domingo para ser um dia de Gaia, um dia para a Terra. [grifo acrescentado]

Não haverá grandes dificuldades em reduzir o uso de todos os não-essenciais e não-urgentes combustíveis fósseis para um dia por semana. Podemos facilmente fechar supermercados, lojas e postos de gasolina. Podemos reduzir a nossa mobilidade ao estritamente necessário e sem prejudicar a economia de qualquer forma. Podemos desfrutar o domingo, mais uma vez, com a nossa família e amigos. Podemos participar de jardinagem, escrever, pintar, caminhar, fazer pão ou simplesmente passar o tempo na contemplação. Isto será bom para a nossa saúde pessoal, bem como para a saúde do planeta. Teremos tempo para nossos amigos, tempo para brincar com os nossos filhos e tempo para a família. De repente podemos reduzir 10% das nossas emissões de carbono na atmosfera fazendo do domingo um dia de baixo carbono e ao mesmo tempo, tornar-nos mais saudáveis e felizes. Então, vamos fazer do domingo um dia de descanso e renovação, em vez de um dia de viagem e trabalho.

O aquecimento global ou as mudanças climáticas são apenas um sintoma do nosso profundo desejo de consumir, consumir e consumir. O problema externo das emissões de carbono está relacionada com o problema interno do desejo. Se ficarmos numa corrida exaustiva 24 horas, sete dias por semana, somos obrigados a poluir o nosso espaço interior, bem como o espaço exterior. A velocidade é a maldição da civilização moderna. A solução para o aquecimento global é simples: diminuir o ritmo. Devagar é bonito. Mesmo se não podemos diminuir todo dia, pelo menos, desacelerar no domingo.

Se você é um cristão então o domingo lento deve ser natural para você, se você é um muçulmano, faça da sexta-feira seu dia de baixa emissão de carbono, se você é judeu, então o sábado pode ser o seu dia para economizar energia, se você seguir uma forma secular de vida, então escolha o seu próprio dia de carbono-livre. Pelo menos no domingo, nós podemos ser cidadãos e não consumidores.

Fonte: Guardian

NOTA: Bingo! Há dois anos e meio o blog Minuto Profético alertou seus leitores de que esse dia chegaria. E chegou! A ligação entre a suposta "crise" do aquecimento global e o descanso dominical obrigatório era óbvio demais para passar desapercebida. A adoração luciferiana (através da guarda do domingo - dia de Gaia) será imposta ao mundo mediante legislação civil conforme o apocalipse já havia revelado. O que no texto acima é apenas sugestão, logo se transformará em obrigação legal. O verdadeiro dia de guarda - o sábado do sétimo dia - será pisado pelo mundo. De que lado você vai ficar?

"Já é tempo, Senhor, para intervires, pois a tua lei está sendo violada" (Sl 119:126).

quarta-feira, dezembro 13, 2006

O passado está chegando – Parte 2

1. Todd ainda nos faz lembrar outro fato importante (pág. 140): “É importante recordar que, antes da sua conversão, Constantino seguia a religião do ‘Sol Invicto’... Num certo sentido, Constantino continuou ainda a identificar o Sol com o Deus cristão, encorajado também pela tendência dos escritores e artistas cristãos de usarem imagens do Sol para representar Cristo... Quando no ano 321 Constantino ordenou que o primeiro dia da semana fosse dia festivo e de repouso, chamou-lhe ‘venerando dia do Sol’.” Na verdade, esta foi a primeira vez na história em que o Estado legislou em favor da guarda do domingo. E a aceitação por parte dos cristãos da guarda do domingo se deveu a duas questões principais: primeiro, queriam se distanciar dos judeus (que guardavam o sábado bíblico) por terem sido os executores de Cristo na cruz; segundo, o caminho proposto por Constantino I (guarda do domingo) tornava tudo mais fácil (lembre-se de que os cristãos, até então, eram constantemente perseguidos pelos romanos), já que os pagãos que adoravam o Sol no dia de domingo poderiam ver nesse novo dia de guarda dos cristãos um ponto de convergência, e aceitar com mais facilidade a religião cristã.

2. Portanto, estaria o papa Bento XVI (como fizeram seus antecessores) fazendo de Istambul uma porta de acesso ao passado, querendo reviver os tempos antigos, quando a Igreja e o Estado andaram de mãos dadas e o descanso dominical (com sua influência pagã) foi tornado obrigatório por imposição de leis civis? Tudo indica que sim, tendo em vista que o próprio Vaticano não faz questão nenhuma de esconder suas intenções: logo ao regressar da Turquia, a primeira mensagem de Bento XVI no Vaticano foi dirigida ao Cardeal Francis Arinze – Prefeito da Congregação para o Culto Divino – na qual o Bispo de Roma destacou ser necessário “reafirmar o caráter sacro do dia do Senhor e a necessidade de participar da Missa dominical"; e afirmou também que “em cada celebração eucarística dominical se cumpre a santificação do povo cristão, até o domingo sem ocaso, dia do encontro definitivo de Deus com Suas criaturas". (A ligação dessa mensagem com a viagem à Istambul é indiscutível – note que a mensagem foi escrita no dia 27 de novembro, portanto um dia antes de embarcar para a Turquia, e só foi divulgada no dia 1º de dezembro, ou seja, logo que Bento XVI retornou da viagem. Foi tudo premeditado.)

3. A exortação final de Bento XVI nessa mensagem remove qualquer dúvida que ainda possa existir sobre as intenções da Santa Sé: “Que o Dia do Senhor possa adquirir novamente todo o seu relevo e ser percebido e vivido plenamente, na celebração da Eucaristia, raiz e cerne de um autêntico crescimento da comunidade cristã." Já o Cardeal Arinze, a quem foi dirigida a mensagem papal, compartilha, obviamente, da mesma opinião: “A questão é considerar o domingo como dia do Senhor”, disse ele. Todavia, o desejo de convencer o mundo atual desse dogma romano é tão urgente que ele até usou argumentos absurdos, tais como: “O domingo é o dia do Senhor desde o Livro do Gênesis.” (Mas a “santidade” do domingo não era por causa da ressurreição de Cristo?)

4. O domingo nunca foi no passado, nem será em algum tempo no futuro, o dia do Senhor. Quando Roma afirma que a ressurreição de Jesus no primeiro dia da semana santificou esse dia, tornando-o assim dia de descanso, fala por conta própria e está simplesmente adulterando a Palavra de Deus. Na Bíblia, só há um memorial para a ressurreição de Cristo, e esse memorial instituído por Deus é o batismo (por imersão): “Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na Sua morte? Fomos, pois, sepultados com Ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com Ele na semelhança da Sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da Sua ressurreição.” Romanos 6:3-5.

5. Outro argumento, sem base bíblica também, usado por Roma para sustentar o descanso dominical, consiste em dizer que o apóstolo João recebeu as visões do Apocalipse nesse dia, o “dia do Senhor” (Apocalipse 1:10). Acontece que o texto bíblico citado não afirma em momento algum que o dia referido é o domingo (a palavra “domingo” não é mencionada uma vez sequer na Bíblia). Por outro lado, fica fácil saber qual foi o “dia do Senhor” no qual o apóstolo João teve suas visões. O primeiro verso do livro do Apocalipse afirma: “Revelação de Jesus Cristo, que Deus Lhe deu para mostrar aos Seus servos as coisas que em breve devem acontecer.” A pergunta que deve ser feita é: Quem são os servos mencionados nesse verso a quem são destinadas as visões proféticas? O cristão sincero usa a própria Bíblia para encontrar a resposta: “Aos estrangeiros que se chegam ao Senhor, para O servirem e para amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos Seus, sim, todos os que guardam o sábado, não o profanando, e abraçam a Minha aliança.” Isaías 56:6. Entendeu? Os servos de Deus a quem foram destinadas as profecias do Apocalipse são aqueles que - dentre outras coisas - guardam o sábado! Não seria mais racional afirmar, então, que o “dia do Senhor” no qual João recebeu as visões do Apocalipse também era o dia de sábado?

Continua...

quinta-feira, novembro 27, 2008

Bispos da UE pedem debate a respeito do descanso dominical

Os bispos da União Européia tem expressado consternação pelo fato de o Parlamento Europeu não incluir um debate a respeito do trabalho aos domingos em sua Diretriz de Horas de Trabalho (veja o artigo 5). O parlamento está atualmente discutindo durante a Segunda Leitura a revisão da Diretriz de Horas de Trabalho de 2003. No dia 22 de outubro, sete membros do parlamento colocaram em pauta emendas para a recomendação do relator Alejandro Cercas, declarando que o período mínimo de descanso semanal "deveria em princípio incluir o domingo".

Eles também destacaram a importância de um domingo livre de atividades para a preservação da saúde dos trabalhadores, dizendo: "A probabilidade de doenças em empresas que exigem que seus funcionários trabalhem aos domingos é maior do que em companhias que não o fazem. A saúde dos trabalhadores depende, entre outros fatores, de suas oportunidades de reconciliar sua vida profissional e familiar, para estabelecer e manter laços sociais e suprir suas necessidades espirituais. Domingo, como o dia tradicional de descanso, contribui para esses objetivos mais do que qualquer outro dia da semana.

Em sua justificativa, os parlamentares apontam para o fato de que "faltas e licenças-médicas têm crescido significativamente em empresas que trabalham aos domingos". Esse impacto negativo na saúde dos funcionários "é principalmente por causa dos efeitos em sua vida social, especialmente familiar". Domingo "é a escolha natural para atividades familiares, pois creches e escolas estão fechadas".

Se o Parlamento quiser levar a sério o objetivo de reconciliar vida profissional e familiar – meta explicitamente mencionada na Diretriz – faria sentido concluir o esboço atual adicionando uma cláusula sobre o domingo como dia semanal de descanso.

O Commission of the Bishops' Conferences of the European Community está encorajando os membros do Parlamento Europeu a usar as Regras de Procedimento do órgão para autorizar um debate e vote a favor do domingo no Plenário de 16 de dezembro.

Fonte: Independent Catholic News

Nota blog criacionista: Há um século, Ellen White escreveu: “Mas, ao ser a questão da obrigatoriedade da observância do domingo amplamente agitada, vê-se aproximar o fato há tanto tempo duvidado e descrido, e a terceira mensagem produzirá um efeito que antes não seria possível produzir” (O Grande Conflito, p. 606). “Os dignitários da Igreja e do Estado unir-se-ão para subornar, persuadir ou forçar todas as classes a honrar o domingo. A falta de autoridade divina será suprida por legislação opressiva. A corrupção política está destruindo o amor à justiça e a consideração para com a verdade; e mesmo na livre América do Norte, governantes e legisladores, a fim de conseguir o favor do público, cederão ao pedido popular de uma lei que imponha a observância do domingo. A liberdade de consciência, obtida a tão elevado preço de sacrifício, não mais será respeitada. No conflito prestes a se desencadear, veremos exemplificadas as palavras do profeta: ‘O dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.’ Ap 12:17. ... A afirmação de que os juízos divinos caem sobre os homens por motivo de violarem o repouso dominical, será repetida. Já se ouvem vozes neste sentido. E o movimento para impor a observância do domingo está rapidamente ganhando terreno” (Ibidem, p. 592, 580).

Saiba mais: "A crise financeira e a guarda do domingo" (Leia aqui).
"O verdadeiro dia de descanso" (Leia aqui).

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Parlamento Europeu quer consagrar o descanso dominical

Cinco membros do Parlamento Europeu lançaram uma declaração para a protecção do Domingo. O Secretariado da COMECE - Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia, as Igrejas alemãs protestantes e a Igreja de Inglaterra saudou a iniciativa de vários membros do Parlamento Europeu, que solicitam o pronunciamento dos restantes membros sobre a Declaração escrita acerca da “protecção do Domingo livre como pilar essencial do Modelo Social Europeu e como parte da herança cultural da Europa”.

Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, os bispos da UE indicam que tal declaração “pode constituir um importante compromisso para a «Europa social». Seria agora importante encontrar a maioria necessária para esta resolução para além partidos subscritores”.

A Declaração para a protecção do Domingo foi lançada pelos parlamentares europeus Anna Záborská, Martin Kastler, Jean Louis Cottigny, Patrizia Toia, Konrad Szymański, de diferentes partidos políticos, a 2 de Fevereiro.

Os bispos da UE afirma que “a crise económica e financeira tornou-nos mais conscientes de que nem todos os aspectos da vida podem ser sujeitos a forças de mercado” e indicam que “homem e mulher, que trabalham ao Domingo, estão a ser colocados em desvantagem nas suas relações sociais: na família, no desenvolvimento e até a saúde estão comprovadamente afectadas”.

A COMECE sublinha ainda que o Domingo livre “faz parte da herança cultural da Europa e advém de uma longa tradição”.

“O Domingo livre de trabalho é um factor decisivo no equilíbrio entre o trabalho e a vida familiar. É de fundamental importância para as relações familiares, mas também para a vida social e cultural, salvaguardar uma das poucas ocasiões em que pais e crianças se podem encontrar”.

Segundo a lei da UE, o Domingo é um dia de descanso semanal para crianças e adolescentes. Por isto, segundo os bispos, “o respeito pelo Domingo tem o potencial de se tornar no pilar do modelo social europeu”.

O episcopado da UE alerta para o facto de a protecção do Domingo “estar a ser esquecida em alguns Estados membros, com o objectivo de aumentar a produção e o consumo. Os trabalhadores experimentaram a fragmentação das suas vidas privadas, enquanto que as pequenas e médias empresas, que não permitem horário ininterruptos, perderam terreno no mercado”.

A declaração, agora introduzida no Parlamento Europeu, apela aos Estados membros e às instituições da UE que “protejam o Domingo, como um dia de descanso, nas legislações nacionais e internacional, para reforçar a protecção dos trabalhadores em áreas como a saúde e a conciliação entre a vida profissional e familiar”.

Para que seja adoptada, é necessário que a Declaração seja assinada pela maioria dos membros do Parlamento Europeu, ou seja, 394 membros, antes de 7 de Maio de 2009.

O artigo 116, que se refere às regras de procedimento do Parlamento Europeu, estipula que uma Declaração Escrita seja um texto com no máximo 200 palavras e seja apresentada por no máximo cinco membros parlamentares, submetida a todos os membros durante um período de três meses.

Se a Declaração recolher a maioria das assinaturas, torna-se um acto oficial do Parlamento Europeu, sendo transmitida aos destinatários citados.

O texto original da proposta pode ser consultado aqui.

Fonte: Ecclesia

NOTA: Essa iniciativa demonstra que o mundo está próximo de atingir o estágio final para o cumprimento da profecia do Apocalipse 13:15-17, que começará nos EUA. A Igreja Católica está por alcançar seu objetivo supremo: o reconhecimento mundial de sua supremacia política-religiosa pela aceitação do descanso dominical. O Ecumenismo (como demonstra a notícia acima) é uma estratégia chave para os planos da Santa Sé. Os protestantes deveriam se levantar contra essa armadilha e anunciar o que a Bíblia ensina:

"Levantarás os fundamentos de muitas gerações e serás chamado reparador de brechas e restaurador de veredas para que o país se torne habitável. Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no Senhor. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do Senhor o disse" (Is 58:12-14).

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Evangélicos estabelecem o Domingo da Criação

Já vimos como os evangélicos têm se batido por estabelecer oficialmente um "Domingo dos 10 Mandamentos", promoção da "Comissão dos 10 Mandamentos", com um número de assinaturas que já ultrapassa os 333.000.

Agora, evangélicos que formaram a entidade chamada Evangelical Environment Network (Rede Evangélica do Meio-Ambiente), têm estabelecido o "Domingo da Criação" para ajudar os crentes nas Escrituras a terem maior consciência de seu papel como mordomos do planeta, ante a degradação ambiental evidente.

Diz um texto do referido site, explicando a promoção desse domingo especial:

"Ao longo das décadas passadas muitas Igrejas começaram a celebrar o dom divino da Criação no domingo que cai mais perto do Dia da Terra, que é sempre 22 de abril. A essa ênfase uma vez ao ano nós chamamos Domingo da Criação. Incentivamos as igrejas a celebrarem o Domingo da Criação quando melhor ajustar-se a suas circunstâncias. ...
Nossos recursos disponíveis para o Domingo da Criação têm base bíblica e são elaborados de molde a ajudar pastores ocupados, líderes de culto e professores a celebrarem o Domingo da Criação em suas congregações. Adicionamos recursos todo ano--recursos especialmente voltados ao tema de cada ano".

Todas essas causas são boas, em si, pois tanto a promoção dos 10 Mandamentos como do cuidado à natureza fazem pleno sentido e se harmonizam com os ideais cristãos. Até mesmo conseguir a paralização de todas as atividades comerciais, industriais, recreativas um dia por semana seria prática benéfica para o indivíduo, as famílias, a sociedade e o mundo inteiro. O problema está no desvirtuamento das boas intenções para o cumprimento de agendas contrárias ao texto integral da Palavra de Deus, sob inspiração daquele ser que sempre transformou boas intenções em esquemas de engano, segundo os seus interesses de desviar as pessoas dá genuína adoração a Deus.

Azenilto Brito

Fonte: Foro Adventista

(Colaboração: Blog Diário da Profecia)

NOTA: A "sinceridade" desse movimento e de todos os demais movimentos ambientalistas será confirmada (ou não) na medida em que for dada liberdade para os guardadores do sábado também expressarem sua preocupação com o meio ambiente através da santificação do sétimo dia - o que eu duvido que aconteça. A intenção por trás dessa crise é uma só: estabelecer a Nova Ordem Mundial com a adoração luciferiana (o domingo será o sinal desta adoração. Não é à toa que dentro do ocultismo o sol é um símbolo para Lúcifer).

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Blues Laws

A cada dia que passa se intensificam mais os esforços da Igreja Romana para chamar a atenção da opinião pública para o sinal que define sua autoridade no meio da cristandade: a guarda do domingo.

OS FATOS:

1. Há muito tempo a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) tem esperado por este momento, o qual, tudo indica, chegou para ficar. Explicando melhor: a reconquista do poder político e do poder religioso perdidos ao fim da Idade Média, o que se concretizaria com a adoção pelas nações de uma lei que torne obrigatório para todas as pessoas a guarda do domingo (muitos cristãos acreditam ser o “dia do Senhor”), sinal de autoridade de Roma.

2. A última notícia demonstrando isso vem do jornal italiano La Republlica, reproduzida pela Folha Online: “O Vaticano prepara a Clericus Cup, seu campeonato de futebol, que deve começar na segunda metade de fevereiro com 16 equipes de colégios e seminários pontifícios de Roma.” A principal informação aparece em seguida: “Será proibido jogar no domingo, dia do Senhor [sic]. Durante as partidas, os jogadores que deixarem escapar uma palavra feia ou uma blasfêmia serão imediatamente expulsos. De resto, as regras serão as mesmas que em qualquer torneio de futebol normal." O torneio, que já recebeu a benção do Papa, pode até nunca acontecer, mas o recado foi dado: no domingo, “dia do Senhor”, não deveriam acontecer jogos de futebol!

3. Essa notícia não teria muita relevância caso surgisse em outros tempos. Porém, deve ser levada a sério, já que os protestantes norte-americanos têm se unido também pela mesma causa. The Ten Commandments Commission (A Comissão dos Dez mandamentos) é um movimento de igrejas protestantes em favor da defesa da Lei de Deus, o que não seria nada mal, se não fosse pela defesa do descanso dominical em lugar do sábado bíblico. Este movimento estabeleceu um dia no ano como o Dia dos Dez Mandamentos (Ten Commandments Day) – o primeiro domingo de maio, quando todas as igrejas participantes fazem uma celebração especial para promover a guarda da Lei de Deus na sociedade. (O grande problema é com a promoção da guarda do domingo!)

4. Não é de agora. Já em 2004, a revista Time publicou matéria assinada por Nancy Gibbs, onde, sutilmente, relembra os bons tempos das “Blues Laws” (“Leis Azuis” foram Leis Dominicais que apareceram em regiões isoladas dos EUA em tempos passados). Surpreendente é que, para sustentar a importância do descanso dominical, a articulista até citou as palavras de João Paulo II na Carta Apostólica Dies Domini: “Quando o domingo perde o seu sentido fundamental e torna-se meramente parte de um ‘fim-de-semana’ as pessoas se mantêm presas dentro de um horizonte tão limitado que não mais podem ver ‘os céus’.” (Incrível como um país protestante como os EUA se renderam aos encantos de Roma!)

5. A agência de notícias católica ACI, faz a seguinte indagação: “Há quem critique fortemente a Igreja católica por ter trocado o preceito bíblico do descanso sabático, substituindo assim o ensino divino com preceitos humanos, tomando a liberdade de converter o domingo como o Dia dos dias, o Dia principal. Isto é verdade?” Se depender da resposta que é dada a esta pergunta eu diria que sim, é verdade! Já que foram citadas várias passagens da Bíblia na resposta, todas elas que falam do sábado como Dia do Senhor. Nenhuma referência bíblica ao domingo como dia de guarda foi feita. (De fato, porque não existe.) Qual será o próximo lance - você deve estar se perguntando - para promover a guarda do domingo? Resposta: Quem viver, verá!

“Já é tempo, Senhor, para intervires, pois a Tua lei está sendo violada.” Salmo 119:126

domingo, março 14, 2021

Celebração da mudança do sábado para o domingo

1.700 atrás, os domingos começaram a ser o que são hoje na maioria dos países do mundo: um dia de descanso. Esse é um daqueles dados que, se te deixares levar pela curiosidade, te leva a descobrir muitas outras questões interessantes. Vamos começar sendo exatos: tudo começou em 7 de março de 321, ou seja, um milênio, sete séculos e uma semana atrás. Uma semana que já consistia em sete dias. Por que exatamente sete, não seis, oito ou mesmo dez, como os dos antigos egípcios ou os do calendário republicano francês que foi usado entre 1792 e 1806?

Bem, embora seja uma constante em quase todas as culturas, não há nenhuma boa razão que o justifique; na verdade, vários pensadores ao longo da história desafiaram essa convenção com argumentos filosóficos, matemáticos e políticos, mas a semana de sete dias persiste. Pensa-se que foi concebido há 4.000 anos, quando os mesopotâmicos resolveram o problema de dividir o mês em períodos mais curtos. Sua duração estava ligada à rotação da Lua ao redor da Terra, 29,5 dias, então eles simplesmente arredondaram esse número para 28 e o dividiram em quatro períodos de sete dias. Com isso, estabeleceram um ritmo matemático artificial que tornava a organização do dia a dia mais gerenciável: se você precisava, por exemplo, que vendedores viessem ao mercado oito vezes por mês, podia definir dias precisos que se repetiam independentemente das imprecisões da natureza. A ideia tornou-se particularmente difundida depois que a cultura babilônica se tornou dominante por volta do século 6 aC.

Por que Martes depois de Lunes? Séculos depois, os romanos batizavam os dias com os nomes de seus deuses e os organizavam de acordo com um elaborado sistema de horas planetárias, segundo o qual cada hora do dia era governada por uma divindade. Aquele que governou a primeira hora do dia deu-lhe o nome dela. Parece complicado, mas o resultado será extremamente familiar:

Dies Solaris / dia do Sol

Dies Lunae / dia da Lua

Dies Martis / dia de Marte 

Dies Mercurii / dia de Mercúrio

Dies Jovis / dia de Júpiter

Dies Veneris / dia de Vênus

Dies Saturn / dia de Saturno

Na maioria das línguas baseadas no latim, os nomes dos dias da semana ainda revelam essa conexão com os planetas clássicos: lunes, martes, miércoles, jueves, viernes... sábado e domingo? Não. Embora "sábado" comece como Saturno, vem da palavra hebraica shabbat ou descanso. "Domingo" também tem raízes religiosas, só que com um culto relativamente mais recente.

Além da semana com todos os seus dias nomeados e organizados, o brilhante conceito de "dia de descanso" também existia há milênios, e os primeiros a adotar a estrutura da semana de sete dias com uma de descanso foram provavelmente os judeus . Só que esse dia era sábado. Mas naquele 7 de março de 321, o imperador romano Constantino, o Grande, emitiu um Édito declarando que o domingo deveria ser o dia de descanso:

No venerável dia do Sol, os magistrados e as pessoas que residem nas cidades possam descansar, e que todas as oficinas sejam encerradas. No campo, porém, as pessoas que se dedicam à agricultura podem continuar livre e legalmente com suas tarefas, porque muitas vezes acontece que outro dia não é adequado para semear grãos ou plantar vinhas; para que, por negligenciar o momento apropriado para tais operações, a generosidade do céu não seja perdida. 

Como todos os políticos de sucesso, Constantino era um mestre da ambiguidade e seu Édito atingiu um equilíbrio delicado entre os princípios religiosos e o pragmatismo econômico. Embora hoje seja lembrado como o primeiro imperador cristão, ele também foi associado ao culto do Sol Invicto, que aparecia até em suas moedas. Escolher o domingo como dia de descanso fazia muito sentido politicamente. Embora fosse nominalmente um dia de trabalho, já havia cristãos em todo o império que dedicavam o domingo ao culto religioso, embora aqueles que viviam em Roma ou Alexandria tendessem a preferir o sábado, o sábado judaico. Mais importante, a maioria dos não cristãos considerava o domingo um dia especial, pois geralmente era o dia de pagamento. E talvez também crucialmente, era o dia especial do Sol Invicto, um culto oficial no Império desde 274 que era particularmente atraente para as classes senatoriais superiores. 

Na verdade, o próprio Constantino, embora promovendo ativamente a Igreja Cristã, ao longo de sua vida reconheceu Sol Invictus como um deus. Ele só foi batizado na fé cristã em seu leito de morte e até hoje o debate continua se ele foi um verdadeiro convertido ou se aproveitou da Igreja como uma força unificadora. 

Nem todos os cristãos acolheram bem o edito de Constantino e, séculos depois, ainda havia grupos que preferiam o sábado. Tanto é assim que no Sínodo de Laodiceia, que ocorreu por volta de 363-364 DC, foi incluído um cânon - o 29º - que afirma que "os cristãos não deviam judaizar descansando no sábado, mas sim trabalhar naquele dia em vez de honrá-lo como o dia do Senhor; e, se puderem, descansem como cristãos". Aqueles que afirmavam seguir a Cristo e não obedeciam seriam considerados "anátemas", ou seja, seriam amaldiçoados, excluídos e rejeitados como membros da comunidade. Com a mudança da celebração do sábado para o domingo, foi adotado um novo termo, "Dia do Senhor" ou Dies Dominicus, daí a palavra "Domingo".  

Fonte: BBC 

NOTA: A matéria reconhece que o sábado do sétimo dia era o dia de guarda oficial dos cristãos, e que Constantino, por razões políticas e religiosas (Sol Invictus) decretou o domingo como dia obrigatório de descanso. Também admite que vários cristãos não reconheceram essa mudança e continuaram a guardar o sábado do sétimo dia...

Que a mudança do sétimo dia para o domingo não tem base bíblica e ocorreu somente por autorização humana a própria igreja romana reconhece publicamente (veja aqui)...

quarta-feira, junho 13, 2007

Domingo é dia de compras

O domingo tem sido um dos dias preferidos dos consumidores em todo o Brasil. O comércio comemora os lucros, mas vai ter que se ajustar às novas regras trabalhistas.

Nenhum degrau vazio na escada rolante e lojas cheias no dia de folga da maioria dos brasileiros. O impressor gráfico Antônio preferiu usar o domingo para pesquisar preço de ar condicionado.

“No meio da semana estou muito ocupado, chego cansado do trabalho”, disse ele.

Os funcionários do comércio ganham, atualmente, um dia de folga para cada três domingos trabalhados. Agora, o Ministério do Trabalho definiu uma nova regra: a cada dois domingos de trabalho, o empregado terá um domingo de folga.

O funcionamento das lojas aos domingos continua dependendo da autorização de cada município. Mas quem abrir, vai ter que obedecer a determinação do ministério.

O vendedor Renato Labes diz que vale a pena. “Em um dia normal de venda a gente vende em média R$ 2 mil. Domingo a gente chega a vender R$ 6 mil”, explica o vendedor.

Às 15h do domingo, os corredores e lojas de um shopping do subúrbio do Rio de Janeiro estão lotados. A imagem comprova o que constatou uma pesquisa nacional: o domingo, definitivamente, virou um dos principais dias de compra para o consumidor brasileiro. Em quatro anos, o número de pessoas que dizem ir às compras aos domingos subiu de 59% para 73%.

A pesquisa encomendada por entidades do setor mostrou que 93% dos shoppings de grande porte abrem nesse dia. Os domingos também rendem lucros para os supermercados: esse dia da semana já representa 12% do faturamento semanal.

Ulisses, como a maior parte dos consumidores – 52% dizem não ter tempo – alega falta de tempo para as compras nos outros dias.

“Presente para a namorada, para o irmão, para a mãe, para a sogra, para todo mundo. Durante a semana é muito corrido, o tempo é muito curto”, justifica o consumidor.

A nova regra para o trabalho no comércio aos domingos será enviada à Casa Civil até a próxima segunda-feira. O governo federal vai decidir se ela vai valer através de uma medida provisória ou se vai encaminhar ao Congresso um projeto de lei.

Fonte: Jornal Nacional, 11 de junho de 2007

(Colaboração: Fernando Machado)

NOTA: Devagar, mas de modo constante, o assunto do descanso dominical está sendo introduzido na mídia. Em breve a guarda do domingo se tornará o tema dominante e a profecia bíblica sobre a crise final então se cumprirá. Aqueles que inadvertidamente honram o domingo como dia do Senhor devem mais que depressa dar ouvidos à Palavra de Deus:

“Santificai os Meus sábados [sétimo dia], pois servirão de sinal entre Mim e vós, para que saibais que Eu sou o Senhor, vosso Deus” (Ezequiel 20:20).

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Domingo sem trabalho

Em tempos de crise financeira e econômica, quando mais e mais direitos sociais e empregos estão sob pressão, o "Domingo sem trabalho" é uma demonstração clara e visível que as pessoas e as nossas sociedades não são somente dependentes do trabalho e da economia.

Acreditamos que todos os cidadãos da União Européia têm direito a beneficiar-se de horários de trabalho decentes que, por uma questão de princípio, exclui trabalhar altas horas da noite, a noite toda, nos feriados ou aos domingos. Somente os serviços essenciais devem funcionar aos domingos.

Hoje, a legislação e as práticas já em vigor na UE e nos Estados-Membros precisam ser mais protetoras da saúde, segurança e dignidade de todos e deveriam mais assertivamente promover a conciliação da vida profissional e familiar. Acreditamos que a coesão social para a cidadania européia deveria ser reforçada.

Portanto, a Aliança convida todos os membros, os defensores e todos os cidadãos para tornar visível nossa necessidade comum no domingo 4 de março de 2012!

Há Alianças do Domingo em alguns Estados-Membros da UE as quais possuem essa tradição por vários anos. Qualquer ação ou discussão política que você desejar organizar caberá a cada organização decidir. A visibilidade deste Domingo especial não dependerá apenas de um "grande evento", mas também de idéias e projetos inovadores que reflitam a cultura local e as tradições da UE. E essa ideia de um Dia Europeu ligado a um Domingo sem trabalho pode crescer a cada ano.

Fonte: European Sunday Alliance 


NOTA: "Muitos há, mesmo entre os que se empenham neste movimento em favor da imposição do domingo, que se acham cegos aos resultados que virão após essa ação. Não vêem que golpeiam diretamente a liberdade religiosa. Muitos existem que jamais compreenderam as reivindicações do sábado bíblico e o falso fundamento sobre o qual repousa a instituição do domingo. Qualquer movimento em favor da legislação religiosa é realmente um ato de concessão ao papado, que por tantos séculos tem constantemente guerreado contra a liberdade de consciência. A observância do domingo deve sua existência como assim chamada instituição cristã, ao 'mistério da iniquidade'; e sua imposição será o virtual reconhecimento dos princípios que são a pedra angular do catolicismo". Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 711.

quinta-feira, abril 03, 2014

Congressistas de Israel chegam a acordo sobre a guarda do domingo

Os congressistas de Israel Silvan Shalom (Likud), Naftali Bennett (Jewish Home), e Rabbi Shai Piron (Yesh Atid), chegaram a um acordo sobre a proposta em andamento para introduzir o domingo como um dia livre de trabalho e de aulas. Entendendo: propuseram um domingo de descanso por mês.

O compromisso é o resultado de uma série de encontros entre os congressistas e o presidente do Conselho Econômico Nacional, Eugene Kandel [foto]. A ideia da mudança gradual é uma solução temporária, a qual equilibra as necessidades das famílias com as necessidades da economia de Israel.

Se o acordo for implementado, um fim de semana longo [sábado/domingo] por mês será decretado durante o ano letivo - mas não durante as férias de verão ou o período de Grandes Festas. Em compensação, dias de aula serão implementados em datas atualmente tidas como "dias extras" durante o ano letivo.

O congressista Shalom [Likud] tem liderado a iniciativa por três anos, com algum sucesso; a qual tem sido bem recebida pelos três maiores partidos da coalizão - Likud, Jewish Home, e Yesh Atid. O anúncio torna a proposta mais provável de ser implantada na prática.


Já o partido de Naftali Bennett, o Jewish Home, demonstrou apoio para incluir o domingo no fim de semana. Enquanto a sexta-feira é frequentemente usada para a preparação do sábado, os congressistas do Jewish Home acreditam que fazer do domingo um segundo dia de descanso tornaria os israelenses mais aptos a guardar o sábado.

Vários israelenses atualmente usam o sábado para fazer suas compras e outras tarefas que violam a santidade do sábado, argumentou Rabbi Eli Ben-Dahan, congressista do Jewish Home.

Redefinindo o fim de semana ao incluir o domingo em lugar da sexta-feira poderia também causar impacto na população de não-judeus em Israel. Opositores da proposta dizem que isso seria ruim para o maior grupo minoritário de Israel - os muçulmanos - que guardam a sexta-feira como dia de descanso.

Fonte: Israel National News 

NOTA: Até o Estado de Israel está dobrando os joelhos perante Roma!! (O domingo é o sinal da supremacia de Roma). A crise final está às portas...

quarta-feira, outubro 20, 2010

A guarda do domingo na União Européia

A guarda do domingo, natureza específica do domingo na Europa e na União Europeia, e a defesa do domingo em relação à defesa dos direitos humanos na Ásia, África e nos outros lugares onde há perseguição dos cristãos, foram os principais temas de uma coletiva de imprensa realizada no último dia 13 de outubro, na sede do Parlamento Europeu de Bruxelas.

"Durante vários anos, não houve nenhum rastro do caráter específico do domingo nos documentos da União Europeia", constatou o secretário da Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia (COMECE), Piotr Mazurkiewicz.

"Nestes meses, está sendo trabalhado num projeto de diretiva sobre a restauração do registro de 1983 sobre um caráter especial do dia da festa para os cristãos", informou.

"Uma pessoa precisa pelo menos de um dia de descanso na semana para recuperar-se, por exigências espirituais e para ter tempo para estar com a família", explicou Mazurkiewicz.

Por esses motivos, "é muito importante guardar e proteger o domingo, como dia livre, como estão pedindo associações culturais, movimentos religiosos e sindicatos", continuou.

"Esta iniciativa dos cidadãos da União Europeia é um instrumento importante para o futuro e tem a natureza da mobilização - acrescentou o secretário da COMECE. Para a realização desta iniciativa, é necessário recolher um milhão de assinaturas em nove países da União Europeia."

Por sua parte, o bispo de Tarnów, Dom Wiktor Skworc, explicou que "não é possível imaginar a Europa de hoje sem o domingo como um dia para a família" e que " a humanidade deve ter a possibilidade de satisfazer suas necessidades religiosas".
A respeito da defesa dos direitos, Piotr Mazurkiewicz destacou que "há dez anos, o grupo mais perseguido no mundo é o dos cristãos".

"Os meios de comunicação na Europa não destacaram nem revelaram este problema suficientemente - lamentou. Para a defesa dos cristãos, é necessário também o trabalho dos jornalistas."

Fonte: ZENIT

NOTA: Dentro do plano para a implantação da futura Nova Ordem Mundial, a legislação dominical ocupará um lugar de destaque. Tanto assim que Deus o revelou há muito tempo (ver Ap. 13:15-17). A guarda do sábado do sétimo dia foi substituída pelo descanso dominical pela Igreja Católica oficialmente em 321 d. C. quando o Imperador Constantino decretou a primeira Lei Dominical. E agora no tempo do fim, depois da imposição de um decreto dominical a começar nos EUA, a observância dominical em lugar do sábado do sétimo dia se tornará um sinal de deslealdade para com Deus. A guarda do domingo está ligada ao paganismo, e os adoradores modernos de Gaia já têm saído em sua defesa.

segunda-feira, agosto 20, 2007

O planeta Terra, o Vaticano e a Lei Dominical

Depois do final de semana de trabalho dos ministros de Meio Ambiente dos países mais desenvolvidos do mundo (G-8), celebrado em Trieste (Itália), chega a hora de fazer um balanço.

"Em Trieste, os oito ministros de Meio Ambiente parece que encontraram um ponto comum para tocar uma música um pouco diversa para este nosso globo, ameaçado pela contaminação e resíduos de venenos resultado de um consumismo desenfreado", comenta Vittorio Morero, em entrevista publicada nas páginas do diário dos católicos italianos, Avvenire.

Os oito (ministros) renovaram seu compromisso, no último domingo 4 de março de 2001, de lutar contra o aquecimento global e prometeram intentar um acordo sobre a redução de emissões de gás que agravam esse aquecimento climático.

A proposta do diário "Avvenire", alternativa ao consumismo desenfreado, é a de continuar evidenciando a vivência do domingo como dia dedicado à limpeza do meio ambiente, ao repouso, e, no caso dos cristãos, à celebração dominical.

O diário "Avvenire" aplaude a iniciativa de celebrar "os domingos sem veículos", iniciativa de várias cidades européias em seus centros históricos. Nesses dias os adultos e as crianças invadem a calçada com manifestações festivas, utilizando apenas de meio de transporte não-poluente ou público. Outrossim, o diário católico propõe incrementar, já para o próximo verão, o oferecimento de apresentações culturais ao ar livre exclusivamente nos domingos.

"Como cristãos – acrescenta o articulista - é natural que tratemos de compreender o convite urgente contido na 'Novo Millennio Ineunte' (carta apostólica com que João Paulo II concluiu o Jubileu do ano 2000, pp. 35 e 58), onde a comunidade cristã é convidada a sair a mar aberto, depois de haver respirado do domingo a qualidade do culto, da Palavra de Deus, da liturgia gozosa e participativa".

"Se João Paulo II oferece o domingo como um programa de renovação, é porque está mais do que sabido que, também na área da tradição cristã, o domingo foi e continua sendo arruinado pela aceitação passiva de modelos consumistas que não trazem qualidade de vida. Certamente não faz falta apostar em um domingo vazio, senão em um domingo rico de conteúdos e de forte atração. Deverão ser fechados os estádios e abertos os museus, as bibliotecas, os teatros (porém teatros que não desdenhem os clássicos), organizar breves passeios turísticos a localidades próximas, para que não aconteça que ignoremos as belezas próprias ou, se não as ignoramos, as marginalizamos pela rotina e a distração".

"Deverá sair da lógica do mercado - conclui - que, ao menos um dia da semana deva-se confiar à imaginação, à nossa e não a que nos impõe os sacerdotes e sacristãos do 'império global'. Nisso pensam os gestores dos contratos de trabalho (sindicatos de empregados e as federações de industriais), pensam os legisladores e quem administra nossas fortunas, pequenas ou grandes. Pensam os pastores de almas que, afinal, receberam a custódia do mandamento do Senhor: Santificai as festas". E conclui: "Salvemos, portanto, o domingo, lugar e tempo de nossa civilização".

Fonte: Zenit


NOTA: Conforme anunciado no blog Diário da Profecia, essa notícia é de março de 2001, o que só vem comprovar as análises do Minuto Profético sobre a intenção do Vaticano e das Sociedades Secretas (leia-se paganismo), de usar o tema das "mudanças climáticas" como isca para, finalmente, estabelecer o descanso dominical como sinal de adoração na religião da Nova Ordem Mundial.

sábado, julho 28, 2012

Campanha pela guarda do domingo nos EUA

O movimento "Volta à Igreja" é mais um movimento sócio-religioso a promover (in)diretamente a guarda do domingo na sociedade norte-americana (à semelhança do que está acontecendo na Europa). No site do movimento há uma grande chamada para este ano:

"Junte-se a nós em 16/Set para convidar todo mundo a voltar para a igreja".

"Domingo Nacional de volta à Igreja".

"Encontre esperança aqui!", diz o banner.
Dois detalhes chamam a atenção: primeiro, o fator "esperança" está sendo associado ao "domingo". Será que qualquer semelhança é mera coincidência quando lembramos que o Canal Novo Tempo (e similares norte-americanos) já usa este slogan para promover o sábado do sétimo dia?


Em segundo lugar, a data escolhida para a campanha deste ano é exatamente o primeiro domingo após 11/Set no calendário. Se "algo" acontecer este ano em 11/Set que provoque comoção nos EUA, fica fácil imaginar o impacto que esta campanha terá sobre as crenças e costumes (leia-se guarda do domingo) da sociedade naquele país. E se acontecer mesmo desse jeito, terá sido mera coincidência? De qualquer forma, mesmo não acontecendo mais nada, o fato de escolherem o primeiro domingo após o 11/Set já tem um impacto psicológico suficiente de persuasão.
"A asserção de que os juízos divinos caem sobre os homens por motivo de violarem o repouso dominical, será repetida... E o movimento para impor a observância do domingo está rapidamente ganhando terreno". O Grande Conflito, p. 580.

quinta-feira, maio 15, 2008

O descanso dominical em Portugual

Alguns sectores da Igreja católica surpreenderam ao tomar uma posição negativa em face da possibilidade dos hipermercados abrirem aos Domingos à tarde. Tal atitude surpreendeu-me e conduziu-me a um conjunto de questões que convosco partilho:

1) Porque é que o problema está no Domingo à tarde e não em todo o dia de Domingo? Afinal, biblicamente, há um dia semanal, para nós, o Domingo, que é consagrado ao descanso dos que trabalham.

2) Porque é que só os trabalhadores dos hipermercados devem ser defendidos?

3) Porque é que os trabalhadores de outros negócios são votados ao esquecimento destes defensores de Domingo à tarde, como por exemplo os dos Centros Comerciais?

4) Porque é que se esquecem os locais de lazer e divertimento, onde milhares de trabalhadores trabalham por turnos e sem condições de encontro com as suas famílias, para que outros se divirtam, afinal na fruição de um serviço sem sentido de indispensabilidade para a vida humana, nem de saciedade de naturais necessidades?

5) Porque é que os jornais, as televisões, as rádios emitem aos Domingos, mantendo agarrados às câmeras, aos microfones, às luzes, às mesas de ‘régie’ e aos computadores centenas de trabalhadores?

6) Porque é que os trabalhadores dos supermercados ou lojas de conveniência são esquecidos quando estão abertos ao Domingo, os primeiros até às 20:30 e os segundos até às 23:00 ou mais?

7) O que é que verdadeiramente distingue um supermercado de um hipermercado? O tamanho? A concorrência? Os preços? Alguma outra característica teológica?

8) Porque é que o direito à reunião dos trabalhadores dos hipermercados deve prevalecer sobre o direito dos outros à reunião com as suas famílias, à hora de jantar nos regulares dias de semana, quando muitas das famílias têm de fazer as compras da semana, ou mês, no final de um dos dias dos seus extensos horários de trabalho?

9) Porque é que durante uma parte do ano, os Hipermercados, estando abertos há anos aos Domingos à tarde, não sofreram contestação por parte destes mesmos sectores?

10) Porque é que se Deus nos criou como criaturas a quem nos foi facultada a escolha e se desde sempre decidimos (até Adão decidiu!), porque é que não deveremos poder escolher entre trabalhar ou não trabalhar ao Domingo à tarde?

11) Porque é que os que acreditam que o Domingo à tarde é para reunião familiar e não para compras ou não tarefas, não deixam simplesmente de consumir ao Domingo à tarde para levar os Hipermercados à conclusão que é economicamente desastrosa a abertura destas grandes superfícies aos Domingos à tarde?

Enquanto doutorando em Inglaterra, assisti a esta mesma discussão e polémica, no início dos anos 90. Cheguei a ver fervorosos defensores do descanso dominical invadirem os supermercados aos Domingos.

Nessa altura fiz a minha escolha que mantenho: dou a liberdade aos homens, e que cada um tome as suas decisões. Não devem ser terceiros a limitarem a minha actividade se ela não põe verdadeiramente em causa a dignidade do ser humano nem se sobrepõe ao interesse de terceiros.

João Duque

Fonte: Diário Econômico

(Colaboração: Géssica)

Leia também: "Defendemos um dia comum de descanso"

terça-feira, março 20, 2012

A discussão da guarda do domingo chega no contexto das Olimpíadas de Londres

Os líderes da Igreja [no Reino Unido] temem que as leis que regulam o comércio aos domingos possam ser permanentemente desfeitas pela porta dos fundos, após uma suspensão "emergencial" para as Olimpíadas 2012. De acordo com a Lei de Negócios de 1994, as lojas maiores que 915 metros quadrados só podem operar na Inglaterra e em Príncipe de Gales durante seis horas contínuas entre as 10:00 h e as 18:00 h aos domingos.

Ontem [19] George Osborne, o Chanceler do Tesouro, confirmou no programa Show de Marr Andrew (BBC) que a lei teria de ser alterada em tempo de permitir que as lojas das Olimpíadas permaneçam abertas, junto com shopping centers e supermercados de todo o país.

"Temos todo o mundo chegando a Londres - e no resto do país - para as Olimpíadas. Seria uma grande vergonha se o país tivesse um sinal fechado para o comércio aos domingos - principalmente quando alguns dos grandes eventos olímpicos acontecerão aos domingos"

Quando pressionado, o Sr. Osborne se recusou a descartar uma extensão permanente do horário de comércio aos domingos, dizendo: "Tudo o que eu estou propondo no momento é que façamos isso para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos".

De acordo com a mudança, que deverá ser forçada a passar através do Parlamento antes da Páscoa sem o período de consulta padrão, a regra de seis horas para os domingos será removida durante oito semanas durante o verão.
A igreja da Inglaterra não se oporá mais à abertura durante os Jogos Olímpicos, e alguns membros do clero vão até cancelar os cultos de domingo para que eles não coincidam com grandes eventos esportivos.
Mas o Deão de Southwark, o Reverendo Andrew Nunn afirmou: "Sempre que algo assim acontece, há a suspeita de que esta poderia ser uma maneira de começar uma mudança permanente. Eu posso entender o por quê eles estão pensando em fazê-lo para o período das Olimpíadas, mas estou preocupado com o futuro".
O Dr. Chris Sugden, secretário-executivo da Igreja Anglicana, disse: "É óbvio que este é um teste para ver se pode estendê-lo. Ele justamente rompe esse tempo regular, onde as pessoas podem ficar juntas".
O Reverendo Sally Hitchiner, pároco de São João, distrito de Ealing, acrescentou: "Estamos preocupados no que poderia tornar-se um precedente, que poderia perder um pouco da especialidade de domingo. O domingo deve ser um momento para os relacionamentos, deve haver um momento para se colocar limites sobre o consumismo, então você pode ir ao parque e jogar futebol com as crianças, e tomar o café-da-manhã tranquilo na cama".
Um porta-voz da Igreja da Inglaterra disse: "É compreensível que um regime especial seja criado de várias maneiras quando o país acolhe os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. Contudo, a Igreja da Inglaterra iria fortemente se opor a quaisquer outras tentativas de corroer a natureza especial do domingo, que a legislação ainda reflete".
"Acreditamos que para a estabilidade da família e da vida comunitária, tantas pessoas quanto possível, devem ter a possibilidade de um dia comum de folga a cada semana. O impacto negativo potencial sobre a saúde dos trabalhadores, e em pequenos varejistas, superam quaisquer benefícios potenciais de uma maior desregulamentação".
Fonte: The Telegraph 

NOTA: Interessante como a Inglaterra (única grande economia da Europa que não faz parte da união monetária européia) aproveitou o contexto das Olimpíadas para colocar em evidência a guarda do domingo na mídia, uma vez que os demais países da União Européia já têm feito isso explicitamente. Todos países da Europa unidos no mesmo propósito em conferir homenagem ao Vaticano através da guarda do domingo... É o fim dos tempos... 

quinta-feira, abril 05, 2007

Outro apelo papal a favor da guarda do domingo

A agência católica Zenit noticiou que “em meio às dificuldades trabalhistas que a juventude experimenta em tempos de globalização, Bento XVI fez um chamado a recuperar a ‘dimensão humana do trabalho’. A proposta do Santo Padre faz parte da mensagem que enviou aos participantes no IX Foro internacional de jovens, organizado pelo Conselho Pontifício para os Leigos, sobre o tema ‘Testemunhas de Cristo no mundo do trabalho’, em Rocca di Papa (localidade próxima a Roma). No encontro, que culminará com a Jornada Mundial da Juventude, que este ano se celebra no âmbito diocesano em 1º de abril, Domingo de Ramos, participam cerca de 300 jovens dentre 20 e 35 anos, comprometidos na Igreja e no mundo do trabalho, procedentes de aproximadamente cem países, e de diferentes experiências trabalhistas e eclesiais”.

Depois de apresentar uma visão geral do trabalho em tempos de globalização e falar sobre a visão cristã do trabalho, o papa Bento XVI afirmou ser necessário “tomar como ponto de referência a doutrina social, exatamente como é apresentada pelo Catecismo da Igreja Católica e sobretudo pelo Compêndio da Doutrina Social da Igreja”. E finalizou propondo uma solução: “Hoje, mais que nunca, é necessário e urgente proclamar ‘o Evangelho do trabalho’, viver como cristãos no mundo do trabalho e converter-se em apóstolos entre os trabalhadores. Mas para cumprir com esta missão é necessário permanecer unidos a Cristo com a oração e com uma intensa vida sacramental, valorizando, com este objetivo, de maneira especial o domingo, que é o dia dedicado ao Senhor [sic]”

Nóta: Embora a profecia do Apocalipse demonstre que a batalha final entre a guarda do sábado e a Lei Dominical começará nos EUA, país protestante, não devem passar despercebidas diante de nossos olhos as várias declarações provenientes do Vaticano a favor da guarda do domingo. A preparação dos fiéis católicos para defender a guarda do domingo mesmo na rotina do trabalho é mais um sinal dos tempos em que vivemos.

Vale lembrar que a mudança do sábado para o domingo como dia de guarda deu-se sem autorização bíblica, e baseada exclusivamente na autoridade da Igreja. Ao colocar a autoridade da Igreja acima da autoridade das Escrituras, a Igreja Católica lançou a base para mudar a Lei de Deus.

Assim, a luta entre a autoridade da Igreja e a autoridade da Bíblia foi a nota tônica no decorrer de toda a Idade Média. Um exemplo clássico dessa tensão aconteceu com Lutero por ocasião da Reforma Protestante. Ele afirmava que a consciência do homem deve estar subordinada apenas à Palavra de Deus (o que estava correto); seu lema era “Sola Scriptura”. Em determinada ocasião, um de seus mais ferozes opositores católicos, Johann Eck, tentou ironizá-lo dizendo: “A Escritura ensina: ‘Lembra-te do dia de sábado para o santificar; seis dias trabalharás e farás toda sua obra; mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus...’ Assim, a igreja mudou o sábado para o domingo por sua própria autoridade, e para isso você não tem nenhuma Escritura” (citado por C. Mervyn Maxwell, Uma Nova Era Segundo as Profecias de Daniel, pág. 134, Casa Publicadora Brasileira).

A Lei de Deus é um reflexo de Seu caráter imutável, e por isso mesmo ela jamais poderia ser mudada, quer seja na essência, quer seja na forma.

“Quanto às Tuas prescrições, há muito sei que as estabeleceste para sempre.” Salmo 119:152

terça-feira, agosto 28, 2012

Projeto de Lei em Belo Horizonte pretende fechar os supermercados aos domingos

Depois de ser obrigado a rever o modo de fazer compras, com a proibição da distribuição de sacolinhas plásticas, o consumidor pode se ver novamente diante de novo desafio: fazer compras somente de segunda a sábado. Um polêmico projeto de lei prevê o fechamento dos supermercados aos domingos em Belo Horizonte sob a justificativa de garantir mais qualidade de vida aos trabalhadores do setor. Ontem, em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana, centenas de empregados lotaram o plenário da Câmara para reivindicar o direito.

O domingo é apontado como o segundo dia no ranking de compras em supermercados, segundo a Associação Mineira de Supermercados (Amis), atrás do sábado. Pelo projeto de lei, elaborado pelo vereador Léo Burguês (PSDB) com base em abaixo-assinado apresentado por funcionários do setor, ficariam proibidos de abrir empreendimentos “do comércio varejista de gênero alimentício com mais de duas caixas registradoras”, garantindo o funcionamento de estabelecimentos de bairro de porte menor para a compra de produtos pontuais. Caso ocorra desrespeito ao texto, é prevista multa de R$ 10 mil por dia de abertura, com pagamento dobrado em caso de reincidência e até mesmo possibilidade de cassação de alvará de funcionamento se persistir.

Mas o benefício para os trabalhadores pode gerar transtornos consideráveis para o consumidor. Muitas famílias aproveitam o fato de trabalhar durante a semana para fazer compras para a casa na folga de domingo. “É um dia em que as pessoas que trabalham fora têm mais tempo”, afirma a presidente do Movimento das Donas de Casa, Lúcia Pacífico.

Acostumada a fazer compras nas folgas de domingo, a assistente comercial Maria Laura Rodrigues classifica como horrível o projeto. “Belo Horizonte é um interior. Tudo fecha domingo. É um retrocesso. No Rio e em São Paulo o comércio abre normalmente”, critica. O engenheiro Antônio Carlos Cardoso Pereira tem opinião semelhante. Ele diz que só vai aos supermercados durante a semana para compras pontuais, deixando o “pesado” para os domingos. Sábado, quando ele folga, prefere evitar os estabelecimentos, sempre lotados. “A maioria das pessoas só têm domingo e feriado livres”, afirma.

Ontem, na audiência pública, com cartazes com o dizer “Até Deus folgou no sétimo dia” e frases semelhantes, funcionários dos supermercados da capital encheram o plenário da Câmara para pleitear a aprovação do projeto. O presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Belo Horizonte e Região Metropolitana, José Alves Paixão, afirma que o descanso de domingo contribui para diminuir estresse, fadiga e ainda garante ao empregado um dia com a família. Uma das críticas hoje é que nas folgas semanais os filhos e mulheres dos trabalhadores do setor varejista estão na escola ou no trabalho e, assim, não podem aproveitar em conjunto. “É uma forma de humanizar o trabalho. Qualquer um se comove com os depoimentos das famílias”, afirma o sindicalista, ressaltando que espera que não se trate apenas de mais um projeto eleitoreiro. E a meta do sindicato é expandir a medida para shoppings e outros setores varejistas.

Entre os supermercados, duas correntes dividem a opinião. Uma parcela, composta principalmente das grandes redes multinacionais, afirma ser favorável à livre iniciativa, dando margem para que cada um escolha entre abrir ou não. “O Centro, por exemplo, não tem demanda. Não tem porque abrir”, afirma o superintendente da Amis, Adilson Rodrigues. Ele diz que os supermercados em todo o mundo se tornaram referência em alimentação pronta e pré-pronta, facilitando a vida do consumidor principalmente nos fins de semana.

O empresário Alexandre Poni, da rede Verdemar, critica o projeto de lei e afirma que concordaria com o texto se ele fosse válido para o comércio em geral. Pela proposição, padarias, sacolões e empreendimentos de menor porte poderiam abrir. “Algo só para uns é discriminatório. Tem que ser uma coisa para o todo em vez de favorecer só uma parte do comércio”, afirma.

Enquanto isso, as redes de empresas regionais, como Supermercados BH, Martplus e EPA, se dizem favoráveis ao projeto de lei. Entre outros, eles consideram que é possível se ter um funcionário mais qualificado e mais satisfeito. Atualmente, com a taxa de desemprego em 4,4%, segundo dados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um dos dificultadores na contratação de mão de obra é o fato de o empregador prever plantão aos domingos. “Hoje ninguém quer trabalhar no comércio. Só consegue um ou outro e ainda insatisfeito”, afirma o diretor de Marketing da DMA Distribuidora (das bandeiras EPA, Martplus e ViaBrasil), Roberto Gosende. Ele afirma ser totalmente favorável ao projeto de lei e acredita que o cliente se adaptaria facilmente a obrigatoriedade de fazer compras de segunda-feira a sábado.

Fonte: Estado de Minas

NOTA: São dois extremos danosos. De um lado, negar ao trabalhador um dia de descanso semanal para estar com sua família e até professar sua religião. O outro extremo, também prejudicial, é predeterminar um dia fixo de descanso para todos de modo indiscriminado (no caso em questão o domingo), porque numa sociedade plural e desenvolvida, o ideal seria a lei possibilitar a escolha do descanso também aos sábados (a falta de mão-de-obra seria amenizada uma vez que os guardadores do sábado não procuram trabalho no comércio porque não há espaço que garanta sua "qualidade de vida"). Os sindicatos, na maioria dos casos, agindo sob o pretexto de "melhor qualidade de vida" para os trabalhadores, estão sob a influência da igreja católica e não demonstram o mínimo interesse em atentar para a "qualidade de vida" dos que guardam o sábado... Infelizmente, o poder de Roma está só começando...

domingo, novembro 04, 2007

Nos passos de Constantino

"Estamos no limiar de grandes e solenes acontecimentos. Muitas das profecias estão prestes a se cumprir em rápida sucessão... Repetir-se-á a história passada. Antigas controvérsias serão revivescidas, e perigos rodearão de todos os lados o povo de Deus... Estudai o Apocalipse em ligação com Daniel; pois a história se repetirá..." Testemunhos para Ministros, p. 116.

A Lei Dominical que em breve será implantada nos EUA e nos demais países de tradição cristã tem seu paralelo histórico na época do imperador Constantino (321 d. C.). No entanto, uma análise mais profunda da história pode revelar a existência de outros paralelos mais entre estes dois momentos históricos.

De acordo com David Ewing Duncan, autor da obra Calendário (Editora Ediouro, p. 87-104), "a nova ordem de Constantino, como a de César três séculos e meio antes, conseguiu pôr selo no calendário, neste caso, ao criar um novo sistema, religiosamente inspirado, de medir o tempo. Constantino fez isto deixando intacto o calendário básico de César de 365 1/4 dias e doze meses, enquanto operava três grandes mudanças dentro desta estrutura: a introdução do domingo como um dia santo em uma nova semana de sete dias; o reconhecimento oficial dos feriados cristãos como o Natal com datas fixas; e o enxerto no calendário da celebração da Páscoa, que não é uma data fixa, sendo condicionada ao calendário lunar judeu em uso quando Cristo foi crucificado...

"A primeira atitude do imperador no sentido de reordenar o calendário veio em um édito divulgado em 321, nove anos depois da batalha da ponte Mílvio, quando ele estabeleceu o domingo como o primeiro dia da semana de sete dias - uma unidade de tempo desconhecida no calendário romano original de calendas, nonas e idos. Segundo o ditado de Constantino, todos os cidadãos que não fossem fazendeiros eram obrigados a se abster de trabalho no dies Solis - o dia do Sol. Ele também ordenou que os tribunais fechassem para litígios e os comandantes do exército restringissem os exercícios militares de forma que os soldados pudessem cultuar o deus de sua escolha. A opção de Constantino pelo domingo não foi sem controvérsia. Ela ostensivamente rejeitava a observância antiga do sábado como o sabá dos judeus... Sábado em uma determinada época era a escolha de muitos cristãos também, já que muitos crentes no início eram judeus que se sentiam obrigados a manter o seu feriao tradicional do sétimo dia da semana judaica. Mas como Jesus foi crucificado no sexto dia da semana judaica e, segundo a Bíblia, ressuscitou no primeiro dia da semana seguinte - um domingo -, aguns líderes cristãos no início decidiram mudar seu sabá para o domingo, e marcar este dia toda semana com um serviço religioso especial que incluísse a Eucaristia...

"Ao colocar o sabá no dia devotado ao Sol no ciclo de sete dias dos deuses-planetas pagãos, o imperador também buscava o favor dos mitraístas e de outros adoradores do Sol...

"A segunda mudança importante do calendário introduzida por Constantino foi em relação a quando celebrar a Páscoa, um assunto não tão fácil de resolver quanto a questão do domingo...

"Para Constantino a questão não era tanto determinar a data exata da Páscoa, mas como conseguir que as várias facções do Cristianismo concordassem em celebrar a ressurreição no mesmo dia, mesmo se tecnicamente esta data não fosse exata. Politicamente isto era crucial para estebelecer uma religião de Estado, com um conjunto de regras... [Nota: Outro ponto em comum com os dias atuais - Leia mais]

"A questão da Páscoa chegou a um apogeu no que é hoje uma tranqüila aldeia turca famosa como retiro à beira de um lago para turcos cansados do caos de Istambul, cerca de 130 quilômetros distante. Conhecida como Iznik, esta aldeia era há 1.700 anos uma cidade helênica próspera chamada Nicéia, grego para 'Vitória'... Foi aqui que em 325 Constantino reuniu o primeiro grande concílio cristão, que fez o primeiro esforço concentrado para resolver o problema da Páscoa e obter uma data unificada para sua celebração...

"O historiador Eusébio, uma testemunha ocular do concílio, escreve sobre a luxuosa festa acontecida em 25 de julho para celebrar o vigésimo aniversário de Constantino como imperador, e o medo hesitante sentido pelos bispos quando passavam pelos guardas nos salões onde aconteceu o banquete e viam 'o cintilar de armas' que até bem recentemente estavam voltadas contra eles. Mas sta transformação do medo em festa naõ era nada comparada à transformação súbita que Constantino realizou em uma igreja que por trezentos anos não teve uma autoridade central. Disperso e por vezes caçado pelas autoridades, o Cristianismo tinha operado menos como uma religião única e coesiva e mais como uma coleção de seitas e denominações seguindo os mesmos dogmas básicos mas diferindo em pontos de maior ou menor importância - como por exemplo em relação à data da celebração da Páscoa...

" O mandato de Constantino em Nicéia era para colocar um fim neste cada-um-por-si através do estabelecimento de um conjunto de regras governadas por uma estrutura centralizada liderada por ele próprio como imperador...

"Constantino chegou a Nicéia em cerca de 19 de junho de 325, e recebeu imediatamente um grosso pacote comtextos que detalhavam as controvérsias pequenas e grandes entre os presentes no concílio. Ele carregou o pacote consigo para o salão de audiências do seu palácio, onde oficialmente inaugurou o concílio vestindo um manto em ouro e jóias como um rei persa. Sentado em trono de ouro em frente aos prelados, ele ouviu os discursos de boas vindas antes de se levantar para responder em latim à maioria dos bispos de língua grega. Através de um tradutor ele deu boas vindas a todos mas imediatamente foi direto ao assunto da razão do concílio, segurando o pacote de textos como um pai repreendendo os filhos. Ele disse: 'Eu, seu camarada servidor, sinto uma dor profunda sempre que a Igreja de Deus está em dissensão, um mal maior do que o mal da guerra'...

"Nenhum dos cânones sobreviventes divulgados pelo concílio menciona o problema da Páscoa diretamente, embora as regras que emergiram de Nicéia sejam bem conhecidas entre os cristãos: que a Páscoa cairá no primeiro domingo depis da primeira Lua cheis depois do equinócio, mas nunca deverá cair no início da Páscoa judaica. O sentimento dos bispos reunidos foi registrado pelo próprio Constantino em uma carta endereçada a bispos e outros líderes de igrejas que não foram ao concílio: 'Pelo julgamento unânime de todos foi decidido que o mais santo festival da Páscoa deve ser celebrado em toda parte no mesmo dia'. Na mesma carta, Constantino assinala que o concílio se opôs à pratica de seguir o calendário judaico para determinar a Páscoa: 'Nós não devemos ter nada em comum com os judeus, porque o Salvador mostrou outro caminho'... [Nota: Este espírito anti-judaico também foi determinante na mudança do sábado para o domingo que persiste até hoje].

"Mas muito mais importante do que a natureza de Cristo ou a data para a Páscoa foi a codificação de Nicéia da fusão de Constantino entre Igreja e Estado, um movimento político expediente da parte deste imperador astuto que ligaria inexoravelmente a Igreja ao poder secular, à riqueza e ao absolutismo por muitos séculos por vir - primeiro como um adjunto da Roma imperial e mais tarde como uma entidade independente que derivava sua influência que tudo englobava de uma hierarquia prória ao estilo imperial e de uma presunção de poder sobre os domínios cristãos." [Nota: Outro paralelo com a atualidade].